quarta-feira, 13 de abril de 2011

FELICIDADE INTEGRAL


A Felicidade Integral é um estado simultâneo de ser e ter que nos satisfaz plenamente. Ela é, relativamente, o máximo que nós terráqueos poderíamos usufruir, considerando o nosso atual estado evolutivo. É claro que é mais importante ser do que ter porque ser é uma aquisição permanente do espírito enquanto que ter é posse material temporária. Os conceitos sobre felicidade apresentados em A Matemática da Felicidade na Terra: http://amigodejornada.blogspot.com/search?q=matem%C3%A1tica+da e em A Busca da Felicidade: http://super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_376784.shtml, quando unidos, dão uma ótima idéia daquilo que percebo como sendo a Felicidade Integral. Em resumo, a soma dos efeitos da Satisfação Material, Ação Consciente e Motivação para Viver, constituem a base da Felicidade Integral, conforme segue:

Satisfação Material: Satisfação das necessidades básicas da vida tais como posse de coisas materiais, dinheiro, prazeres (alimentos, bebidas, namoro, sexo, diversão, lazer, etc.), saúde, prosperidade, êxito nos negócios e nas finanças, projeção social, repouso, segurança, moradia, vestuário, transporte, etc. O acesso a todas essas coisas pode ser importante e necessário, porém, deve-se ter cuidado com os excessos e com o apego exagerado à transitoriedade da matéria. Geralmente, todo excesso ou falta de alguma dessas coisas, isto é, o desequilíbrio, falta de bom senso ou de lógica no ser e no ter, pode ser a causa de problemas e de infelicidade. O importante nesse caso não é ser ou ter, mas saber ser e saber ter, ou seja, saber usar conscientemente, equilibradamente e sabiamente, os bens e as oportunidades emprestadas temporariamente a nós pela vida.

Ação Consciente: Prática de atividades que promovam a conscientização moral, de paz, de amor, do dever, de justiça, de fé, etc., isto é, atividades que promovam a tranquilidade de consciência. Essas atividades podem ser: trabalho profissional, emprego, esporte, lazer, arte, estudo, ciência, filosofia, religião, voluntariado, relacionamento humano, etc. De acordo com a lei de causa e efeito, toda atividade que promover o próprio bem ou o do seu próximo será, automaticamente, causa de felicidade. Por outro lado, toda atividade que promover prejuízos a si mesmo ou ao seu próximo, será causa de infelicidade. A ação consciente implica em sempre saber colocar sabedoria, amor e caridade nas atividades realizadas. O destino ou felicidade é resultante de um longo processo, consciente ou não, que se inicia na dimensão mental: os pensamentos e imagens mentais cultivados na mente podem despertar sentimentos e vontades, que por sua vez, podem gerar comportamentos e atitudes, que por sua vez, podem se tornar hábitos, que por sua vez, constituem a base de nosso caráter, que por sua vez, ditará o nosso destino. Assim, considerando-se o efetivo poder da mente na nossa felicidade, recomenda-se realizar, conscientemente, todas as atividades da vida. A chave da ação consciente é, portanto, o constante amor, sabedoria, caridade, equilíbrio, bom senso e lógica no uso das energias físicas, intelectuais, emocionais, sexuais e instintivas.

Motivação para Viver: Existência de motivação real e significado profundo para viver, baseados na fé raciocinada, na lógica, na esperança, na moral e nos valores éticos. A motivação e significado profundo são obtidos, principalmente, através do autoconhecimento. O autoconhecimento promove a felicidade, ou seja, o encontro do ser consigo mesmo, com a própria essência divina, com o ser causal, com o eu maior, com o Self, com o eu profundo, etc. O desconhecimento de si mesmo é causa de infelicidade devido a identificação do ser com o ego, com a ignorância, com as sombras, com o eu inferior, com o eu menor, etc. A essência divina é fonte de sabedoria, de amor e de caridade os quais são geradores de bondade, fraternidade, humildade, sinceridade, ética, compaixão, justiça, tolerância, amizade, auto-estima, etc. Por outro lado, o ego é a fonte de experiências equivocadas, dor, sofrimento e desamor os quais são geradores de ódio, egoísmo, orgulho, angústia, tristeza, medo, ciúme, inveja, etc. A dor e sofrimento são causados pela incompreensão, não aceitação e desrespeito à leis divinas tais como a de amor, de justiça e de causa e efeito. O autoconhecimento é necessário para a efetiva reforma íntima, transformação moral e vivência cristã.

A felicidade deve ser compreendida como sendo um caminho escolhido e não como um objetivo a ser atingido. O usufruto da felicidade dependerá, portanto, de como usamos nossa inteligência (emocional, intelectual e espiritual) para administrar a própria vida e os recursos disponíveis com equilíbrio, moderação, bom senso, etc. Ao aceitarmos a felicidade como sendo o próprio caminho, passaremos a aceitar naturalmente a realidade, sem os sofrimentos que poderiam advir da resistência em aceitar essa realidade. Na felicidade-caminho não ficamos presos ao passado ou futuro, mas estaremos sempre vivendo um eterno presente, ou seja, um eterno vir-a-ser e não presos a um objeto e emoção transitórios sujeitos às modificações do tempo e espaço.

Assim, resumidamente, a Felicidade Integral é resultante da aceitação da realidade material conforme ela se apresenta no tempo e no espaço (Satisfação Material), do uso consciente e planejado do tempo para realizar coisas urgentes e importantes objetivando o crescimento material e espiritual (Ação Consciente) e da constante busca do autoconhecimento (Motivação para Viver).