sábado, 30 de novembro de 2013

ESTOU CANSADO DE ERRAR, MAS NÃO CONSIGO CORRIGIR-ME!

Introdução
É muito comum dizermos para nós mesmos que estamos cansados de errar, sofrer para depois repetir os mesmos erros, sem conseguir mudar esta situação. Discutem-se a seguir sobre as causas do erro, a sua correção e os fatores que contribuem para a sua continuidade; além disso, são dadas dicas sobre como podemos ser bem sucedidos para sair desta situação.

Causas e continuidade dos nossos erros
Muitas vezes nós erramos, mas não conseguimos nos corrigir, porque estamos programados mentalmente para fazer, consciente e inconscientemente, muitas coisas erradas. É claro que depois de errar, sofreremos as devidas consequências dos erros cometidos. Com o tempo, poderemos nos arrepender das coisas erradas que fizemos, mas mesmo assim, ainda podemos ter uma enorme dificuldade para não recair no mesmo erro.
Muitas vezes nós agimos como se fossemos robôs, comandados por rotinas mentais pré-estabelecidas, estando nós conscientes disto ou não. Estas rotinas mentais podem se transformar em vontades, atitudes e hábitos. Estes hábitos podem se transformar em vícios ou virtudes, dependendo das intenções específicas embutidas nestas rotinas mentais. Deste modo, estamos programados psiquicamente para fazer coisas tais como raciocinar, perceber as coisas, pensar, dirigir o carro, andar de bicicleta, nadar, falar diferentes idiomas, nos comportar desta ou daquela maneira, reagir desta ou daquela forma, tomar decisões, etc.
Em nosso mundo psíquico (consciente, inconsciente pessoal e inconsciente coletivo) estão armazenados: o instinto de conservação, tendências, memórias de personalidades passadas e presente, soma e interação de agregados psíquicos, complexos psíquicos, preferências, idealizações, condicionamentos, negatividades, máscaras e imagens mentais diversas. Na prática, porém, nós tomamos consciência dos universos externo e interno através do ego (centro da consciência; nosso raciocínio, percepção e pensamentos). O grau de acerto de nossas ações e reações resultantes destas tomadas de consciência depende do quanto nosso ego está livre de negatividades e máscaras, de modo que possamos compreender a realidade em lugar de compreender somente as aparências.
Quando julgamos a nós mesmos e os nossos semelhantes, estamos, em realidade, julgando a projeção de aspectos imperfeitos do próprio ego, sem enxergar a perfeição que existe na natureza. Aquilo que vemos de imperfeito, impuro ou sombra nos seres e nas coisas, representa aquilo de imperfeito, impuro ou sombra que existe em nosso ego. Podemos ter uma boa ideia do grau evolutivo de nossa consciência, analisando nossas ações e reações físicas, emocionais e mentais, ao tomarmos consciência das situações, coisas e seres existentes nos universos externo e interno. Assim, recomenda-se fazer uma cuidadosa análise destas ações e reações para reconhecimento de regiões impuras de nossa consciência que nos impedem de conhecer a Verdade.

Como podemos sair desta situação com sucesso
A primeira coisa que devemos fazer é manter uma atitude de calma e despreocupação, porém, sempre estando firmemente comprometidos perante nossa consciência superior, de nos esforçarmos para corrigir definitivamente os nossos erros. Para isso, é necessário confiar em si mesmo e na ajuda espiritual sempre presente, para não desanimar em face de novos fracassos.
Depois, devemos, sinceramente, reconhecer os prejuízos e as consequências danosas causadas pelos erros cometidos. Se tivermos dúvidas sobre o que está certo ou errado, podemos usar as peneiras da bondade, verdade e utilidade. Tudo que não passar nas três peneiras pode ser fonte de mal, ignorância, estagnação espiritual e, consequentemente, de dores e sofrimento. Lembremo-nos de que o bem que deixamos de fazer também é um mal. Se for necessário, peçamos ajuda especializada ou busquemos informações que nos auxiliem para avaliar corretamente as ações ou reações que resultaram no erro de modo que possamos compreender adequadamente e integralmente a situação;
 Em seguida, devemos reconhecer que existem negatividades e máscaras em nosso ego as quais impedem o nosso avanço evolutivo, para depois tentar modificá-las, evitando assim a repetição dos mesmos erros. Assim, devemos reconhecer a existência de tendências, predisposições e inclinações negativas em nosso ego, sem, entretanto, nos identificarmos com tais negatividades. As máscaras e negatividades que existem em nosso ego são temporárias e totalmente sujeitas a transformações usando a força do amor, da vontade e da persistência para mudar.
Psicologicamente, a essência Divina que somos nos convida para colocarmos a mente a serviço do Eu Real, do Self, Centro do Psiquismo Total. O ego, por sua vez, luta para não perder o seu poder, entrando em disputas externas, desequilibrando nosso mundo interior. O equilíbrio necessário entre o ego e o Eu Real é restabelecido pelo amor. A harmonia e paz interior dependem do equilíbrio entre o ego e o Self, isto é, dependem de que o Eu Real tenha o ego a seu serviço e dirija a função psíquica central da consciência para propósitos alinhados com o Espírito (Novaes, 2001).
A mensagem cristã serve para o mundo psíquico sempre que percebemos que a exclusividade do ego é fator de desequilíbrio. Perceber os propósitos do Self é garantia de seguir no rumo certo. O ego e o Self devem estar sintonizados a serviço do Espírito, verdadeiro piloto da mente. Quando o Espírito toma a decisão de se orientar pela onda da paz e do amor, o Self estabelece princípios de organização e direção voltados para o Bem, restando ao ego acostumar-se à nova ordem interna vigente. Inicialmente haverá o conflito entre os desejos do ego e as orientações do Self, mas à medida que os embates das experiências externas reduzirem o poder do ego, os objetivos essenciais começarão a ser alcançados (Novaes, 2001).
Nós somos seres espirituais, imortais e o nosso ego é apenas uma estrutura temporária em nossa mente. Assim, torna-se extremamente importante conhecer como funcionam as programações psíquicas, conscientes e principalmente as inconscientes, para podermos transformá-las, utilizando a energia do amor. Quanto mais sucesso nós tivermos na transformação do material psíquico inconsciente em material consciente, e consequentemente, em reorientar os reflexos defeituosos do material inconsciente, mais próximo nós chegamos à realidade do Princípio de Vida Universal dentro de nós. Este Princípio fica então mais livre para revelar-se, nos libertando dos medos, da vergonha e dos preconceitos.
Não é possível eliminar os sentimentos egóicos simplesmente usando as forças de vontade e mental. A transformação da polaridade dos complexos egóicos, de negativa para positiva, é realizada utilizando-se sentimentos derivados do amor, energia mais sublime e mais poderosa do universo, originada no Eu Real. Assim, o autoconhecimento, a autoaceitação e o autoperdão da realidade temporária do ego têm o poder de nos libertar das amarras energéticas dos sentimentos que interferem negativamente em nossa vida. Porém, é sempre importante lembrar que:
- Nós não somos o ego, mas temos um ego. Não podemos confundir o ser que somos com o ter, estar, gostar, ficar, fazer, etc., os quais são transitórios, assim como a nossa autoimagem idealizada e o próprio ego;
- O ego não tem existência real porque ele representa apenas um estado evolutivo do espírito em que as negatividades e máscaras são, na realidade, ausências de valores, da mesma forma que o frio é ausência de calor e a escuridão é ausência de luz;
- A consciência das negatividades e máscaras do ego permite iniciarmos o processo de transformação do ego, através da desidentificação do Eu Real com o ego, pela vivência de valores contrários aos do ego;
- É necessário se esforçar constantemente para vivenciar bons pensamentos, sentimentos, atitudes e hábitos;
- A meditação frequente permite alcançarmos níveis superiores de consciência de modo que sempre estejamos sintonizados a vibrações de sabedoria, força moral, serenidade e esperança;
- Todos os espíritos, encarnados ou desencarnados, com os quais nos sintonizamos vibratoriamente, poderão interferir positivamente em nosso processo de autocorreção somente se estas vibrações vierem de fontes tais como sabedoria, amor e caridade. Nós somos influenciados, e ao mesmo tempo, influenciamos outros espíritos, através dos pensamentos, emoções e atitudes com os quais, consciente ou inconscientemente, nos identificamos vibratoriamente.
Para auxiliar no processo de autocorreção, pode-se praticar o Método dos 12 passos para ser bem sucedido na vida, sugerido por Oliveira (1998), conforme seguem:
1 – Definição do nosso foco de interesse;
2 – Desejo de atingir o foco;
3 – Manifestação da vontade;
4 – Mudança de pensamento;
5 – Novas crenças;
6 – Novas expectativas;
7 – Novas atitudes;
8 – Persistência nas novas atitudes;
9 – Novos hábitos;
10 – Novos comportamentos;
11 – Novos desempenhos;
12 – SUCESSO (atingir o foco).
De acordo com Oliveira (1998), precisamos seguir apenas os quatro passos escritos em negrito (passos 1, 3, 7 e 8), porque os demais se realizarão automaticamente. Definindo o FOCO de interesse, o DESEJO naturalmente se manifestará, mas a vontade de satisfazer nosso desejo dependerá exclusivamente de nós. Permitindo que a VONTADE se manifeste, naturalmente nossos PENSAMENTOS mudarão. Mudando nossos pensamentos, naturalmente passaremos a ter NOVAS CRENÇAS. Adquirindo novas crenças, naturalmente teremos NOVAS EXPECTATIVAS. Ter novas expectativas, no entanto, não significa que naturalmente nós passaremos a ter novas atitudes. Eis que chegamos a um ponto crítico: nós teremos de ter novas atitudes e persistir nestas novas atitudes, pois, se simplesmente tivermos novas atitudes sem persistência, nós não atingiremos o próximo passo. Tendo NOVAS ATITUDES e PERSISTINDO nelas, nós vamos naturalmente adquirir novos hábitos. Adquirindo NOVOS HÁBITOS, naturalmente passaremos a ter novos comportamentos. Adquirindo NOVOS COMPORTAMENTOS, naturalmente teremos novos desempenhos. Tendo NOVOS DESEMPENHOS, naturalmente alcançaremos o SUCESSO. Não nos esqueçamos, portanto, da importância de definir o FOCO da manifestação, da VONTADE, das NOVAS ATITUDES e da PERSISTÊNCIA porque assim agindo, tudo o mais virá por acréscimo. E mais importante que tudo, devemos sempre colocar, em todos os passos do processo de autocorreção, sentimentos profundos de AMOR, direcionados para si mesmo, para todos e para tudo.

Bibliografia
OLIVEIRA, A.Viver bem é simples, nós é que complicamos, Editora Didier: Votuporanga, 1998, 112p.

NOVAES, A.M.F. Psicologia do evangelho. Fundação Lar Harmonia: Salvador, 2001, 176p.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

EFEITOS NEGATIVOS DOS MEIOS ELETRÔNICOS EM CRIANÇAS, ADOLESCENTES E ADULTOS

Considerando a importância e profundidade do estudo acadêmico elaborado por Valdemar W. Setzer, incluo o índice do texto e respectivo endereço eletrônico do trabalho completo:

EFEITOS NEGATIVOS DOS MEIOS ELETRÔNICOS
EM CRIANÇAS, ADOLESCENTES E ADULTOS
Valdemar W. Setzer
Depto. de Ciência da Computação, Instituto de Matemática e Estatística da USP
www.ime.usp.br/~vwsetzer
Original de 12/08; versão 15.2 de 9/2/13


Índice

 0. Introdução
 1. Excesso de peso e obesidade
 2. Riscos para a saúde

 3. Problemas de atenção e hiperatividade
 4. Agressividade e comportamento antissocial
 5. Depressão e medo
 6. Intimidação a colegas (bullying)
 7. Indução de atitude machista
 8. Dessensibilização dos sentimentos
 9. Indução de mentalidade de que o mundo é violento e violência não gera castigo
10. Prejuízo para a leitura
11. Diminuição do rendimento escolar e prejuízo para a cognição
12. Confusão de fantasia com realidade
13. Isolamento e outros problemas sociais
14. Aceleração do desenvolvimento
15. Prejuízo para a criatividade
16. Autismo
17. O problema do vício
18. Indução ao consumismo
19. Problemas causados pela Internet
Referências


Endereço eletrônico do texto completohttp://www.ime.usp.br/~vwsetzer/efeitos-negativos-meios.html

sábado, 19 de outubro de 2013

O que é o Ho’oponopono?

Dr. Ihaleakalá Hew Len e kahuna Morrnah Simeona

"Eu limpo para estar na Presença de Deus. Uma vez lá, a Divindade me dará tudo que é perfeito e correto para mim. Eu só sei isso. Esta é a Meta da minha vida. Se  eu tenho qualquer meta ou objetivo, é estar na Presença de Deus."

Dr. Ihaleakalá Hew Len - 23 de Janeiro, 2008
Em Havaiano, Ho'o significa “causa”, e ponopono quer dizer “perfeição”, portanto Ho’oponopono significa “corrigir um erro” ou “tornar certo”.
Você pode através desse sistema se livrar das recordações que tocam repetidamente na sua mente (aquela conversa mental interna incessante - principalmente depois de situações estressantes e desagradáveis) e encontrar a Paz.
Sem os pensamentos se repetindo, sem crenças limitadoras, sem condicionamentos, sem as lembranças dolorosas, um espaço vazio se abre dentro de você.  O Ho’oponopono lhe permite soltar estas recordações dolorosas, que são a causa de tudo que é tipo de desequilíbrios e doenças. Na medida em que a memória é limpa, pensamentos de origem Divina e Inspiração ocupam o vazio dentro de você. A única coisa que devemos fazer é limpar; limpar todas as recordações, com quatro simples frases que abrangem tudo:
                 Sinto muito.          Me perdoe.           Te amo.             Sou grato.
Lembrem-se, um problema é uma memória repetindo uma experiência do passado. O Ho’oponopono é um apelo a Divindade para cancelar as memórias que estão se repetindo como problemas. O Dr. Len mantém essa frase em mente sempre; “A paz começa comigo”, é o que ele procura praticar embora ainda tropece vez ou outra.

Com o Ho’oponopono estamos assumindo a responsabilidade pelas memórias que compartilhamos com as outras pessoas. Pesquisas mostram que á todo momento existem 11 milhões de “bits” de informação em nossa volta, mas só percebemos 15 “bits”, e são em cima desses “bits” que julgamos as coisas! Portanto, não sabemos o que realmente está acontecendo. Então dizemos para a Divindade; “Se existe algo acontecendo em mim que me faça vivenciar as pessoas de determinada maneira, eu gostaria de liberar isso.” Largando de mão essa vontade de consertar as coisas, de mudar as pessoas, deixando Deus fazer, nós mudamos nosso mundo interior o que causa uma mudança também no mundo externo.

Ser 100% responsável é um caminho de pedras, por ser o intelecto tão insistente. Quando nos ocorre um problema o intelecto sempre busca alguém ou alguma coisa para culpar. Insistimos em procurar fora de nós a origem dos nossos problemas.

A kahuna* Morrnah Simeona, professora do Dr. Len (), ensinava que; ”Estamos aqui somente para trazer Paz para nossa própria vida, e se trazemos a Paz para nossa vida tudo em nossa volta descobre seu próprio lugar, seu ritmo e Paz.”.

Esta é a essência do processo Ho’oponopono.

*”Kahuna” em Havaiano significa “guardião do segredo”

Com a prática do Ho’oponopono você passa a entender que opera a sua vida e seus relacionamentos de acordo com os seguintes insights:
1. O universo físico é uma realização dos seus pensamentos.
2. Se seus pensamentos são cancerosos, eles criam uma realidade física cancerosa.
3. Se seus pensamentos são perfeitos, eles criam uma realidade física transbordando AMOR.
4. Você é 100% responsável por criar seu universo físico como ele é.
5. Você é 100% responsável por corrigir os pensamentos cancerosos que criam uma realidade doente.
6. Não existe lá fora. Tudo existe como pensamentos em sua mente.

Preceitos de Morrnah Simeona

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

OS SEGREDOS DA VIDA

Introdução
No livro “Os Segredos da Vida”, os médicos Kubler-Ross e Kessler (2004), publicaram relatos e experiências de pacientes terminais. Neste livro, as pessoas próximas da hora de sua morte, nos ensinam valiosas lições para nos ajudar a descobrir quem realmente somos, que é o amor e como devemos abrir caminho através da raiva, da culpa, das dores e do medo para dar novo sentido à nossa existência e descobrir a felicidade. Algumas das questões cruciais abordadas no livro são, por exemplo: Teremos outra vida como esta? Quanto tempo ainda nos resta? Estamos vivendo o mais plenamente possível? Temos questões inacabadas para resolver? Qual é o significado da vida?

As lições ou segredos da vida
Os segredos da vida são as lições ensinadas pelos pacientes terminais, adaptados neste texto, para a realidade da vida espiritual, conforme seguem:

Lição do amor
- Aprender a amar a si mesmo (autoconhecimento, autoperdão, autoaceitação, cuidar-se, fazer o que gosta, etc.);
- O amor que esperamos encontrar nas outras pessoas já existe em nós;
- Não colocar condições (se, quando, etc.) e expectativas para amar as pessoas. Infelizmente, a maioria de nós aprendeu que seria amado se ... ou quando ...;
- Amar pelo que somos (seres espirituais) e não pelo que temos e fazemos (coisas temporárias);
- Amar os outros pelo que realmente são e não pelo que desejamos que sejam;
- Estar presentes e dar atenção àqueles que amamos;
- Sempre nos colocar no lugar dos outros para tomar decisões corretas por causa da nossa intolerância, orgulho, egoísmo, impaciência, rancor, etc.;
- Não podemos obrigar alguém a nos amar, mas podemos parar de desperdiçar nosso tempo e energia com esse alguém;
- Praticar o amor incondicional, isto é, amar sem esperar nada em troca.

Lição dos relacionamentos
- Os relacionamentos nos oferecem grandes oportunidades de conhecer: quem somos; nossos medos, complexos, culpas e desejos; de onde vem nosso poder; o significado do verdadeiro amor;
- Não perder a oportunidade de se encontrar com alguém porque não podemos saber quando será o último dia em que veremos esse alguém;
- Colocar coisas boas nos relacionamentos as quais também gostaríamos de receber (cônjuge, amigos, parentes, vizinhos, colegas, desconhecidos, etc.);
- Nada exigir dos outros nos relacionamentos, mas sempre devemos oferecer alegria, amor, consolo, respeito, sinceridade, segurança, solidariedade, amizade, gratificação, companheirismo, aceitação, atenção, admiração, ajuda para solução de problemas, etc.;
- As pessoas “difíceis” com as quais lidamos são os nossos maiores mestres;
- Viver livre e generosamente o amor para se realizar nos relacionamentos;
- Se mudarmos a nós mesmos ou melhora o relacionamento ou mudamos de relacionamento.

Lição da autenticidade
- Descobrir o eu autêntico (através do autoconhecimento) e enxergar a autenticidade nos outros. Não esperemos a hora da morte para fazer isso;
- Eliminar as máscaras e papéis que assumimos, conscientemente ou não: fardo, falsidade, medo, interesse, achar que o outro pode e deve resolver sozinho o próprio problema, desejo que o outro seja fraco para se sentir forte, resolver problemas dos outros para não pensar nos próprios;
- Tomar consciência das atitudes nos papéis que desempenhamos (cônjuge, pai, mãe, patrão, pessoa boa, etc.);
- Admitir a influência negativa das máscaras e negatividades do ego em nossa mente para podermos realizar a reforma íntima;
- Não ser reflexo do ambiente ou das circunstâncias porque a essência divina que somos permanece a mesma em qualquer circunstância;
- A vida tem a ver com o que somos (essências divinas) e não com o que fazemos ou temos.

Lição da perda
- Acabamos perdendo tudo o que temos, mas o que realmente importa jamais pode ser perdido. Tudo é apenas empréstimo; resta-nos, entretanto, saber aproveitar as oportunidades da vida;
- A vida continua após a morte física e nunca perderemos a nossa individualidade, consciência, nossas lembranças, nossos sentimentos, nossos pensamentos, nosso estágio evolutivo e o resultado de nossas ações;
- Os estágios das nossas reações às perdas são: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação (não necessariamente nesta ordem);
- A perda é uma das lições mais difíceis da vida (filhos, pais, irmãos, amores, coisas);
- “Não existe crescimento sem perda e não há perda sem crescimento.” Exemplo, “É melhor perder um grande amor do que nunca ter amado.”;
- As perdas nos ajudam a descobrir o que é realmente essencial e aprender a valorizar o que temos (ou o que nos resta) porque sempre podemos perder mais do que já perdemos;
- Tornamo-nos mais solidários quando perdemos alguém querido;
- O medo ou incerteza de perder é tão difícil quanto a perda (por exemplo, resultados de exames, pessoa doente ou desaparecida, etc.);
- As coisas que possuímos não têm um significado em si, mas o que é importante é o que elas representam e isso é nosso para sempre.

Lição da paciência
- Quando estamos doentes ou dependemos dos outros sempre temos que lidar com esta lição: “Nem sempre conseguimos o que queremos.”;
- Aprender saber esperar porque nada conseguimos de positivo com a nossa impaciência;
 - Acreditar que tudo vai dar certo, que existe um planejamento desconhecido por nós, o qual é muito maior do que nós;
- “Não teremos nenhuma experiência de vida enquanto não estivermos prontos para ela.” Tudo tem seu tempo. As coisas acontecem exatamente como deviam acontecer. “Achamos que o despertador nos acorda todas as manhãs, mas é Deus que decide nos despertar.”;
- Ser paciente não significa que temos que ser vítimas, impotentes, tolerantes com abusos ou ficar sofrendo em circunstâncias terríveis. Podemos ser pacientes e ao mesmo tempo conservar o nosso poder. Nós sempre temos a livre escolha para aproveitar as circunstâncias e o tempo para aprender coisas novas no lugar de lamentar, esbravejar ou espernear;
- A fé com base na razão e lógica nos ajuda muito a ter paciência para com todos e com tudo;
- Deus nos dá oportunidades de descobrir quem somos, e sempre nos dá tudo que precisamos para aprender a ser cada vez melhores seres humanos. O segredo consiste em confiar e ter paciência.

Lição da entrega
- Aceitar e nos entregar à realidade da vida nos momentos e circunstâncias em que nada podemos fazer além de orar e confiar. Assim encontraremos a paz e uma melhor qualidade de vida. Não podemos constantemente controlar tudo (emprego, relacionamento, situações). Deus criou um universo em que tudo funciona perfeitamente, harmonicamente, sem que precisemos fazer nada. O melhor então é confiar, nos entregar a esse Poder Superior e relaxar;
- Ser positivo em todas as situações;
- Nunca teremos a certeza do que é o melhor para nós; logo, “seja feita a Tua vontade e não a minha”;
- Entregarmo-nos ao Poder Superior quando não estivermos em paz e a vida não estiver fluindo;
- Praticar a oração da serenidade quando não soubermos se é chegada a hora da entrega (Dai-nos a força para mudar o que pode e deve ser mudado; Dai-nos a serenidade para aceitar o passado e confiar no futuro; Dai-nos a sabedoria para distinguir entre o certo e o errado).

Lição do tempo
- A vida material é governada pelo tempo; com o tempo, tudo muda. Vivemos nele, em função dele e morremos nele. O tempo é uma medida útil, mas ele é relativo e somos nós que atribuímos a ele o seu valor; o seu valor depende da percepção individual;
- Podemos nos transformar, renovar ou recomeçar a cada dia se conseguirmos nos concentrar no presente, se formos capazes de ver a vida com ela realmente é agora. Quando não vivemos no presente, ficamos incapazes de ver os outros e a nós mesmos como realmente somos. E, se não estamos vivendo no presente, não podemos encontrar a felicidade. O passado é irrecuperável e o futuro incerto. Nós só dispomos do momento presente. Aquilo que fazemos a cada instante determina nossa felicidade futura e a qualidade de nossas lembranças;
- Se passamos a vida nos lembrando de eventos passados ou evocando projetos que supostamente podem mudar nossa vida, mas que não se concretizam então nós estamos buscando a felicidade onde ela não está;
- “Viva o mais intensa e plenamente possível o agora e desapegue-se do passado”;
- Não morremos antes da nossa hora;
- Devemos esquecer o passado, viver melhor o presente, esperando um futuro cada vez mais feliz.

Lição do medo
- Viver “um mundo sem medos”, enfrentando conscientemente os medos, perseguindo os sonhos e buscando a realização dos desejos. É fácil sentir medo onde não existe perigo. Os medos não são a realidade. Eles nos impedem de viver plenamente e nos fazem infelizes. Temos que encontrar nosso caminho através dos medos e aproveitar as inúmeras oportunidades que se apresentam, para viver a vida que sonhamos. Podemos viver livres do julgamento, sem temer a desaprovação dos outros, sem recuarmos;
- Nosso medo não impede a morte – ele impede a vida. Nós não temos consciência disso e a nossa principal ocupação na vida é lidar com o medo e os seus efeitos. Ele bloqueia nosso amor, nossos verdadeiros sentimentos, nossos desejos, nossa felicidade e até mesmo o nosso ser. A bondade sempre supera o medo. O medo não é páreo para o amor;
- “Precisamos superar o medo enquanto ainda podemos fazer aquilo que sonhamos. Para isso, precisamos avançar em direção ao amor”;
- Todas as emoções positivas (felicidade, satisfação, paz, alegria) vêm do amor, e todas as negativas (raiva, ódio, ansiedade, culpa), do medo. O medo está relacionado com o passado ou com o futuro, mas o amor está no presente.

Lição da raiva
- A raiva reprimida não evapora simplesmente; ela se transforma em questão inacabada. Observemos que a raiva vai se acumulando e ao explodir causa grandes desastres (trânsito trabalho, lar, etc.). A raiva é uma reação normal, que pode ser muito útil no lugar e na hora certa e na proporção adequada. Pessoas que expressam a sua raiva vivem mais tempo;
- Trabalhemos para descobrir a origem de tanta raiva acumulada para liberá-la e retomar nosso verdadeiro eu. Caso contrário ela prejudicará nosso relacionamento não apenas com os outros, mas também conosco mesmos. Ficamos com raiva dos outros e de nós mesmos por causa do que fizemos ou deixamos de fazer (quando traímos a nós mesmos e aos nossos sentimentos, quando deixamos de atender nossas necessidades e carências, por não darem o que achamos que merecemos, por não nos fazermos respeitar, por não exigirmos nossos direitos). Descobrir se a raiva é explicada por fatos concretos (estou zangado porque você não apareceu, porque está atrasada, porque não fez um bom trabalho, por causa do que você me disse.) ou por causa de medos ocultos (quando você não aparece, penso que não goste de mim, que seja despedida, que não me ame mais);
- Aprendamos a ser mais sinceros e a expressar a raiva que sentimos da forma mais adequada e produtiva. A raiva é um sentimento natural que passa, e não um modo de ser permanente.

Lição do divertimento
- Perto da morte muitos dizem “Eu gostaria de não ter levado a vida tão a sério”, mas nunca escutamos alguém dizer: “se ao menos eu pudesse ter trabalhado mais um dia por semana; ou se a jornada de trabalho tivesse sido de nove horas em vez de oito.” Muitos percebem que trabalharam arduamente, mas não viveram realmente. É importante não só saber fazer, mas saber ser.
- É importante se divertir, brincar, rir, relaxar, passear, ir ao teatro, ir ao cinema, ler, etc. Mas não devemos ir passear levando o laptop, preocupações, deveres do trabalho, celular do trabalho, etc.;
- Ser mais espontâneo, aceitar convites, dançar, praticar esportes, jogar, etc.

Lição da culpa
- Não ficar remoendo o passado, pensando se eu tivesse feito isso, se não tivesse feito aquilo, não teria acontecido tal coisa. Às vezes até os eventos mais trágicos acontecem sem que ninguém tenha culpa. A psicologia da culpa se fundamenta na condenação de nós mesmos, na sensação de que fizemos algo errado. É a raiva voltada para dentro, que surge quando violamos nossos sistemas de crença. Fomos criados para nos vendermos para ter o afeto dos outros. Aprendemos a ser bons, a atender aos desejos dos outros, em vez de ser estimulados a nos tornarmos independentes. Somos treinados para ser co-dependentes (incapacidade de dizer não, dar mais importância às necessidades e à vida dos outros do que às nossas) em vez de interdependentes. Crescemos assim, agindo inconscientemente, em geral não sabendo como satisfazer as nossas necessidades para sermos felizes. O desejo de agradar os outros é um campo fértil para a culpa, mas não é o único. Às vezes nos sentimos culpados quando tentamos afirmar a nossa independência. “É somente nos libertando de nossa culpa que verdadeiramente nos livramos do passado para criar um novo futuro.” A chave da cura é o perdão, que significa aceitar o passado, aprender com ele e desapegar-se dele.

Lição do perdão
- Perdoar para viver uma vida completa. O perdão é a maneira de curar as nossas mágoas e feridas, é a forma de nos religarmos aos outros e a nós mesmos. Quando não perdoamos nos tornamos escravos da mágoa. Merecemos a chance de oferecer um recomeço a nós mesmos e aos nossos relacionamentos. Pensamos que ao perdoar estamos justificando o comportamento que nos feriu. Na realidade estamos abrindo mão da mágoa em nosso próprio benefício, ou seja, para sermos felizes. Perdoar não significa deixar que os outros nos pisem. Ao perdoar lembramos que não somos perfeitos, que todos erram e que as pessoas não são os seus erros. Não temos que perdoar o comportamento que nos feriu, precisamos perdoar a pessoa. O desejo de vingança é outro bloqueio no perdão. A vingança pode nos dar um alívio temporário, mas depois vem o sentimento de culpa e de inferioridade por termos feito algo errado;
- Perdoar pelo que fizemos e pelo que deixamos de fazer. Se sentirmos que não aprendemos a lição, precisamos nos perdoar por não tê-la aprendido. Perdoar não é acusar, mas compreender os motivos que nos levaram a cometer aquilo que percebemos como erro ou ofensa a alguém. E aprender com a experiência. O perdão não é uma tarefa que acontece uma vez na vida, e sim um trabalho permanente. Ele é nosso plano de manutenção espiritual, ajudando-nos a permanecer em paz e em contato com o amor. A nossa única tarefa quando nos magoam ou nos acusamos por ter ferido alguém é tentar abrir novamente o coração.

Lição do poder
- Nosso verdadeiro poder não provém da nossa posição na vida, de uma polpuda conta bancária ou de uma magnífica trajetória profissional. Ele é a expressão da nossa autenticidade interior, da manifestação da nossa força e integridade. São poucos os que percebem que cada um de nós possui o poder do universo dentro de si. Achamos que os outros são poderosos, a natureza é poderosa, mas não tomamos consciência do poder divino que existe dentro de nós. Temos a tendência de equiparar a riqueza ao poder e acreditamos que o dinheiro é capaz de comprar a felicidade. A riqueza e a pobreza são estados de espírito. Na hora da morte muitos, arrependidos, dizem: nunca corri atrás do meu sonho; nunca fiz o que realmente queria fazer; fui um escravo do dinheiro. Nesta hora ninguém diz: gostaria de ter adquirido mais propriedades; teria sido mais feliz se tivesse um milhão de dólares. Achamos que ter dinheiro e controlar as pessoas e situações nos confere poder. E esse controle não tem limites, pois precisamos controlar cada vez mais e nunca nos satisfazemos;
- Abrir mão do controle sobre as pessoas, as coisas e os acontecimentos para que a vida entre na ordem natural das coisas e nos tornemos mais poderosos;
- Não preocupar com a opinião dos outros para que o nosso poder não nos escape;
- Nós não temos o poder de fazer os outros felizes, mas temos o poder de fazer a nossa felicidade;
- A gratidão gera o poder (o que temos, o que somos e nossa situação). Deus sempre nos dá aquilo que precisamos para evoluir. O verdadeiro poder resulta de saber quem somos e de conhecer nosso lugar no mundo. Nosso poder decorre de saber que tudo está certo da forma como é e que todos estão evoluindo exatamente da maneira como devem fazê-lo.

Lição da felicidade
- Já recebemos tudo de que precisamos para ser felizes. A dor e o sofrimento acontecem se ainda não aprendemos usar o que nos foi dado;
- Nós fomos feitos para a felicidade, todos podem encontrá-la, basta procurá-la nos lugares certos;
- Não estamos acostumados com a felicidade, ela nos incomoda, como se não a merecêssemos.  Fomos treinados para a infelicidade. Temos a tendência em ver somente o lado negativo das coisas, de ver apenas o lado ruim das pessoas, de fazer os piores prognósticos;
- Tomar consciência de que a finalidade da vida é ser feliz. Às vezes achamos que não podemos ser felizes porque existem muitas pessoas passando por dificuldades, desgraças, sofrimentos, etc. Entretanto, seremos mais capazes de ajudar os outros sendo felizes, compartilhando nosso tempo, dinheiro e felicidade. As pessoas verdadeiramente felizes são as menos egoístas e egocêntricas, perdoam com mais facilidade, são mais gentis e amorosas, doam seu tempo e os seus serviços;
- A felicidade não depende das circunstâncias, das coisas externas e das outras pessoas. A felicidade depende de como lidamos com as coisas e situações e não da coisa e do que acontece em si. Ela depende do modo como percebemos, interpretamos e assimilamos o que acontece com nossas emoções. E a nossa forma de perceber as coisas depende do nosso empenho em ver o lado positivo ou negativo em tudo e todos;
- Não deixar que o passado ou o futuro nos façam infelizes porque apenas o presente é real;
- Não se comparar com outros;
- O “quando” e “se” podem ser motivos de infelicidade. Exemplos: “Se eu tiver isso... ou quando eu for aquilo... então serei feliz;
- A felicidade é uma capacidade interior de se adequar à realidade e extrair dela todas as alegrias possíveis. A vida é feita de altos e baixos, de opostos, de ciclos. Toda e qualquer situação tem o seu lado positivo. Precisamos aprender a reagir com a nossa mente, emoção e atitude ao que acontece na vida. Conhecendo-nos melhor fazemos escolhas mais adequadas ao nosso modo de ser e valores;
- Escolher também aquilo que faz os outros se sentirem bem, desde que não violente a sua maneira de ser;
- Escolher ações que geram uma satisfação duradoura e das quais possamos nos orgulhar. Assim, teremos escolhido o amor, a vida e a felicidade.

Conclusões
Devemos tomar consciência do que somos em realidade (seres imortais, únicos e capazes de ações que contribuem para a nossa felicidade e de todos os que nos cercam). A vida na terra é uma escola completa, com testes e desafios destinados a cada ser humano. Depois que aprendemos tudo que podemos aprender e ensinamos tudo que podemos ensinar, voltamos para o mundo espiritual. Às vezes é difícil perceber quais são as lições que nós e os outros devemos aprender. De muitas maneiras, a perda nos mostra o que é precioso, enquanto que o amor nos ensina quem nós somos. Os relacionamentos nos revelam quem somos e nos fornecem maravilhosas oportunidades de crescimento. O medo, a raiva, a culpa, a paciência e o tempo são nossos grandes mestres. Crescemos até nos momentos mais sombrios. A principal lição que os que estão à beira da morte nos ensinam “é viver cada dia o mais plenamente possível”. Cada dia que acordamos é uma dádiva para ser experimentada. Nunca mais iremos receber outra vida como essa. Não esperemos mais para fazer as coisas que desejamos, façamos agora! Enfim, o significado da vida é: “Descobrir tudo que somos capazes de fazer e de ser, não apenas para estarmos vivos, mas para nos sentirmos vivos.”

KUBLER-ROSS, E. KESSLER, D. Os segredos da vida. Editora Sextante: Rio de Janeiro, 2004, 218p.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

MANUAL DO DESESPERADO

Estamos desesperados por causa dos nossos problemas?
Temos problemas que estão nos deixando desesperados? Estamos doentes? É falta de dinheiro? É desemprego? É insatisfação profissional? É infelicidade na vida amorosa? É consciência pesada? Temos problemas de relacionamento? São problemas na família? Estamos insatisfeitos com alguma coisa? Tudo que fazemos dá errado? Achamos que os nossos problemas são maiores que os dos outros? Não enxergamos solução para os próprios problemas? Suspeitamos de que alguém nos fez mal? Sentimo-nos impotentes diante de uma situação sem saída? Temos vontade de beber, se drogar, ou fazer coisa pior para esquecer ou fugir dos problemas? Já xingamos a Deus e a todo mundo, mas nada adiantou? Já agredimos outras pessoas que nada tinham a ver com o nosso problema, apenas para desabafar? Já choramos muito, mas tudo continuou igual? Rezamos muito, mas nada mudou?
Se o nosso problema, porém, é resolver os problemas dos outros, então nós embarcamos numa canoa furada. Neste caso, estamos mais prejudicando do que ajudando o nosso próximo. Devemos nos conscientizar que o problema do outro é do outro e não nosso. Podemos sim ajudar os outros a resolverem os seus problemas, mas sem assumir os seus deveres e responsabilidades.

Por que temos problemas?
Nós temos problemas porque isto faz parte de nossa evolução material e espiritual. Por causa disso, os problemas devem ser encarados como lições de nosso aprendizado como seres humanos. O esforço que fazemos para resolvê-los promove o nosso desenvolvimento material, emocional, intelectual, moral e intuitivo, contribuindo para a evolução individual e coletiva.
Quanto maior é o problema que nos aflige, maior é a nossa satisfação após resolvê-lo. As coisas mais difíceis de serem obtidas são aquelas que mais valorizamos. O grau de dificuldade para resolver os problemas, porém, sempre está de acordo com as nossas necessidades evolutivas e capacidade para resolvê-los.
Tudo que acontece na vida está de acordo com as leis de Deus. Nada acontece por acaso e sempre estamos aprendendo coisas novas. Deus quer que sejamos felizes e bem sucedidos. Por isso, Ele nos deu a liberdade de escolha e o poder para conseguir tudo aquilo que desejamos ser e ter. É preciso, porém, conhecer as suas leis para não fazer escolhas erradas. A compreensão, aceitação e respeito às suas leis nos conduz à paz e felicidade. O desrespeito às suas leis nos causa dor e sofrimento. Todos podem errar porque ninguém é perfeito. Porém, persistir no erro é estupidez. Não é possível voltar ao passado e desfazer as coisas erradas que fizemos. Porém, temos como alternativa, o arrependimento sincero, a reforma íntima e o esforço direcionado para compensar o mal que fizemos com a prática do bem.

Como resolver os problemas?
Primeiro devemos nos acalmar e permanecer convictos de que com o passar do tempo, aquele problema deixará de existir para dar origem a outro(s) problema(s). Não nos deixemos dominar pela preguiça, desânimo, tristeza, desgosto, dor, sofrimento, medo, fracasso, infortúnio, enfermidade ou qualquer sentimento e pensamento negativo. Não adianta reclamar para Deus e todo mundo pela situação em que nos encontramos porque na verdade, nós somos os únicos responsáveis, individualmente ou coletivamente, pelos problemas que enfrentamos. Muitas vezes é necessário buscar ajuda (amigos, profissionais, instituições, associações, etc.) para solução de nossos problemas. Se for este o caso, deixemos o orgulho de lado e peçamos auxílio para resolver o problema efetivamente.
Para auxiliar na solução de problemas é muito importante organizar nossas idéias. O problema da cura de uma determinada doença, por exemplo, pode ser organizado do seguinte modo:

Planejamento
Primeiramente buscamos ajuda profissional ou especializada para identificar a doença, determinar as suas possíveis causas fundamentais e avaliar a sua importância em nossa vida. Para isso, devemos procurar respostas para perguntas tais como: Qual é a doença? Quais são os sintomas da doença? Que dizem os médicos/terapeutas sobre ela? Que dizer a respeito dos resultados dos exames médicos? Qual é o histórico da doença? Qual é sua frequência de ocorrência? Que a doença nos dificulta ou impede de fazer (atividades pessoais, profissionais, de lazer, etc.)? Que poderia ser feito se não houvesse essa doença? É muito importante observar as características da doença sob diferentes pontos de vista para verificar qual é o efeito na doença de variáveis tais como tempo, local, circunstâncias, pessoas e clima. As possíveis causas física, emocional, mental e espiritual das doenças podem ser:

CAUSAS DAS DOENÇAS
Físicas
Problemas na alimentação*, trabalho físico excessivo, disfunção glandular, clima, genética, defeito congênito, falta de exercício físico, poluição do ar, fumo, bebidas alcoólicas, drogas, vírus, bactérias, parasitas, fungos, alergia, falta de contato com a natureza, má assimilação de nutrientes, má eliminação de resíduos, acúmulo de metais pesados, produtos químicos nos alimentos, balanço ácido-alcalino inadequado, lesões e subluxação da coluna, desequilíbrio e descoordenação do sistema nervoso, desequilíbrio e descoordenação do sistema circulatório, múltiplas causas físicas, outras causas físicas.

Emocionais
Culpa, preocupação, ansiedade, ira, medo, angústia, trauma, desgosto, frustração, inveja, ressentimento, ciúme, animosidade, maledicência, vaidade, mentira, orgulho, calúnia, revolta, mágoa, abandono, insegurança, tristeza, egoísmo, tensão, estresse emocional, raiva, desprezo, outras causas emocionais.

Mentais
Imagens mentais negativas, pensamentos negativos, atitude mental negativa, conceitos e idéias erradas, crítica, autopunição, baixa autoestima, condicionamento negativo, desânimo, falta de fé, falta de esperança, esforço mental excessivo, fascinação, outras causas mentais.

Espirituais
Reajustes cármicos, provas, obsessões, outras causas espirituais.
*Nota: Os problemas na alimentação podem ser: erros na quantidade, na qualidade ou no tipo de alimento (falta, desnutrição, excesso, intolerância, alergia); erros no modo de se alimentar (horário, mastigação, escolha e combinação dos alimentos); alimentos inadequados (intoxicação, contaminação, falta/excesso/desequilíbrio de cálcio ou magnésio, desequilíbrio sódio-potássio); excesso de café ou chá preto; nutrientes desbalanceados (vitaminas, proteínas, carboidratos, lipídios, minerais, etc.); aditivos químicos; resíduos químicos; outros problemas de alimentação.

Juntamente com os médicos, terapeutas ou especialistas, deve se conceber um plano efetivo para bloquear as causas fundamentais da doença. Para isso, estabelece-se um tratamento adequado de modo a eliminar ou controlar efetivamente a doença nos seus aspectos físico, emocional, mental e espiritual.

Execução
Executamos integralmente todas as etapas do plano, observando os efeitos do tratamento nos aspectos físico, emocional, mental e espiritual.

Verificação
A partir das informações coletados na execução do plano, comparamos o resultado alcançado com a meta planejada para verificar se o bloqueio foi efetivo.

Ação
Nesta etapa, atuamos para prevenir e corrigir os desvios detectados, de tal modo que o problema nunca volte a ocorrer.

Conclusões
De modo geral, podemos atuar preventivamente para evitar que muitos tipos de problemas apareçam em nossas vidas. O nosso destino depende basicamente de nosso caráter. A formação do caráter segue um processo natural e sequencial de manifestação que se inicia em nossos pensamentos. Neste processo, os pensamentos, imagens mentais ou pensamentos-forma cultivados em nossa mente podem despertar sentimentos ou vontades. Esses sentimentos ou vontades podem gerar comportamentos e atitudes. Estes comportamentos e atitudes podem se tornar hábitos. Os hábitos, por sua vez, constituem a base de nosso caráter. E o nosso caráter, fatalmente, dita nosso destino. É justamente por causa disso que Jesus nos disse “vigiai e orai”, servindo de alerta para vigiarmos constantemente nossa mente e coração de modo a construirmos conscientemente nossa felicidade futura.

Bibliografia
BONTEMPO, M. Manual da medicina integral. Editora Best Seller: São Paulo, 1994.
BRÓLIO, R. Doenças da alma. FE: São Paulo, 1999.
CAMPOS, V.F. Controle da qualidade total (no estilo japonês). Belo Horizonte, MG: Fundação Christiano Ottoni, Escola de Engenharia da UFMG, 1992.
KARP, R.A. EDGAR CAYCE Encyclopedia of healing. Warner Books: New York, 1999.

domingo, 11 de agosto de 2013

COMO FICAR RICO DA NOITE PARA O DIA

“Em verdade, todos nós, sem exceção, já somos ricos, mas ainda não temos consciência disso.”

Que é ser rico?
Primeiramente, antes de pensar em ser rico, é necessário entender que significa ser rico e riqueza. Materialmente falando, ser rico significa ter riquezas, possuir muitos bens materiais ou coisas de valor monetário, ter muito dinheiro, ser opulento, ter coisas em abundância, etc. Riqueza, consequentemente, é a qualidade daquele que é rico. Os seguintes provérbios, porém, apresentam diferentes pontos de vista sobre ser rico e riqueza:

Mesmo que tenhas dez mil plantações, só podes comer uma tigela de arroz por dia; ainda que a tua casa tenha mil quartos, nem de dois metros quadrados precisas para passar a noite.
(Provérbio chinês)

A riqueza é como a água do mar: quanto mais se bebe, mais sede se tem.
(Schopenhauer)

Dinheiro: Compra casa, mas não um lar; Compra relógio, mas não tempo; Compra cama, mas não sono; Compra livro, mas não conhecimento; Compra médico, mas não boa saúde; Compra posição, mas não respeito; Compra sangue, mas não vida; Compra sexo, mas não amor.
(Provérbio chinês)

Em realidade, a verdadeira riqueza, é Ser, conscientemente, aquilo que já somos, ou seja, seres espirituais, seres imateriais, criados à imagem e semelhança de Deus, princípios inteligentes individualizados, princípios de consciência primordial ou essências Divinas. A identificação plena e consciente com o Ser Real que somos resulta na manifestação do amor, da sabedoria e da caridade em nossas vidas. Ser verdadeiramente rico é, portanto, possuir bens imortais tais como caridade, humildade, paciência, bondade, honestidade, sinceridade, solidariedade, prudência, tolerância, serenidade, respeito, sabedoria, lealdade, moderação, dignidade, etc.

Como ficar rico da noite para o dia?
Conscientizando-nos de que já somos ricos, agradecendo a Deus por tudo que já somos e temos, mas compreendendo que ser é uma qualidade permanente do espírito enquanto que ter é posse material temporária. O agradecimento sincero é o melhor caminho para materializar as coisas boas que queremos ser e ter. Devemos agradecer, portanto, por tudo aquilo que nos é emprestado por Deus, até mesmo pela nossa consciência. A lista de agradecimentos é grande, mas podemos, por exemplo, agradecer:
- Por existirmos materialmente e por já termos atingidos a categoria de seres humanos, única espécie na Terra dentre os animais, que já intui, pensa, sente e tem consciência das escolhas para agir, considerando que tivemos que percorrer um longo caminho evolutivo para chegar ao nosso atual grau de consciência;
- Pelo corpo físico, pela família, pelos amigos, pelo trabalho, pelos alimentos, pela saúde, enfim pela vida que temos para desfrutar;
- Pelos problemas, dificuldades, dor e sofrimento que passamos porque tudo isso é exatamente aquilo precisamos experienciar no momento;
- Por todos os recursos materiais e espirituais que fazem parte, respectivamente, de nosso universo exterior e interior, e até mesmo pelo nosso ego, independentemente das qualidades e defeitos e dos vícios e virtudes que adquirimos;
- Pela Vida como ela é, pois ela é a realidade que necessitamos viver no presente.

Como podemos demonstrar que já somos ricos?
Podemos demonstrar que já somos ricos agindo e reagindo corretamente nos níveis mental, emocional e físico. Na prática, podemos verificar, antes de agir e reagir, se tal atitude passaria pelas peneiras da Bondade, Utilidade e Verdade. Em resumo, nossa atitude mental, emocional e física, respectivamente, deveria ser assim:

- Pensar sabiamente: Usar a mente, conscientemente, para cultivar boas idéias e bons pensamentos, para planejar o bem, para pensar positivo, para raciocinar com bom senso e lógica, e sempre estar consciente das escolhas que faz para verificar se as mesmas trarão felicidade e progresso espiritual para si mesmo e para os outros.

- Desejar com amor: Querer sinceramente felicidade e sucesso de todos, cultivar a boa vontade de praticar o bem, sempre se esforçando para melhorar em todos os aspectos.

- Agir com caridade: Praticar a caridade consigo mesmo e com todos, fazendo aos outros tudo aquilo que gostaríamos que o outro fizesse por nós; trabalhar honestamente; investir em bens imortais tais como humildade, paciência, perseverança, etc.; agradecer por todas as coisas, materiais e imateriais, que Deus nos empresta; aceitar a tudo e a todos exatamente como são e não como gostaríamos que fossem; e, finalmente, pedir a Deus, apenas, para que nunca nos falte sabedoria, força, serenidade e a certeza de um futuro cada vez melhor.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

ENEAGRAMA COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DO AUTOCONHECIMENTO

O Eneagrama é uma excelente ferramenta que pode ser usada no processo do autoconhecimento.  O site http://www.fredport.com/enea.htm#riso tem os seguintes comentários sobre esta ferramenta:

“O Eneagrama é um sistema de análise de comportamento que nos leva a uma das mais profundas percepções sobre o ser humano. Sua interpretação relativa aos tipos de egos humanos foi, pelo que sei, organizada e desenvolvida por Oscar Ichazo para ser usada como ferramenta de autoconhecimento. Oscar e o Instituto Arica, por ele fundado, continuam estudando e aperfeiçoando o sistema. O autor de um dos livros da bibliografia, Dr. Cláudio Naranjo, foi também, nos Estados Unidos, um dos pioneiros no estudo do Eneagrama das personalidades.
O Eneagrama tem em comum com as outras tipologias a "simplificação" do comportamento humano, compartimentando-o a um limitado número de tipos similares. Todas as tipologias têm a desvantagem de, aparentemente, desconsiderar a originalidade, as peculiaridades e as nuances de cada indivíduo. Por isso muitos psicólogos lhes fazem grandes e compreensíveis restrições. É grande o perigo de definir uma pessoa (ou definir-se) como pertencente a um determinado tipo ou signo zodiacal e aí deixá-la acomodada. A utilização das "regularidades" no comportamento humano só tem sentido quando existe possibilidade de mudança.
De qualquer maneira, talvez todos usemos tipologias no cotidiano. Já observei amigos meus que, apesar de não gostarem de tipologias, concordavam ou usavam afirmações do tipo "mulheres dirigem mal" ou "o pessoal de Informática é muito frio". Pelo que percebo, somos seres únicos, mas, ... que as regularidades existem, existem. A libertação desse ciclo programado ou, pelo menos, a consciência dele pode nos trazer um crescimento e uma paz muito grande.
O Eneagrama oferece esta possibilidade. Nosso ego (personalidade) não é bom nem é ruim, é apenas um ego, inteligentemente criado para agradar os "outros" e defender nossa essência das agressões. De qualquer maneira, nós não somos nossos egos...”

Além do site http://www.fredport.com/enea.htm, os interessados poderão ver excelentes apresentações sobre Eneagrama nos seguintes sites:


- http://www.slideshare.net/AurlioCaroto/eneagrama-8073540 (esta pode ser baixada)