Introdução
Muitas vezes desejamos encontrar respostas corretas para importantes questões
existenciais relacionadas à nossa felicidade. Gostaríamos de saber, por
exemplo, se nossa felicidade é resultado do destino, do merecimento, da sorte, do
acaso, da meta ou do caminho escolhido. Para isso, a razão, a lógica, o bom
senso e a intuição podem e devem ser usadas para obtenção de respostas que nos
tragam equilíbrio, conforto, esperança, motivação, serenidade, força e
sabedoria para prosseguirmos na luta do dia-a-dia.
Em alguma dimensão do espaço e tempo fomos criados individualmente,
dotados de inteligência, livre-arbítrio e consciência. Cada um de nós é um ser
único, especial, diferente dos outros, com talentos, defeitos e qualidades
peculiares. A atual situação e condição de ser e ter resulta, exclusivamente,
de escolhas feitas ao longo de nosso caminho evolutivo. Portanto, não tem
lógica nos compararmos a outros seres porque, dependendo do caso, podemos nos colocar abaixo ou acima dos outros. Em qualquer dessas situações o resultado
será ruim porque estaremos nos considerando seres superiores ou inferiores.
Todos nós viemos sozinhos e também partiremos sozinhos deste mundo. Assim,
devemos nos conscientizar o quanto antes, que temos a obrigação de resolver os
nossos próprios problemas, não significando, entretanto, que não podemos ser
ajudados no aprendizado de nossas lições de vida. O passado não pode ser mudado
e o futuro é incerto, mas temos a liberdade de escolher e mudar
agora e para melhor o nosso destino na vida.
Barbara Axt em A busca da
felicidade (acesse o artigo original em http://super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_376784.shtml)
nos relata que nas últimas décadas, apareceram muitas evidências de que nós
tendemos a manter um "nível de felicidade" constante ao longo de
nossas vidas – e nem mesmo grandes acontecimentos tais como casamento ou prêmio
da loteria, parecem ser capazes de alterar bruscamente esse nível. Esses
grandes acontecimentos, conforme explica Barbara, podem nos trazer picos de
alegria e felicidade, mas dentro poucos meses ou anos, retorna-se ao nível
anterior de felicidade. Outros grandes acontecimentos tais como perdas de
parentes, fortuna, amigos, etc., ao contrário dos anteriores, podem nos trazer
picos de tristeza e infelicidade, mas que com o passar do tempo, também
retorna-se ao nível anterior de felicidade.
Para melhoramos o nosso atual nível ou patamar de felicidade citado por
Barbara, é necessário que aconteçam mudanças conscienciais, as quais refletirão
em nossas ações e reações mentais, emocionais e atitudes perante a vida tais
como aceitação da realidade, espiritualização, transformação de uma consciência
individualista para universalista e ressignificação de crenças limitadoras.
Com o intuito facilitar nossas mudanças conscienciais, particularmente em relação a ressignificação de crenças limitadoras as quais dificultam nossa evolução e nos impedem de sermos mais felizes, propõem-se algumas importantes perguntas, assim como as suas respectivas respostas. As reflexões sobre as perguntas e respostas propostas permitirão identificar problemas e soluções de modo que saibamos o
que mudar para melhorar nossas vidas. Não é tarefa fácil mudar hábitos
limitadores, adquiridos ao longo do tempo nesta ou noutras encarnações, porque
já nos acostumamos com os vícios e defeitos retroalimentados. A ressignificação
de crenças limitadoras exige vontade e decisão firmes para sermos bem sucedidos
em eliminar vícios, desenvolver virtudes, evitar a prática do mal e praticar
o bem. A respectiva pergunta é: Qual é a coisa mais importante de nossa vida?
Qual é a coisa mais importante de nossa vida?
Certamente é viver, mas para que, por que e como
devemos viver? As respectivas perguntas em detalhes são: Qual é a finalidade
maior da vida? Por que estamos aqui? Como viver bem, corretamente,
conscientemente, responsavelmente, honestamente e inteligentemente?
Qual é a finalidade maior da vida?
A finalidade maior da vida é a evolução de todos e de tudo de modo
que Deus
encontre a Si mesmo através de todos e de tudo. Conscientemente (escolha) ou não, a meta,
desejo ou objetivo de todos os seres é atingir um estado consciencial relativo,
correspondente à fase evolutiva alcançada, denominado de felicidade, no qual
obtemos relativa satisfação em todos os níveis existenciais. As próximas
perguntas são: Que é evolução? Que é Deus?
Que é evolução?
É o processo gradativo de transformação nos níveis físico, emocional,
mental e espiritual, da matéria ao espírito, do simples ao complexo, do homogêneo
ao heterogêneo, da unidade à multiplicidade, do inconsciente ao superconsciente.
Que é Deus?
Deus é. Alguns dos Seus atributos podem ser: inteligência suprema e causa
primeira de todas as coisas; onipotência, onisciência e onipresença; eterno e
único; está no centro de tudo e tudo vem Dele e tudo vai para Ele. A respectiva
pergunta seria: Quais são as Leis Divinas?
Quais são as Leis Divinas?
As Leis Divinas são eternas e funcionam
perfeitamente. Tudo que existe e todos os seres do Universo estão conectados
espiritualmente. Quando procuramos a nossa essência Divina encontramos todas as
coisas e todos os seres porque, em essência, somos todos iguais e
temos origem comum. A diversidade é aparente. A unidade que existe na
diversidade dimensional é manifestação de Deus. O conhecimento da mecânica das
Leis Divinas é muito importante para que, conscientemente, as respeitemos e
assim evitemos possíveis dores e sofrimentos.
Conforme SANTOS (2013), a tomada de consciência é o início de nossa
imensa jornada de descobertas dos mistérios do Cosmos; e o conhecimento das
leis que regulam esse universo é o primeiro passo para compreendermos o que é o
Caminho (Conhecimento), o que é a Verdade (Criador) e finalmente o que é a Vida
(nós, as Criaturas). SANTOS (2013) também descreve as seguintes Leis Universais:
"• Lei da EVOLUÇÃO: é imperiosa em todo o
Cosmo e nenhum ser escapa à sua ação transformadora, tanto na forma, como na
essência.
• Lei da RELATIVIDADE: toda forma é
relativa, toda essência é absoluta. Deus no plano absoluto é inacessível,
imponderável, invisível; mas no plano relativo torna-se manifestado através dos
universos materiais, tornando-se objetivo, ponderável, visível.
• Lei da ORDEM: é o equilíbrio universal
absoluto resultante da perfeição e da harmonia do conjunto e da cada uma das
partes em separado. O
inverso disso seria o caos.
• Lei da UNIDADE: Deus é unidade, por
isso é absoluto e uno; no plano relativo manifesta-se fragmentado de forma
dupla ou trina. O homem é semelhante a Deus porque é duplo e triplo : visível e invisível, estável e transformável, mortal e imortal; é
também triplo porque é espírito, energia e matéria.
• Lei das UNIDADES COLETIVAS: nada
existe individualmente isolado, independente. Toda individualidade resulta de
agregados de individualidades ainda menores e até o infinito negativo, sendo,
ao mesmo tempo, parte integrante de individualidades maiores, que o são de
outras ainda maiores e assim até o infinito positivo.
• Lei do TRANSFORMISMO: por esta lei
toda a unidade do Universo se mantém inalterada, nada desaparecendo do Todo,
mas unicamente se transformando através da evolução. O Espírito se transforma
moralmente e mantém inalterada a sua essência.
• Lei do RITMO: o Universo todo funciona
por meio de ritmos, desde os fenômenos astronômicos aos psíquicos, desde os
químicos aos sociais. Tudo tem fluxo e refluxo.
• Lei da CAUSALIDADE: não o acaso, tudo
está concatenado pelo princípio de causa e efeito. Acaso é somente aquilo cujas
causas desconhecemos.
• Lei da POLARIDADE: tudo é duplo; tudo
tem dois pólos. Tudo tem seus opostos e seus opostos são idênticos em natureza,
porém diferentes no grau de vibração. Espírito e matéria são dois pólos opostos
da mesma coisa; calor e frio, ódio e amor, masculino e feminino, perto e longe,
luz e trevas, alto e baixo. Uma nota musical numa oitava abaixo é idêntica à
mesma nota uma oitava acima, diferindo somente no grau vibratório.
• Lei de VIBRAÇÃO: nada está parado no
universo. Tudo se move, tudo vibra. As diferenças entre as diversas
manifestações da matéria, energia e espírito resultam das diferenças
vibratórias.
• Lei do GÊNERO: o gênero está em tudo,
manifestando-se em todos os planos. Tudo tem o seu princípio masculino e
feminino, e isto se dá tanto no plano físico como no espiritual. No plano
físico é o sexo, que é geração, no plano mental é regeneração, e no espiritual
é criação.
• Lei do LIVRE ARBÍTRIO: só aplicável
aos Espíritos encarnados e desencarnados; é o direito de ação individual pela
liberdade com a recíproca da responsabilidade: é a ferramenta de ingresso na
razão e na consciência. Seu uso ou abuso é que define a evolução ou a
estagnação, o equilíbrio ou o desequilíbrio, a felicidade ou infelicidade dos
Espíritos.
Sobre as leis
secundárias temos uma série delas que complementam as primeiras nos casos
específicos. São as chamadas manifestações morais das leis maiores e estão
inter-relacionadas entre si:
• Lei do TRABALHO: lei que permite a
produção, a sobrevivência e a realização de inúmeras necessidades individuais e
coletivas;
• Lei de SOCIEDADE: compartilhar
socialmente as experiências para a aprendizagem e a evolução.
• Lei da REENCARNAÇÃO: segundo a
tradição oriental é a lei que permite o retorno aos mundos físicos para a
realização de novas experiências. A renovação orgânica, pelas múltiplas
existências, facilita a renovação espiritual.
• Lei da JUSTIÇA: é a expressão moral da
lei de Causa e Efeito, também conhecida como lei do Carma;
• Lei de ADORAÇÃO: é a relação natural
entre a criatura e o Criador, manifestada segundo a evolução dos seres.
• Lei de REPRODUÇÃO: são os recursos
genésicos que garantem a perpetuação das espécies.
• Lei de CONSERVAÇÃO: a manutenção da
integridade física e moral.
• Lei de DESTRUIÇÃO: é um recurso
extremo, permitido pela própria necessidade de transformação.
• Lei do PROGRESSO: nada impede o
progresso, pois é uma necessidade impulsionada pela transformação e evolução;
no plano relativo nada é definitivo.
• Lei da IGUALDADE: as diferenças só
ocorrem nas vibrações e não na essência; os seres são iguais perante a lei por
isso são iguais em essência; a aplicação da lei lhes é diferente na medida em
que são diferentes as suas necessidades e capacidades de compreensão.
• Lei de LIBERDADE: ser livre é atributo
natural; o abuso da liberdade é que reduz e limita a sua atuação.
• Lei do AMOR; LEI DAS LEIS: Esta é a
lei que resume todas as outras e que pode ser definida como um “sentimento”
superior. É um sentimento espontâneo e esclarecido que impulsiona a criatura a
ser útil ao próximo, auxiliando-a na sua evolução, visando, não somente o seu
bem, mas o bem de toda a coletividade da qual faz parte. Todos os Iluminados
que ensinaram a realidade das leis universais deram a ela um destaque especial,
pois tinham plena consciência de que para ela não existem teorias, mas somente
a exemplificação."
As respectivas perguntas são: Que é
Universo? Que (quem) somos?
Que é universo?
O universo que conhecemos, basicamente, é constituído de matéria, energia
e espírito. O elemento intermediário existente entre a matéria e o espírito é
denominado pela Doutrina Espírita de fluido universal (éter universal,
primitivo ou elementar; fluido cósmico universal). O fluido universal é a
substância elementar básica da matéria, da energia e do pensamento, permeando
tudo o que existe no universo e conectando todas as coisas e seres, desde os
espaços atômicos até os estelares. Este fluido também é o meio de propagação
das ondas mentais. As ondas mentais têm propriedades parecidas com as da
energia, conforme ensinado na física (por exemplo, vibração, freqüência,
comprimento de onda, amplitude, quantidade de energia, tipos de energia,
ressonância e sintonia), podendo apresentar efeitos semelhantes ao das ondas
tais como reflexão, refração, interferência e ressonância (Pastorino, 1975).
O espírito, pela ação da vontade usa a sua mente, movimenta o fluido
universal ao elaborar pensamentos, estabelecendo uma corrente fluídica
(vibratória ou ondulatória), ligando-o a seres ou coisas, em qualquer dimensão.
A energia dessa corrente é proporcional às forças da mente e da vontade. Desta
forma, os pensamentos e sentimentos criados, nos ligam e nos prendem
fluidicamente à seres, coisas, imagens, situações, emoções, ideais, medos,
ressentimentos, lembranças, culpas ou esperanças, com as quais nos identificamos.
A corrente mental estabelecida, modulada pela qualidade dos pensamentos,
imagens ou idéias elaboradas, promove uma condensação (agregação) fluídica,
criando pensamentos-forma ou imagens mentais representativas, as quais possuem
as seguintes características: a) Tem vida e inteligência artificiais com
propósitos gerais e específicos de atingir e realizar os desejos de seu
emissor; b) Os pensamentos-forma elaborados buscam, incessantemente, energia na
mente, para sua manutenção e crescimento, através de processo auto-obsessivo;
c) As criações mentais continuam agindo, até a exaustão de suas energias, mesmo
que o emissor não esteja consciente delas, ou que já não esteja mais
alimentando essas criações energeticamente (pensando, concentrando ou meditando
nelas); d) Os pensamentos-forma podem ser polarizados negativamente ou
positivamente dependendo da qualidade ética, moral e espiritual de suas
vibrações. A polarização positiva (vibrações de bondade, humildade,
sinceridade, mansidão, harmonia, alegria, confiança, etc.) implica que os
pensamentos-forma se originam no eu real, no amor, os quais promovem a evolução
espiritual. A polarização negativa (vibrações de culpa, raiva, ressentimento,
tristeza, preguiça, medo, etc.) implica que os pensamentos-forma provêm do ego,
os quais promovem a estagnação espiritual.
Que (quem) somos?
Somos espíritos, seres imateriais, criados à imagem e semelhança de Deus,
princípios inteligentes individualizados, princípios de consciência primordial
ou essências Divinas. Sendo criados à imagem e semelhança de Deus nos torna
cocriadores. O homem é a manifestação multidimensional do espírito através de
corpos ou veículos. O Eu Real ou espírito utiliza esses
veículos de manifestação para se relacionar nas diferentes dimensões em que
atua.
O espírito aciona pelo pensamento os intrincados mecanismos da mente,
atuando no corpo emocional e no corpo etérico ou no corpo físico, conforme a
modulação das ondas mentais geradas na intimidade. Assim, pela mente, o ser
plasma sua própria atmosfera e seus sentimentos, imprimindo em si mesmo o ego
ou se expressa pela sabedoria e amor nos corpos mais sutis (Pinheiro, 2003).
A mente humana, normalmente, apresenta-se quase que totalmente envolvida
pelo ego. Porém, frações da consciência do eu real podem ser despertas e
utilizadas no processo simultâneo de transformação do ego e expansão da
consciência no processo de autotransformação. A consciência da
essência Divina em nossa mente, muitas vezes adormecida, é relativamente
reduzida considerando-se o seu enorme potencial de expressão e manifestação.
Entretanto, essa consciência maior sempre foi e será a real fonte superior e
inesgotável de inspiração, vida, fé, inteligência, força, amor, sabedoria, paz,
etc., que constantemente nos impulsiona para frente em nossa ascensão
evolutiva. Essa pequena, mas significativa expressão do eu real em nossa
consciência, que transcende em muito a mente, é o nosso principal guia no
caminho da autotransformação.
O espírito, a cada reencarnação, desenvolve nova personalidade, que se
inicia no nascimento e termina com a morte do corpo físico. Essa personalidade
transitória é influenciada por diferentes fatores tais como época, cultura,
sexo, inteligência, condicionamentos evolutivos específicos, relacionamento
interpessoal e características herdadas de vidas anteriores. Assim, o ser
humano, conscientemente ou não, dá continuidade à sua evolução material,
intelectual, moral e espiritual. O processo de autotransformação permite
acelerar a evolução do ser humano através da sua gradual identificação com o eu
real e desidentificação do ego até que num determinado ponto aconteça a
transcendência de sua consciência individualista para uma consciência
universalista.
O objetivo da autotransformação é assumirmos conscientemente a nossa
identidade real, o nosso eu real, sermos nós mesmos e não nos identificarmos
com a ilusão do ego. A identificação com o eu real pode ser entendida como
sendo um autodescobrimento. Essa identificação é algo difícil de imaginar
porque sabemos praticamente nada sobre os veículos superiores de manifestação
do homem. O importante, porém, é compreender que, na prática, identificar-se
com o eu real é o mesmo que identificar-se com o amor, a harmonia, a sabedoria,
a justiça, a serenidade, a força, a paz, a alegria, a felicidade, etc. O eu
real percebe o universo através de si mesmo, ou seja, através de seus veículos
de manifestação. Em nosso atual estado evolutivo, essa autopercepção depende do
quanto a mente (consciência) está livre das influências do ego que a envolve. O
espírito, através da mente, criou o ego por necessidades evolutivas, e, por
essas mesmas razões deverá tranformá-lo para perceber-se em toda a sua
plenitude.
Somos individualizações de princípio espiritual emanado de Deus.
Entretanto, ainda não temos condições de compreender na totalidade qual é o
significado disso porque não sabemos que é Deus, mas podemos dizer que “somos
todos filhos de Deus”. O fato de sermos todos filhos de Deus tem uma
repercussão muito grande na nossa vida pessoal, familiar e na sociedade.
Podemos dizer então que somos todos irmãos, criados da mesma forma, sem
distinção alguma, sem privilégio algum. Todos nós podemos cocriar qualquer
coisa que quisermos, juntamente com Deus, uma vez que não é possível separar
uma coisa de Outra. Juntamente com o poder da criação temos o poder do
livre-arbítrio, isto é, o poder de escolhermos livremente tudo aquilo que
queremos pensar, sentir e fazer. Temos o poder de criar o nosso próprio
microuniverso.
Nosso poder e origem divina são confirmados no salmo de Davi 82:6: “Vós
sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo”. Na passagem de João 10:30, Jesus
Cristo afirma que “Eu e o Pai somos um” e depois, em João 14:12 disse “Na
verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que
eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai”.
As respectivas perguntas são: Qual é o significado de Eu Real e ego? Que
é autotransformação?
Qual é o significado de Eu Real e ego?
A psicologia transpessoal nos fala da existência de duas estruturas em nosso psiquismo: uma, denominada Ego e outra, denominada de variadas formas tais como Self, Centro do Psiquismo Total, Eu Profundo, Eu Superior, Eu Real, Ser Essencial, Essência Divina, Imagem e Semelhança do Criador. O Ego é a camada de ignorância que envolve o Eu Real, onde ficam registradas todas as experiências equivocadas, nas quais não é colocado em prática o amor essencial, fruto da imperfeição e ignorância que ainda existem no homem. O ego é formado por duas faces: uma, evidente, caracterizada pelo desamor (ausência de amor) e outra, mascarada, autoimagem idealizada, criada pelo pseudo-amor. A psique humana pode então ser representada didaticamente como sendo formada por três esferas concêntricas (Cerqueira Filho, 2006). A camada mais interna representa o Eu Real, permeada pelo Amor. A intermediária e externa representam o Ego, sendo a primeira as negatividades do ego, permeada pelo desamor, e a segunda as máscaras do ego, permeada pelo pseudo-amor (veja mais informações sobre a psique humana no Quadro 1). Cada um desses aspectos da personalidade, conscientes ou inconscientes em graus diversos, contém muitos graus e estágios. É necessário pesquisar e compreender o modo como se sobrepõem, se neutralizam e se emaranham, assim como os seus efeitos colaterais e reações em cadeia. Quanto mais inconsciente formos de algum deles, maior conflito haverá em nossa vida e menos estaremos preparados para lidar com os desafios que surgirem. A consciência turva reduz a velocidade do processo de transformação, processo esse que tem por objetivo integrar nossas negatividades e máscaras ao Eu Real (Pierrakos, 2007). A respectiva pergunta é: Como se origina e evolui o ego?
Quadro 1. Psique humana em abordagem transpessoal (Cerqueira Filho, 2006)
Qual é o significado de Eu Real e ego?
A psicologia transpessoal nos fala da existência de duas estruturas em nosso psiquismo: uma, denominada Ego e outra, denominada de variadas formas tais como Self, Centro do Psiquismo Total, Eu Profundo, Eu Superior, Eu Real, Ser Essencial, Essência Divina, Imagem e Semelhança do Criador. O Ego é a camada de ignorância que envolve o Eu Real, onde ficam registradas todas as experiências equivocadas, nas quais não é colocado em prática o amor essencial, fruto da imperfeição e ignorância que ainda existem no homem. O ego é formado por duas faces: uma, evidente, caracterizada pelo desamor (ausência de amor) e outra, mascarada, autoimagem idealizada, criada pelo pseudo-amor. A psique humana pode então ser representada didaticamente como sendo formada por três esferas concêntricas (Cerqueira Filho, 2006). A camada mais interna representa o Eu Real, permeada pelo Amor. A intermediária e externa representam o Ego, sendo a primeira as negatividades do ego, permeada pelo desamor, e a segunda as máscaras do ego, permeada pelo pseudo-amor (veja mais informações sobre a psique humana no Quadro 1). Cada um desses aspectos da personalidade, conscientes ou inconscientes em graus diversos, contém muitos graus e estágios. É necessário pesquisar e compreender o modo como se sobrepõem, se neutralizam e se emaranham, assim como os seus efeitos colaterais e reações em cadeia. Quanto mais inconsciente formos de algum deles, maior conflito haverá em nossa vida e menos estaremos preparados para lidar com os desafios que surgirem. A consciência turva reduz a velocidade do processo de transformação, processo esse que tem por objetivo integrar nossas negatividades e máscaras ao Eu Real (Pierrakos, 2007). A respectiva pergunta é: Como se origina e evolui o ego?
Quadro 1. Psique humana em abordagem transpessoal (Cerqueira Filho, 2006)
Eu Real
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Negatividades do Ego
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Máscaras do Ego
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É o Centro da Consciência onde estão fixadas todas as
nossas características positivas e valores reais. É o nosso Eu Superior,
Profundo, o “Self”, Ser Essencial, nosso lado luz, amoroso, bom e belo; é a
Essência Divina que somos, onde estão todas as potencialidades em forma
latente, que vão emergir e se desenvolver, aos poucos, quando nos
identificarmos com Ela, até o estado de iluminação. Originam-se no Eu Real
todos os sentimentos nobres tais como bondade, fraternidade, solidariedade,
ética, compaixão, justiça, sinceridade, tolerância, amizade, autoestima,
enfim, todos os valores que são derivados do Amor que o compõe. Eu Real é um
campo de espiritual que pode estar expandido ou inibido, dependendo das
camadas exteriores que compõem o Ego.
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É a parte do ego onde ficam registrados todos os
sentimentos que carecem de amor. Originam-se no desamor sentimentos tais como
ódio, egoísmo, orgulho, revolta, raiva, mágoa, indisciplina, ressentimento,
angústia, depressão, ansiedade, desespero, medo, pânico, violência, cólera,
ciúme, etc. Todos estes sentimentos egóicos representam valores negativos
transitórios que existirão enquanto não nos dispusermos a cultivar os
sentimentos essenciais.
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É a parte disfarçada e mascarada do ego que usa
instrumentos de defesa e fuga. Origina-se no pseudo-amor, onde consciente ou
inconscientemente, mascara as negatividades do Ego com sentimentos
aparentemente positivos tais como euforia, autopiedade, perfeccionismo, pseudoperdão,
martírio, puritanismo. Observando-se superficialmente os sentimentos
mascarados, tem-se a impressão de que eles são reais, mas numa análise
profunda, percebe-se que eles são falsos, que parecem reais, mas não são,
pois continuam sendo um não–valor originado no pseudo-amor para encobrir
sentimentos oriundos na ausência do amor. As máscaras podem impedir, quando
vitalizadas, nosso contato mais profundo com o Eu Real, pois, ao parecer que
cultivam os valores essenciais, cristalizam os sentimentos falsos e neuroses.
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Como se origina e evolui o ego?
Na fase inicial da humanização, sob forte influência do instinto herdado
do animal no processo evolutivo, devido às influências do corpo físico sobre o
espírito, e para atender as necessidades materiais do instinto de conservação,
o eu real utilizou a mente (psiquismo) para imprimir em nós mesmos o ego. Neste
período evolutivo, nosso psiquismo era fortemente influenciado pelo instinto e
o intelecto estava no início de seu desenvolvimento. Assim, negatividades tais
como egoísmo, raiva, ódio, brutalidade e violência foram instrumentos úteis e
indispensáveis para nossa defesa e sobrevivência num mundo primitivo onde
imperava o “eu”. Nosso ego, entretanto, foi crescendo, tornando-se cada vez
mais complexo, na medida em que nós, gradualmente, precisamos incluir a
família, o grupo, o povo e a raça, em nosso psiquismo primitivo. Com o
gradativo desenvolvimento e evolução do intelecto e do senso moral do espírito,
da sociedade humana e das leis de convivência, fomos obrigados a reprimir,
negar, bloquear ou esconder as negatividades do ego através de máscaras. No
estágio evolutivo predominante nos dias atuais, nosso psiquismo está fortemente
influenciado pelo intelecto e iniciando o desenvolvimento da intuição.
Em nosso psiquismo atual, portanto, existe uma soma e interação de agregados,
complexos e automatismos psíquicos, criados pela mente nesta e em anteriores
existências. O ego é uma espécie de robô psíquico, programado para usar
negatividades e máscaras e tentar resistir através de recursos psicológicos às
tentativas de mudanças em seus propósitos gerais e específicos. Este robô
busca, incessantemente, canalizar energia da mente para fins de sobrevivência,
crescimento e poderio, usando processos auto-obsessivos (idéias fixas,
fascinação). Assim procedendo, o ego tenta ganhar cada vez mais importância em
nossa consciência, através de estímulos mentais continuados para que nossos
sentimentos e atitudes realizem as programações psíquicas já estabelecidas,
escravizando e envolvendo cada vez mais o eu real em suas máscaras e
negatividades.
A vida e inteligência artificiais do ego-robô viabilizam a execução e
controle de atividades físicas, emocionais e mentais que realizamos
automaticamente, inconscientemente. Essas atividades de controle podem ser tais
como: dirigir a nossa vida, de modo geral; induzir-nos na identificação com as
máscaras e negatividades do ego; fazer pensarmos que o ego é a nossa verdadeira
identidade. Assim, torna-se extremamente importante conhecer como funcionam
essas programações psíquicas, conscientes e principalmente as inconscientes,
para podermos transformá-las, utilizando a energia do amor. Quanto mais sucesso
nós tivermos na transformação do material psíquico inconsciente em material
consciente, e consequentemente em reorientar os reflexos defeituosos do
material inconsciente, mais próximo nós chegamos à realidade do Princípio de
Vida Universal dentro de nós. Este Princípio fica então mais livre para
revelar-se, nos libertando dos medos, da vergonha e dos preconceitos.
A autoimagem idealizada é a principal característica negativa do robô
psíquico que nos impede de avançar na autotransformação porque acreditamos que
precisamos dela para viver e ser feliz. Somente compreenderemos que essa não é
a realidade quando nos conscientizarmos dos prejuízos causados por essa crença
na nossa vida tais como ansiedade, frustração, depressão, sofrimento, dor,
culpa, tristeza, desânimo, tensão, disfarce, baixa autoestima, etc. A diferença
entre o eu verdadeiro e o idealizado não é uma questão de quantidade, mas de
qualidade, isto é, a motivação original de ambos é diferente. Não é fácil
perceber isso, mas à medida que reconhecermos as exigências, as contradições e
as seqüências de causa e efeito, a diferença de motivação gradualmente se
tornará clara. Outra observação importante é relativa ao elemento tempo. O eu
idealizado quer ser perfeito, de acordo com suas exigências específicas, agora,
neste exato momento. O verdadeiro eu sabe que não pode ser assim e não julga a
situação angustiosa (Pierrakos, 2007).
Não é possível apagar os sentimentos egóicos simplesmente pela força de
vontade e força mental. A transformação da polaridade dos complexos egóicos de
negativa para positiva é realizada utilizando-se sentimentos derivados do amor,
energia mais sublime e mais poderosa do universo, originada no eu real. Assim,
o autoconhecimento, a autoaceitação e o autoperdão da realidade temporária do
ego têm o poder de nos libertar das amarras energéticas dos sentimentos que
interferem negativamente em nossa vida. A autotransformação, portanto, implica
na gradual transformação dos sentimentos egóicos em
sentimentos de amor. Porém, é sempre importante lembrar que:
- O eu real é imortal e utiliza a mente para manifestar-se e gerenciar os veículos inferiores de manifestação (emocional, etérico e físico);
- O eu real é imortal e utiliza a mente para manifestar-se e gerenciar os veículos inferiores de manifestação (emocional, etérico e físico);
- Nós não somos
o ego, mas temos um ego, que é transitório, mutável, sujeito a modificações pela força do amor e da vontade do espírito. Não podemos confundir o
ser que somos com o ter, estar, gostar, ficar, fazer, etc., os quais são
transitórios, assim como a nossa autoimagem idealizada e o próprio ego;
- O ego não tem
existência real porque ele representa apenas um estado evolutivo do espírito em
que as negatividades e máscaras são, na realidade, ausências de valores, da
mesma forma que o frio é ausência de calor e a escuridão é ausência de luz;
- A consciência
das negatividades e máscaras do ego permite iniciarmos o processo de transformação do
ego, através da desidentificação do eu real com o ego, pela vivência de valores
contrários aos do ego;
- Todos os
espíritos, encarnados ou desencarnados, com os quais nos sintonizamos
vibratoriamente, conscientemente ou não, poderão interferir positivamente em
nosso processo de autotransformação, caso essas vibrações venham de fontes tais
como sabedoria, amor e caridade. Ao contrário disso, caso essas vibrações
venham de fontes tais como ignorância, ódio e egoísmo, poderemos sofrer
interferências negativas que dificultarão a nossa autotransformação. Nós somos
influenciados, e ao mesmo tempo, influenciamos outros espíritos, através dos
pensamentos e emoções os quais consciente ou inconscientemente nos sintonizamos
vibratoriamente.
Que é autotransformação?
A autotransformação ou reforma íntima é um processo contínuo de expansão
da consciência, mediante a transformação e integração do ego ao Eu Real,
objetivando o aperfeiçoamento moral, ético e espiritual, eliminando vícios,
transformando defeitos em virtudes, permitindo atingir o autodomínio e a
praticar o bem com naturalidade. A vida, automaticamente, nos leva à reforma
íntima pelo caminho da dor, sofrimento, autoanálise e convívio com o próximo.
No entanto, é possível evitar muitas dores, sofrimentos, problemas e
dissabores, caso optemos, conscientemente, pelo caminho da autotransformação.
Que é felicidade?
A felicidade é um estado consciencial relativo, correspondente à fase evolutiva
alcançada, no qual obtemos relativa satisfação em todos os níveis existenciais
(situações e condições de ser e ter). É mais importante, entretanto, ser do que
ter, porque ser é uma aquisição permanente do espírito enquanto que ter é posse
material temporária.
A felicidade deve ser compreendida como sendo um caminho escolhido e não
como um objetivo a ser atingido. O usufruto desta felicidade depende, portanto,
de como usamos nossa inteligência (emocional, intelectual e espiritual) para
administrar a própria vida e os recursos disponíveis com equilíbrio, moderação
e bom senso. Ao aceitarmos a felicidade como sendo o próprio caminho, passamos
a aceitar naturalmente a realidade, sem os sofrimentos que poderiam advir da
resistência em aceitar essa realidade. Na felicidade-caminho não ficamos presos
ao passado ou futuro, mas estamos sempre vivendo um eterno presente, ou seja,
um eterno vir-a-ser e não presos a um objeto e emoção transitórios sujeitos às
modificações do tempo e espaço.
A felicidade resulta da soma dos efeitos da ação consciente, motivação
para viver e satisfação material, conforme segue:
• Ação consciente: Prática de atividades
que promovem a conscientização moral, de paz, de amor, do dever, de justiça, de
fé, etc., ou seja, atividades que promovem a tranqüilidade de consciência tais
como: trabalho profissional, emprego, esporte, lazer, arte, estudo, ciência,
filosofia, religião, voluntariado, relacionamento humano, etc. De acordo com a
lei de causa e efeito, toda atividade que promove o próprio bem ou o do seu
próximo é, automaticamente, causa de felicidade. Por outro lado, toda atividade
que promove prejuízos a si mesmo ou ao seu próximo, é causa de infelicidade. A
ação consciente implica em sempre saber colocar sabedoria, amor e caridade nas
atividades realizadas. Nosso destino (felicidade ou infelicidade) segue um
processo natural e seqüencial de manifestação que se inicia em nossos
pensamentos. Neste processo, os pensamentos, imagens mentais ou
pensamentos-forma cultivados em nossa mente poderão despertar sentimentos ou
vontades. Esses sentimentos ou vontades poderão gerar comportamentos e atitudes.
Estes comportamentos e atitudes poderão se tornar hábitos. Os hábitos, por sua
vez, constituirão a base de nosso caráter. E o nosso caráter, fatalmente,
ditará nosso destino. Considerando-se o efetivo poder da mente na nossa
felicidade, é recomendável realizar, conscientemente, todas as atividades da
vida. A chave da ação consciente é, portanto, o constante amor, sabedoria,
caridade, equilíbrio, bom senso e lógica no uso das energias físicas,
intelectuais, emocionais, sexuais e instintivas.
• Motivação para viver: Existência de
motivação real e significado profundo para viver, baseados na fé, verdade, lógica,
intuição, esperança, moral e nos valores éticos. A motivação e significado
profundo são obtidos, principalmente, através do autoconhecimento. O autoconhecimento
promove a felicidade através do encontro consigo mesmo, com a própria essência
divina, com o ser causal, com o eu maior, com o Self, com o eu profundo, etc.
• Satisfação material: Satisfação das
necessidades básicas da vida tais como posse de coisas materiais, dinheiro,
prazeres (alimentos, bebidas, namoro, sexo, diversão, lazer, etc.), saúde,
prosperidade, êxito nos negócios e nas finanças, projeção social, repouso,
segurança, moradia, vestuário, transporte, etc. O acesso a todas essas coisas
pode ser importante e necessário, porém, deve-se ter cuidado com os excessos e
com o apego exagerado à transitoriedade da matéria. Geralmente, todo excesso ou
falta de alguma dessas coisas, isto é, o desequilíbrio, falta de bom senso ou
de lógica no ser e no ter, pode ser a causa de problemas e de infelicidade. O
importante nesse caso não é ser ou ter, mas saber ser e saber ter, ou seja,
saber usar conscientemente, equilibradamente e sabiamente, os bens e as
oportunidades emprestadas temporariamente a nós pela vida.
Por que estamos aqui?
Estamos no Planeta Terra para continuarmos nossa evolução espiritual e para sermos felizes. A evolução espiritual do homem na Terra é apenas mais um dos estágios de sua caminhada infinita pelas dimensões espaço, tempo e consciência. A felicidade existe, sempre existiu e sempre vai existir no Eu Real, mas a autoconscientização dessa felicidade depende de nosso esforço individual.
Como viver bem, corretamente, conscientemente, responsavelmente, honestamente e inteligentemente?
Por que estamos aqui?
Estamos no Planeta Terra para continuarmos nossa evolução espiritual e para sermos felizes. A evolução espiritual do homem na Terra é apenas mais um dos estágios de sua caminhada infinita pelas dimensões espaço, tempo e consciência. A felicidade existe, sempre existiu e sempre vai existir no Eu Real, mas a autoconscientização dessa felicidade depende de nosso esforço individual.
Como viver bem, corretamente, conscientemente, responsavelmente, honestamente e inteligentemente?
Viver bem não é fácil porque exige esforço constante, determinação,
persistência, motivação e boa vontade para fazermos nossa reforma íntima e a
praticar o bem. Queiramos ou não, somos responsáveis por tudo aquilo que
pensamos, sentimos e fazemos. Por exemplo, somos responsáveis pela atual
situação crítica que vivemos na Terra por causa da destruição e má utilização
dos recursos da natureza, extermínio de espécies da fauna e flora, poluição,
violência, criminalidade, pobreza, fome, degradação moral, guerras, etc.
A solução dos problemas da Terra depende, principalmente, da nossa
autotransformação moral. É necessário que nós desenvolvamos o nosso psiquismo
individualista até transformá-lo numa consciência universalista. É urgente que
nós nos espiritualizemos para vivenciar o amor, a sabedoria e a caridade
tornando a felicidade uma realidade. A evolução do Planeta depende da transformação
individual de todos, sem exceção. Cada um deve assumir a responsabilidade pela
sua autotransformação independentemente da dos demais. Essa autotransformação
consiste em crescer espiritualmente, buscando o aperfeiçoamento intelectual e
moral, exercitando a fraternidade, aprendendo cada vez mais a amar, em sua mais
ampla expressão, ainda que isso se dê vagarosamente. Essa reforma interior se
refletirá depois em todos os campos da existência, no relacionamento com
familiares, colegas de trabalho, amigos e inimigos e, ainda, nos meios em que se
colabora desinteressadamente com serviços ao próximo. A transformação individual
do homem é, portanto, a base da transformação de toda a humanidade. Na medida
em que evoluímos, aumenta nossa satisfação interior, somos mais produtivos,
mais criativos e mais felizes.
É muito comum ficarmos tristes, deprimidos, frustrados, desiludidos,
infelizes, aflitos, etc. após cometermos um erro porque nos identificamos com o
nosso ego. Será que podemos culpar a Deus e/ou o ego por esta situação? O ego é
uma parte nossa que é ao mesmo tempo desconhecida, mas evidente. Ele é como se
fosse o nosso filho adolescente. Nós não somos o nosso filho, mas temos que nos
responsabilizar pelas coisas erradas que ele faz. A verdade é que nós não somos
o ego, mas que temos um ego. O ego é fonte de negatividades e máscaras, mas
felizmente ele é temporário e transformável, enquanto que o ser real que somos
é imortal, perfeito, fonte de amor, paz, harmonia, felicidade, sabedoria,
força, verdade, justiça. A relação entre nós e Deus e entre nós e nosso ego
deve ser compreendida corretamente de modo que possamos fazer as pazes conosco
mesmos para sermos mais felizes, mais criativos e mais produtivos. Errar é
humano e natural, porém, aproveitar o erro para evoluir é prática de sabedoria,
amor e caridade. Deus nos criou de modo que possamos manifestar o ser Divino
que somos, dotados de consciência, livre-arbítrio e responsabilidade. Fomos
criando ao longo de muitas reencarnações a nossa estrutura egóica atual
utilizando o nosso livre-arbítrio, nossa força mental e nossa força de vontade.
Diante disso, compreende-se que a responsabilidade pela atual situação de nosso
ego é totalmente nossa.
Deixar o ego dirigir a nossa vida pode nos levar às ilusões, erros,
insucessos, infelicidades, enfermidades, tristezas, baixas autoestima, vícios e
muitas outras experiências negativas em nossa evolução espiritual. A
responsabilidade pela criação do homem é de Deus, mas aquela pela
administração, manutenção e transformação do nosso ego é nossa. Assim, não
adianta culpar tanto a Deus quanto o ego pelos nossos fracassos e
infelicidades. Devemos, portanto, compreender quais são os nossos atributos de
origem Divina, aprender a utilizá-los corretamente e transformar o nosso ego
para sermos mais felizes e melhor sucedidos, tanto materialmente quanto
espiritualmente. Considerando que a solução dos nossos problemas está na
autotransformação, então as respectivas perguntas seriam: Como fazer a
autotransformação? Quais são as vantagens da autotransformação? Como chegamos a
esta situação? Que podemos e devemos autotransformar? Quanto tempo vamos
gastar? Quais são os requisitos para sermos bem sucedidos?
Como fazer a autotransformação?
Como fazer a autotransformação?
Recomenda-se o Método das sete fases de autotransformação
(pode-se acessá-lo clicando aqui: http://amigodejornada.blogspot.com.br/2013/03/metodo-das-sete-fases-de.html) como sendo um caminho para conscientização da Divindade. A autotransformação ou
reforma íntima é um processo contínuo de expansão da consciência, mediante a transformação e integração do ego ao Eu Real, objetivando o aperfeiçoamento moral,
ético e espiritual, eliminando vícios, transformando defeitos em virtudes,
permitindo atingir o autodomínio e a praticar o bem com naturalidade. O caminho
da autotransformação, naturalmente, nos direciona à união consciente com Deus, ao
autodescobrimento, à ser Um com Deus.
Quais são as vantagens da autotransformação?
Quais são as vantagens da autotransformação?
A maior vantagem de se estar, conscientemente, no caminho da
autotransformação, é poder ser, desde já, mais feliz integralmente. A
autotransformação promove muitos benefícios em nossa vida tais como: melhoria da
saúde integral devido à eliminação de culpas, ressentimentos, medos, ansiedades
e críticas; melhoria do relacionamento com si mesmo e com os outros; facilitação
da vivência da sabedoria, do amor e da caridade; aumento da autoestima,
autopercepção, autoaceitação e capacidade de concentração focalizada; maior
compreensão da realidade; aumento das virtudes e diminuição dos defeitos e das
máscaras; maior integração com a fonte da vida, do amor e do poder universais.
A aceleração do progresso espiritual, resultantes do esforço na autotransformação,
permite atingirmos estados de consciência cada vez mais repletos de paz, amor,
harmonia, equilíbrio, felicidade e saúde integrais, realização, verdade e
justiça.
Como chegamos a esta situação?
Como chegamos a esta situação?
Nesta reencarnação, na infância vivenciamos a falta de uma educação
adequada, os porquês da vida ficaram sem resposta, não entendemos as atitudes das
pessoas, ficamos sem referências sobre como agir e fomos incapazes de tomar as
decisões corretas. Na juventude tivemos problemas de adaptação no mundo, fomos
revoltados contra os pais e a sociedade, servimos de modelos para outros
jovens, adotamos modelos de defesa mais fácil (ironia, hostilidade e
violência), adotamos referências de vida encontrada nos livros, na TV, nos
filmes, nas notícias de jornais. Quando adulto sofremos pressões do trabalho, tivemos
outras prioridades, passamos por problemas existenciais sem solução e não tivemos
condições de educar os filhos corretamente. Depois de tudo isso,
consequentemente, vivenciamos crises existenciais, traumas, depressão,
enfermidades físicas, emocionais e mentais. O remédio a ser administrado é,
portanto, a reforma íntima.
Que podemos e devemos autotransformar?
Que podemos e devemos autotransformar?
Na prática, podemos e devemos transformar o nosso ego, integrando-o ao Eu
Real, transformando nossos defeitos (orgulho, inveja, ciúme, agressividade,
ignorância, egoísmo, personalismo, maledicência, intolerância, etc.) em
virtudes (humildade, resignação, sensatez, generosidade, afabilidade,
sabedoria, tolerância, perdão, etc.). Na teoria, podemos e devemos expandir
continuamente nossa consciência de modo que ela seja cada vez mais identificada
com o Eu Real e cada vez menos identificada com o ego.
Quanto tempo vamos gastar?
Quanto tempo vamos gastar?
A reforma íntima é um processo demorado porque requer uma verdadeira e
completa purificação da alma. Entretanto, o tempo deixa de ser importante caso
já estejamos trilhando, conscientemente, o caminho da autotransformação considerando
que somos seres imortais. É importante, porém, saber que nosso futuro depende
apenas de nós mesmos e que nossa vida deve ser sempre dedicada à busca da
verdade, à prática do bem, ao autoconhecimento, ao autodomínio e à
transformação dos defeitos em virtudes.
Quais são os requisitos para sermos bem sucedidos?
Quais são os requisitos para sermos bem sucedidos?
Para ser bem sucedido no caminho da autotransformação é necessário dispor
de vontade firme, esforço constante, sinceridade, disciplina, adaptação,
sacrifício, auto-observação, autocrítica, autoconhecimento, inteligência,
intelecto, estudo e motivações para mudar de vida. Todas as energias negativas
manifestadas na forma de vergonha, raiva, doenças, vícios, tristeza, dor e
sofrimento podem se transformar em energias positivas e em motivações para
melhorar de vida.
O caminho da autotransformação não é fácil, mas a dificuldade não é
incontornável nem insuperável. Ela existe apenas enquanto a personalidade tem
interesse em evitar aspectos do ego. Este caminho exige o que a maioria das
pessoas não tem a menor disponibilidade de dar: lealdade para com o Eu Real,
revelação do que existe agora, eliminação de máscaras e dissimulações e a
experiência da própria vulnerabilidade. É importante desejar a transformação
positiva, querer estar na verdade e mudar, e orar pedindo a Deus força e
inspiração mais profundas na alma para que se torne possível a mudança. A
partir disso, nós trabalhamos e esperamos que a mudança aconteça de modo
confiante, esperançoso e paciente (Pierrakos, 2007).
Método das sete fases de autotransformação
Método das sete fases de autotransformação
Recomenda-se a acessar aqui o link do
Método das sete fases de autotransformação para trilhar desde já o caminho
da felicidade e sucesso: http://amigodejornada.blogspot.com.br/2013/03/metodo-das-sete-fases-de.html
Bibliografia
AXT, B. A busca da felicidade. Superinteressante,
2003. In: http://super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_376784.shtml
CERQUEIRA FILHO,
A. Saúde espiritual. EBM Editora:
Santo André, 2006, 277p.
SANTOS, D. D.
2013 Evolução e espiritualidade.In: http://bvespirita.com/Evolu%C3%A7%C3
%A3o%20e%20Espiritualidade%20%28Dalmo%20Duque%20dos%20Santos%29.pdf
KARDEC, A. A gênese. Federação Espírita
Brasileira: Rio de Janeiro, 1995a, 223p.
KARDEC, A. O livro dos espíritos. Federação
Espírita Brasileira: Rio de Janeiro, 1995b, 292p.
PASTORINO, C.T. Técnica da mediunidade. Sabedoria: Rio
de Janeiro, 1975, 212p.
PIERRAKOS, E. O caminho da autotransformação. Editora
Cultrix: São Paulo, 2007, 256p.
PINHEIRO, R.
(espírito Joseph Gleber). Além da
matéria. Casa dos Espíritos Editora: Contagem, MG, 2003, 202p.