sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

GRATIDÃO


Gratidão, conforme definição do dicionário Aurélio, é o reconhecimento por um benefício recebido ou a ação de reconhecer ou de prestar reconhecimento a alguém por algo bom.
Joanna de Ângelis (Psicologia da Gratidão), nos diz que "a gratidão é um sentimento mais profundo e significativo, porque não se limita apenas ao ato da recompensa habitual. É mais grandioso, porque traz satisfação e tem caráter psicoterapêutico. Todo aquele que é grato, que compreende o significado da gratidão real, goza de saúde física, emocional e psíquica, porque sente alegria de viver, compartilha de todas as coisas, é membro atuante na organização social, é criativo e jubiloso."
Deus manifesta-se na forma de sabedoria, amor e caridade absolutas. Assim, tudo e todos são manifestações da inteligência absoluta, amor absoluto e caridade absoluta. A caridade absoluta (doação  divina) implica que nada nos é cobrado. Logo, nos resta apenas agradecer , da melhor maneira possível, essa doação absoluta.
Gratidão verdadeira significa ser grato por tudo e por todos, sem exceção (saúde, família, amigos, trabalho, problemas, etc.). É agradecer pela realidade que se nos apresenta, em todas situações e circunstâncias, porque tudo e todos são manifestações da sabedoria, amor  e caridade divinas (onisciência, onipotência, onipresença).

A ingratidão, por outro lado (dicionário Aurélio), significa falta de gratidão; caráter do ingrato; ato hostil à pessoa a quem se deve gratidão.
Joanna de Ângelis (Psicologia da gratidão), nos diz que "a ingratidão, filha inditosa da soberba, quando não do orgulho ou da prepotência. Em consequência, vivem em inquietação, perturbam-se e desequilibram os demais, cultivando as enfermidades parasitas da agressividade, da violência ou da autocompaixão, entregando-se aos conflitos e realizando mecanismos de transferência de responsabilidades. Impossibilitados de compreender a finalidade existencial, a busca de um sentido para a autorrealização, fazem-se omissos, até mesmo no que diz respeito aos seus insucessos, entregando-se a condutas esdrúxulas que pensam poder escamotear os conflitos que os assinalam." "A ingratidão, porém, é doença da alma que necessita de urgente tratamento nas suas nascentes. O ingrato é alguém que perdeu o endereço da felicidade e, aturdido, deambula por caminhos equivocados. Ninguém nasce grato, nem consegue a gratidão de um salto. Aprende-se gratidão mediante a sua prática, que deve ser iniciada na família, essa sociedade em miniatura, na qual a afetividade manifesta-se com naturalidade."

O reconhecimento por tudo e todos como sendo um Bem nos deixa mais tranquilos, esperançosos, confiantes e despreocupados, ou seja, mais felizes. Primeiramente, temos que reconhecer que o Mal não existe. O Mal é, na realidade, a ignorância do Bem, da leis divinas (Amor, Justiça e Caridade, Causa e Efeito, Evolução, Trabalho, Livre-arbítrio, Reencarnação, etc.). A gratidão é um estado de espírito, um estado de consciência, uma atitude moral. Ela é uma das maneiras mais simples e diretas de nos harmonizarmos com as vibrações superiores porque damos mais atenção ao positivo do que ao negativo, e esse pensamento faz toda a diferença.
A gratidão sempre anda de mãos dadas com a esperança, com a fé e com caridade; é uma das formas mais eficazes de percebermos, em realidade, a presença constante de Deus em nossas vidas. A gratidão gera paz íntima e nos predispõe a colaborar com Deus em sua obra. Com a gratidão ampliamos nossa resignação, pois compreendemos que os desígnios divinos são justos, sempre nos impulsionando para frente e para o alto, e superamos desavenças, dissabores, mágoas, resmungos, vivendo bem melhor e semeando uma vida mais feliz nos corações daqueles que partilham nossas vidas. Para sermos mais felizes devemos agradecer a Deus (sempre e ao máximo) pela Sua bondade e justiça.

Nós sempre podemos escolher entre agradecer ou reclamar da vida, natureza, família, semelhante, trabalho, chefe, prova, expiação, dor, sofrimento, enfermidade, saúde, amigo, inimigo, alegria, tristeza, situação financeira, chuva e sol, calor e frio, dia e noite, tempo curto ou longo. A reclamação reflete postura de orgulho, ao passo que a gratidão é resultado de atitude de humildade. A reclamação nos fecha para a sintonia com o auxílio superior; a gratidão facilita a sinergia com aqueles que aspiram à harmonia e ao equilíbrio dela decorrente. Geralmente, reclamamos mais do que agradecemos (pelo que temos/somos/estamos).
Joanna de Ângelis (Desperte e seja feliz) nos diz que a “reclamação é perda de tempo. Quem reclama está perdendo a oportunidade de agradecer, de fazer algo útil na existência. Aquele momento de reclamação não nos leva a resultado efetivo. Assim, poderia ser absolutamente dispensado sem que fizesse falta alguma."
Joanna de Ângelis (Psicologia da gratidão) nos diz que "o grande desafio existencial é o de bem viver-se e não o do pressuposto viver-se bem, entulhado de coisas e ansioso por novas aquisições entre tormentos íntimos e desconfianças afligentes. Nesse sentido, é muito grata a recomendação de Jesus, conclamando ao amor mesmo em relação aos adversários, porque eles, sim, são os doentes, pois que elegeram as atitudes agressivas e destrutivas, acumulando resíduos de inconformismo e de ira, que terminam produzindo-lhes lamentáveis somatizações."

Quando tudo está bem, tendemos a nos esquecer de agradecer a Deus. Mas, Ele, sabendo de nossas necessidades, conforme nos explica André Luiz (Ação e reação), oferece-nos "a dor-expiação", a "dor-evolução“ e a "dor-auxílio" para que, humildemente, nos lembremos Dele e, em definitivo, consigamos nos libertar de nosso passado infeliz, acordando renovados para o mundo de regeneração. A ingratidão gera sempre o sentimento de insatisfação - a sensação de que há algo faltando - e, com ele, a amargura, o pessimismo, a tentativa desmesurada de preencher um vazio interior que percebemos como algo real, mas que em verdade é injustificável.

- Dor-evolução: “atua de fora para dentro, aprimorando o ser, sem a qual não existiria progresso. É o confronto com os vetores desarmonizantes que nos atingem de fora para dentro, mas que servem para estimular a paciência, a resignação, a fé, o perdão e a capacidade de luta. Poucos amadurecem efetivamente sem que experimentem dificuldades e obstáculos de toda ordem. A luta intensiva, porém, dilata as aspirações íntimas. O sofrimento, quando aceito à luz da fé viva, é uma fonte criadora de asas espirituais. É o convívio com o parente difícil; a paciência a ser requisitada diante do cônjuge incompreensivo; a dificuldade em educar e encaminhar para o bem o filho rebelde; as pressões exercidas pela chefia no trabalho profissional; a ameaça de perda do emprego honesto que nos sustenta; a traição de alguém muito amado em quem depositávamos irrestrita confiança; a perda precoce de um ente querido vitimado por acidente ou doença incurável, etc. As provações, quando enfrentadas com a devida resignação e confiança no auxílio do Pai Maior, não passam de convites da própria vida ofertados em prol do nosso aprimoramento íntimo."

- Dor-expiação: "Os erros humanos decorrentes da cólera incontrolável, do egoísmo obsessivo, das viciações inconseqüentes, da sexualidade irresponsável, da maldade premeditada, às vezes, com requintes de sadismo, são os vetores responsáveis pelos débitos morais que se acumulam nos bancos imperecíveis de nossa memória espiritual. A prática do mal desarmoniza profundamente a essência pensante, cria uma espécie de morbo energético de teor vibratório bastante densificado, que permanece aderido à malha eletromagnética sutil do campo perispiritual. Constitui-se algo incomodativo e desagradável, por tratar-se de verdadeira moléstia a pulsar nas entranhas multi dimensionais do ser. Tal condição anômala de natureza anímica é a responsável pelo desencadeamento, na criatura encarnada, de manifestações  do organismo físico (mal-formações congênitas, cânceres etc.) tanto quanto de perturbações mentais, ao mesclar crises de intenso remorso com depressões profundas e manifestações esquizofrênicas de difícil solução. Assim, manifestam-se as chamadas doenças cármicas, expressões autênticas das expiações educativas. A dor-expiação vem de dentro para fora, marcando a criatura no caminho dos séculos, detendo-a em complicados labirintos de aflição, para regenerá-la, perante a Justiça... . Evitaremos essa dor assim que superarmos as más tendências e nos mostrarmos familiarizados com as leis da justiça, do amor e da caridade."

- Dor-auxílio: "Apesar das boas intenções, às vezes, nos deixamos empolgar pelos atrativos mundanos e, invigilantemente, sofremos desvios dos planos previamente traçados no Mundo Maior, não suportando as provações retificadoras ou assumimos atitudes infelizes passíveis de precipitarem o fracasso da experiência terrena. Diante da ameaça de tropeços lamentáveis, em certas ocasiões, somos beneficiados pelo amparo de exceção, ou seja, providências aparentemente drásticas, mas cabíveis nos esquemas traçados pelos benfeitores desencarnados em nosso próprio benefício. O enfarte, a trombose, a hemiplegia, o câncer penosamente suportado, a senilidade prematura, etc., constituem, por vezes, dores-auxílio, para que nos recuperemos dos erros, habilitando-nos através de longas reflexões e benéficas disciplinas, para o ingresso respeitável na Vida Espiritual. Aí, nos sentimos infelizes e desamparados. É justamente nesses momentos que devemos buscar a serenidade mental e agradecermos à Deus pela doença oportuna que nos impediu a tomada de uma atitude insana. Nada acontece sem uma razão plausível, mesmo que não compreendamos  o significado real da ocorrência."

O agradecimento sincero é o melhor caminho para materializar as coisas boas que queremos ser/estar/ter. Devemos agradecer, portanto, por tudo aquilo que nos é doado (emprestado) por Deus tais como:
 - Por existirmos materialmente e por já sermos seres humanos, única espécie na Terra dentre os animais, que já intui, pensa, sente e tem o livre arbítrio para agir, considerando que tivemos que percorrer um longo caminho evolutivo para chegar ao nosso atual grau de consciência;
- Pelo corpo físico, pela família, pelos amigos, pelo trabalho, pelos alimentos, pela saúde, enfim pela vida que temos para desfrutar;
- Pelos problemas, dificuldades, dor e sofrimento que passamos porque tudo isso é justo e necessário no momento;
- Pelos nossos inimigos porque eles são os nossos melhores instrutores da paciência, tolerância, perdão, caridade, humildade, etc.
- Por todos os recursos materiais e espirituais que fazem parte, respectivamente, de nosso universo exterior e interior, e até mesmo pelo nosso ego, independentemente das qualidades e defeitos e dos vícios e virtudes que adquirimos;
- Pela Vida como ela é, pois ela é a realidade que necessitamos viver no presente.

Quando devidamente expressada, a gratidão gera o sentimento de paz, de alegria, de esperança. Um estudo da Universidade da Pensilvânia (2005) mostra que o fator mais importante na busca da felicidade é a gratidão. Não porque nos tornamos mais felizes ao expressar nossa gratidão pelas coisas que normalmente não notamos, mas porque ao notar essas coisas, ao agradecer por elas, percebemos o quanto já somos felizes.
Robert A. Emmons, prof. da Univ. da Califórnia, no diz que viver agradecido por tudo traz felicidade. Quanto mais grato você for ao que lhe fazem, mais feliz você fica. Só que a gratidão não pode ser uma obrigação, pois assim ela perde o sentido. Tem de ser natural, dirigida às coisas que, de um modo ou outro, lhe fazem bem. “A gratidão é ainda mais importante durante épocas em que tudo parece estar perdido. Encontrar algo para estimar e valorizar pode nos salvar do desespero, o que é impossível com queixas e lamentos. O mais importante é comemorar a vida enquanto ela existe”.

O Evangelho Segundo o Espiritismo (cap 28, item 28) nos ensina o quanto temos de ser gratos a Deus por tudo: “Não devemos considerar como acontecimentos felizes  apenas as coisas de grande importância. As mais pequenas na aparência são, muitas vezes, as que mais influem sobre nosso destino. O homem esquece facilmente o bem e se lembra mais daquilo que o aflige. Se registrássemos, dia a dia, os benefícios que recebemos sem tê-los pedido, ficaríamos espantados de ter recebido tanto e em tanta quantidade que até os esquecemos, e nos sentiríamos envergonhados com a nossa ingratidão. A cada noite, ao elevar nossa alma a Deus, devemos nos lembrar dos favores que Ele nos concedeu durante o dia e agradecer-Lhe por eles. É, sobretudo, no próprio momento em que provamos o efeito de sua bondade e de sua proteção que, espontaneamente, devemos testemunhar-Lhe nossa gratidão. Basta para isto um pensamento que agradeça o benefício, sem que haja necessidade de interromper o trabalho que estejamos fazendo. Os benefícios de Deus não consistem somente em coisas materiais. É preciso igualmente agradecer as boas idéias, as inspirações felizes que nos são sugeridas. Enquanto os orgulhosos acham nelas um mérito próprio e o incrédulo as atribui ao acaso, aquele que tem fé rende graças a Deus e aos bons Espíritos. São desnecessárias, para isso, longas frases: “Obrigado, meu Deus, pelo bom pensamento que me inspiraste”, diz mais do que muitas palavras. O impulso espontâneo que nos faz atribuir a Deus o que nos acontece de bom testemunha um hábito de agradecimento e de humildade que nos sintoniza com a simpatia dos bons Espíritos."

A gratidão a Deus e às pessoas não nos isenta de enfrentarmos as vicissitudes da vida, pois estamos num mundo de provas e expiações, mas com a gratidão e o reconhecimento, aprendemos a aceitar melhor as coisas, provocando um forte eco emocional para encobrir resmungos e lamentos, que apenas nos desequilibram e trazem consequências ruins para nossa saúde orgânica e psíquica.
Joanna de Ângelis (Psicologia da Gratidão) nos diz que a “gratidão é como luz na sua velocidade percorrendo os espaços e clareando todo o percurso, sem se dar conta, sem o propósito de diluir-se no facho incandescente que assinala a sua conquista. Uma das razões fundamentais para que a gratidão se expresse é o estímulo propiciado pela humildade que faz se compreenda o quanto se recebe, desde o ar que se respira gratuitamente aos nobres fenômenos automáticos do organismo, preservadores da existência. Nessa percepção da humildade, ressuma o sentimento de alegria por tudo quanto é feito por outros, mesmo que sem ter ciência, em favor, em benefício dos demais. Essa identificação proporciona o amadurecimento psicológico, facultando compreender-se que ninguém é autossuficiente a tal ponto que não depende de nada ou de ninguém, numa soberba que lhe expressa a fragilidade emocional. Sem esse sentimento de identificação das manifestações gloriosas do existir, a gratulação não vai além da presunção de devolver, de nada ficar-se devendo a outrem, de passar incólume pelos caminhos existenciais, sem carregar débitos… Quando se é grato, alcança-se a individuação que liberta. Para se atingir, no entanto, esse nível, o caminho é longo, atraente, fascinante e desafiador."

BIBLIOGRAFIA
REFORMADOR. GRATIDÃO: um novo olhar sobre a vida. Fonte: http://www.febnet.org.br/blog/geral/gratidao-um-novo-olhar-sobre-a-vida-2/
BLUME, A. A gratidão. http://oevangelhosimplificado.blogspot.com.br/2013/10/a-gratidao.html
FRANCO, D.P. (Espírito Joanna de Ângelis) Desperte e seja feliz. Salvador: LEAL, 2000.
FRANCO, D.P.(Espírito Joanna de Ângelis) Psicologia da gratidão. Salvador: LEAL, 2014. (Série Psicológica - Especial, volume 16) 240 p.
XAVIER, F.C. (Espírito André Luiz) Ação e reação. FEB
KARDEC, A. O livro dos espíritos.
KARDEC, A. O evangelho segundo o espiritismo.
SOUZA, M.P. Os benefícios da Gratidão. http://www.agendaespiritabrasil.com.br/2016/06/25/os-beneficios-da-gratidao/
           
Poema da Gratidão

Senhor, muito obrigado, pelo que me deste, pelo que me dás!
pelo ar, pelo pão, pela paz!
Muito obrigado, pela beleza que meus olhos vêem no altar da natureza.
Olhos que contemplam o céu cor de anil, e se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil!
Pela minha faculdade de ver, pelos cegos eu quero interceder, por aqueles que vivem na escuridão e tropeçam na multidão, por eles eu oro e a Ti imploro comiseração, pois eu sei que depois dessa lida, numa outra vida, eles enxergarão!
Senhor, muito obrigado pelos ouvidos meus.
Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro, a melodia do vento nos ramos do salgueiro, a dor e as lágrimas que escorrem no rosto do mundo inteiro.
Ouvidos que ouvem a música do povo, que desce do morro na praça a cantar.
A melodia dos imortais que a gente ouve uma vez e não se esquece nunca mais.
Diante de minha capacidade de ouvir,
pelos surdos eu te quero pedir, pois eu sei, que depois desta dor, no teu reino de amor, eles voltarão a ouvir!
Muito obrigado Senhor, pela minha voz!
Mas também pela voz que canta, que ensina, que consola.
Pela voz que com emoção, profere uma sentida oração!
Pela minha capacidade de falar, pelos mudos eu Te quero rogar, pois eu sei que depois desta dor, no teu reino de amor, eles também cantarão!
Muito obrigado Senhor, pelas minhas mãos, mas também pelas mãos que aram, que semeiam, que agasalham.
Mãos de caridade, de solidariedade. Mãos que apertam mãos.
Mãos de poesias, de cirurgias, de sinfonias, de psicografias, mãos que numa noite fria, cuida ou lava louça numa pia.
Mãos que a beira de uma sepultura, abraça alguém com ternura, num momento de amargura.
Mãos que no seio, agasalham o filho de um corpo alheio, sem receio.
E meus pés que me levam a caminhar, sem reclamar.
Porque eu vejo na Terra amputados, deformados, aleijados…e eu posso bailar!!…
Por eles eu oro, e a ti imploro, porque eu sei que depois dessa expiação, numa outra situação,
eles também bailarão.
Por fim Senhor, muito obrigado pelo meu lar!
Pois é tão maravilhoso ter um lar…
Não importa se este lar é uma mansão, um ninho, uma casa no caminho, um bangalô, seja lá o que for!
O importante é que dentro dele exista a presença da harmonia e do amor!
O amor de mãe, de pai, de irmão, de uma companheira…
De alguém que nos dê a mão, nem que seja a presença de um cão, porque é tão doloroso viver na solidão!
Mas se eu ninguém tiver, nem um teto para me agasalhar, uma cama para eu deitar, um ombro para eu chorar, ou alguém para desabafar…, não reclamarei, não lastimarei, nem blasfemarei.
Porque eu tenho a Ti!
Então muito obrigado porque eu nasci!
E pelo teu amor, teu sacrifício, tua paixão por nós,
Muito obrigado Senhor!
Autor: Amélia Rodrigues/Divaldo Franco