domingo, 23 de novembro de 2008

INFLUÊNCIAS DA MÍDIA NA EDUCAÇÃO DO ESPÍRITO

INTRODUÇÃO

A mídia é o conjunto dos meios de comunicação, que inclui diferentes veículos, recursos e técnicas tais como jornal, rádio, televisão, cinema, outdoor, página impressa, propaganda, mala-direta, balão inflável, anúncio em site da Internet, etc. Com relação às influências da mídia na educação do espírito poderíamos fazer a seguinte pergunta: a mídia é boa ou má? Entende-se que a mídia, na realidade, é neutra, mas dependendo do seu formato, conteúdo e finalidade, ela pode transmitir influências positivas ou negativas.
Somos espíritos vivendo na escola da Terra em um processo educativo, com o objetivo de evoluir materialmente e espiritualmente. Compreende-se que influenciamos e somos influenciados pela mídia e sabe-se que a nossa personalidade se forma principalmente no período da infância e adolescência. Uma vez conscientes de nossos direitos e deveres como educandos e educadores cristãos, considera-se de extrema importância conhecer os tipos de influências da mídia, compreender a importância dessas influências e saber como proceder perante a mídia na educação do espírito.

TIPOS DE INFLUÊNCIAS DA MÍDIA EM NOSSA VIDA

A mídia influencia nossos aspectos físico, emocional, mental, moral, espiritual, social, político e comportamental, dentre outros, através de informações, idéias, propostas, conceitos e mensagens. Essa influência pode ser positiva ou negativa, dependendo do seu formato, conteúdo e finalidade. Assim, TVs, rádios, jornais podem se tornar meios de comunicação “não neutros” porque eles pertencem a alguém, a grupos e servem quase sempre aos seus interesses próprios, políticos, ideológicos e, principalmente, econômicos. Por isso vemos tantos programas televisivos que apelam para a violência e a sexualidade desorientada; letras de música que estimulam preconceitos e fazem uso de palavras pejorativas, mensagens agressivas; propaganda enganosa, etc. Alguns exemplos de influência da mídia em nossa vida são:
► A televisão apresenta problemas da radiação eletromagnética, afeta a visão e perturba o sono;
► predominância de violência, crimes e pornografia;
► expectadores passivos induzidos à imitação consciente ou inconsciente (condicionamento, máquina de sugestionar, hipnose de massa);
► massificação, padronização e formatação da consciência;
► instrumento de poder e manipulação;
► promoção do individualismo, superficialidade, alienação e competição;
► indução de hábitos alimentares, comportamentos (maneira de falar, de se vestir, de conviver com os demais), vícios (fumo, bebida, drogas, etc.), sedentarismo e consumismo;
► cultura do materialismo (beleza, ídolos do esporte, da arte e do crime);
► uso inadequado da imaginação e inteligência;
► uso inadequado do tempo (por exemplo, tempo em frente à TV comparado com o tempo da escola, religião, diálogo com os pais, atividades sociais ou educacionais sadias);
► produz preocupações precoces com questões sociais diversas (sexo, erotismo, violência, crimes, sexualidade, etc.);
► induz aceitação da imoralidade, degradação social, violência, crimes dentre outras coisas prejudiciais ao nosso desenvolvimento espiritual como se fossem coisas normais e aceitas pela sociedade (ex. novelas, filmes e programas da TV);
► estímulo para o lado mais agitado e perturbado da existência humana;
► uso dos meios de comunicação de massa a serviço de interesses econômicos de grupos;
► destruição das culturas locais;
► exploração da miséria moral e da violência nas mais variadas formas;
► “manipulação” das informações;
► propaganda enganosa;
► apresentação de escândalos apelativos;
► introdução de modismos vazios de sentido real para a vida;
► criação “milagrosa" de ídolos por questões simplesmente financeiras, ou seja, busca da “fama a qualquer preço”: lastimáveis produtos culturais sem qualquer mensagem positiva como provam alguns programas de TV, filmes e músicas com mensagens degradantes em torno do ser humano.

As palavras-chave nos filmes e jogos eletrônicos infantis são: agressividade, violência, crueldade, astúcia, extermínio, guerra, ódio, perversidade, destruição, rancor, medo, insegurança e fascínio por personagens virtuais.
A beleza física é muitas vezes utilizada para crescimento econômico e profissional, sem escrúpulos morais ou dignidade pessoal, chegando-se à fama na base de corrupção moral, sensualidade e sexualidade promíscua.
Prefere-se enfocar o crime e a violência em detrimento da honestidade, do cumprimento dos deveres, da educação, da cultura e do equilíbrio. Estimula-se o jovem na busca da fama e riqueza por meios ilícitos. As cenas de violência, insulto, condutas imorais logo são copiados pelas crianças e jovens.
O forte apelo emocional imposto pela mídia influencia decisivamente na formação e na estruturação da personalidade e da identidade do jovem porque os exemplos valem muito mais do que um monte de palavras. “Nossas emoções, pensamentos e atos são elementos dinâmicos de indução.” (Emmanuel, Pensamento e Vida)
Os telespectadores são, muitas vezes, manipulados pela mídia por causa de informações incorretas, mentirosas, tendenciosas, preconceituosas, distorcidas ou ambíguas prejudicando programas sérios voltados à educação, ciência, cultura, arte e saúde. Nas novelas e filmes, por exemplo, a mídia confunde amor com sexo. A televisão assume o papel de educador de crianças a adolescentes pela omissão dos pais e educadores. A participação efetiva dos pais nas vidas dos filhos é fundamental para a formação de suas personalidades e de seu caráter. Os jovens que possuem fortes vínculos familiares respeitam mais os valores morais da família, são mais seguros de si mesmos, sabem melhor controlar seus impulsos, e têm maior resistência ao apelo das drogas, sexo e violência. A verdade é que falta originalidade aos modelos de comunicação, que sempre repetem conteúdos de vulgaridade e insensatez em detrimento da educação e cultura.
A mídia possui valiosos instrumentos de formação da personalidade, da conquista de recursos saudáveis, de oportunidades iluminativas para a mente e engrandecedoras para o coração. Entretanto, são muito reduzidos, em quantidade, qualidade, duração, atratividade e eficiência os espaços reservados para programas de divulgação de mensagens educativas, culturais e dignificantes na televisão.
A venda de idéias e não produtos é feita de modo mais sutil, e por isso, é muito perigosa. Informações aparecem como se fossem reais e neutras em obras de ficção, nos noticiários, entrevistas e documentários. Não percebemos que, na maioria das vezes, as verdadeiras intenções que estão escondidas atrás da pretensa realidade que é apresentada e interpretada. A maioria dos programas da TV nada mais é do que uma realidade construída porque já foram previamente gravados.
Em nome da “democracia ou liberdade” já estamos perdendo o senso moral em face da repetição de cenas que veiculam toda forma de desinformação, comportamentos imorais, degeneração, degradação, linguagem pejorativa, sexo e violência. Sempre que nos acostumamos com certos limites, já ficamos prontos para novos limites.
As responsabilidades e conseqüências do comportamento delituoso, promiscuoso, ilícito ou violento, geralmente não são mostrados na TV. As leis da ética, da moral e do controle são substituídas pela lei do imediatismo.

IMPORTÂNCIA DA MÍDIA NA EDUCAÇÃO DO ESPÍRITO

É justamente através da mídia que tomamos conhecimento das coisas que acontecem no mundo, ficamos sabendo das “novidades" de consumo, acompanhamos as expressões artísticas e culturais, formamos nossa opinião. As crianças e os jovens são os maiores influenciados pela mídia porque eles estão em pleno processo de formação da personalidade.
"O período infanto-juvenil, é decisivo na vida das pessoas. Por isso pais e professores estão querendo mais rigor para a programação televisiva e estão apontando filmes, novelas e programas que mais rejeitam pelo conteúdo pornográfico e apelativo, porque sabem que os ágeis meios de comunicação exercem intensa influência nos jovens. A televisão entra nos lares indiscriminadamente e exibe valores éticos e consumistas, nem sempre adequados à formação das identidades de seus filhos e/ou alunos. Por outro lado, os pais reconhecem que não são onipresentes. Não parece válido o argumento que diz que o aparelho possui um botão para desligar". (A Influência da Mídia, Alcoolismo e Drogas. Caminhos de Esperança. Enfoques, Joanna de Angelis. Leymarie Editora. RJ.RJ., pág. 83).
A maioria das crianças brasileiras tem acesso a TV e passam muitas horas diante dela. Estudos comprovam que as crianças não conseguem diferenciar entre o mundo real e o mundo virtual, transferindo o mundo irreal para o mundo real. "Quando notamos, por exemplo, que o respeito conjugal é uma coisa perfeitamente ultrapassada, que a família é uma instituição vencida, que os jovens agridem os pais a beneplácito dos roteiristas de novela e os nossos jovens descambam para o alcoolismo, para as drogas e para os suicídios, estamos diante de um dano irreversível." (Divaldo P. Franco, Palavras de Luz)
A criança é tratada pela mídia, geralmente, apenas como um futuro consumidor de produtos e serviços. Influenciados pela própria mídia, muitos pais já não se acham capazes de educar seus filhos, delegando esta educação a profissionais ou a própria mídia.

COMO DEVEMOS PROCEDER PERANTE AS INFLUÊNCIAS DA MÍDIA NA EDUCAÇÃO DO ESPÍRITO

► Despertar a consciência: É necessário construirmos uma sociedade futura, através de uma melhor educação das crianças e dos jovens, os quais são as esperanças de uma humanidade mais produtiva, mais criativa e mais feliz.

► Educar, por exemplo, à luz da Doutrina Espírita: “O Espiritismo, sendo uma Doutrina essencialmente educativa, conforme a mensagem do Espírito de Verdade, conc1ama-nos ao amor e à instrução que poderão formar uma nova mentalidade entre os homens. A melhor maneira de tomar uma sociedade justa e altruísta é a educação das gerações novas. Sabendo que, através da educação, formaremos caracteres saudáveis, deveremos investir tudo nesta obra libertadora, que é uma das mais elevadas expressões da caridade.” (Divaldo P. Franco)
A missão do Espiritismo é transformar o homem, para que o mundo se transforme. Devemos educar principalmente pelo exemplo; se desejamos um mundo melhor utilizemos a crítica, o bom senso e a escolha correta dando a nossa cota para a elevação dos pensamentos e sentimentos coletivos, auxiliando na formação de uma " psicosfera" saudável e promotora da evolução humana.

► Estimular os filhos a desenvolver atitude crítica: Que objetivos estão direcionanando a indústria cultural que usa a mídia? Que valores estão sendo comunicados à sociedade? Quem está ganhando com determinado apelo na música, na novela, na propaganda? O jovem precisa ter uma posição menos ingênua e mais crítica em relação aos meios de comunicação de massa para não se tornar um simples “consumidor” de seus produtos, mas alguém atento, capaz de distinguir o certo e o errado, o positivo do negativo, a boa mensagem dos modismos sem sentido para a vida. “Fique ligado” nos seus ideais de vida contribuindo crítica e positivamente na construção de uma vida melhor e não se deixe “engolir” pela visão consumista dos dias de hoje. Aposte no futuro! Desenvolva e use o seu senso crítico.

► Administrar o tempo da família: Reservar tempo para o diálogo, lazer, educação, religião, valores culturais, morais e éticos. Administrar, junto com os filhos, o tempo que eles passam em atividades relacionadas à mídia. Ajudá-los a descobrir alternativas satisfatórias, como leitura, esportes e amizades sadias. Proporcionar entretenimentos alternativos para os filhos. Fazer coisas ou desenvolver atividades junto com os filhos relacionados com a música, natureza, serviço voluntário, espiritual, social, esportes, trabalho e aprendizado.

►Cuidar daquilo que entra em casa: Observar tudo que entra em sua casa através da mídia (fitas de vídeo, televisão, internet, jogos de computador, revistas, jornais, etc.). Conversar sobre a qualidade e conteúdo das opções de mídia. Os meios de comunicação não devem tomar o lugar dos pais na formação do comportamento e atitude dos filhos, da imagem que têm de si mesmos e de sua percepção do mundo.

► Praticar o evangelho no lar: Momento imprescindível para orientação, comunhão com os bons espíritos e estabelecimento de importantes referenciais de nossa evolução espiritual.

► Planejar conscientemente aquilo que queremos ser ou ter na vida: Fazer um projeto de vida, estabelecendo os objetivos a serem atingidos - pessoais (físicos, emocionais, intelectuais e espirituais), familiares, sociais, financeiros, profissionais, culturais e ecológicos. Para cada objetivo deverão ser detalhadas as prioridades e especificar os itens por que, como, quando, onde, quanto custa e quem pode ajudar a obter o resultado estabelecido no projeto de vidam de especificar os itensmídia, negativos.

► Orientar e dialogar com os filhos: A orientação e o diálogo constituem a melhor forma de prevenção contra os excessos do mundo. Os pais devem ter a consciência de que eles - e não a televisão - são a influência mais importante na formação dos filhos. As imagens e informações da TV devem ser usadas educativamente como temas para debater as questões e problemas do mundo. Com o tempo, os filhos saberão questionar as mensagens televisivas com as quais convivemos diariamente. Com relação à sexualidade, é preciso evitar o tabu e o preconceito. O ato sexual, por exemplo, não deve ser visto como algo sujo ou perigoso, e sim como um fato natural da vida, que será sempre belo e prazeroso, quanto mais for movido por sentimentos de afeto, sinceridade e respeito. A censura e a proibição não são os melhores recursos porque além de reforçarem uma visão preconceituosa de que fazer sexo é errado, podem ter o efeito inverso, aguçando a curiosidade das crianças e se tornarem depois o meio de contestação delas à sociedade e aos próprios pais. A sexualidade mostrada na televisão deve ser tema de conversa logo que a criança se mostrar em idade de compreender tudo isso. Deste modo, a criança compreenderá que nem tudo o que a televisão mostra é bom e deve ser imitado.

► Promover o uso correto da mídia: Devemos nos esforçar para promover a utilização adequada da mídia através da interação e participação nos diversos meios de comunicação.

BIBLIOGRAFIA

CVDEE. Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo http://www.cvdee.org.br/
FRANCO, D. P. (ESPÍRITO JOANNA DE ANGELIS). Adolescência e vida.
NAZARETH, J.Z. Um desafio chamado família. Minas Editora: Araguari, 2000.
MONICA, I.D. O Espiritismo, Comunicação e a Internet: A missão do Espiritismo é transformar o homem, para que o mundo se transforme. http://www.kardecismo.com.br/ame/sitedetalhe.asp?cat_nome=Artigos&site_id=4&url_comp=lista%3Dcategoria%26cat%5Fid%3D7%26cat%5Fnome%3DArtigos
IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS. 3 Maneiras simples de tornar sua família mais feliz. 2002.
FORMIGA, L.C.D. A Influência da Mídia. A sedução de pocotó. http://www.espirito.com.br/
portal/artigos/neurj/a-influencia-da-midia.html

sábado, 22 de novembro de 2008

VIDA MELHOR E MAIS FELIZ EM FAMÍLIA

INTRODUÇÃO



Que significa “vida melhor”?
Significa progredir sempre em todos os aspectos da vida, tais como saúde, trabalho, amizade, relacionamento, esperança, fé, amor, segurança, finanças, social, etc. O progresso material e espiritual é uma dádiva Divina que nos permite adquirir e usar o conhecimento na realização do bem e na construção de um futuro melhor. Para progredir materialmente e espiritualmente é preciso abraçar o serviço de renovação interior, nos alicerces da disciplina, empreendendo, assim a nossa evolução consciente. Pela evolução externa nós dominamos o ambiente que nos cerca, mas é pela evolução interna que adquirimos virtudes, tais como a bondade, a paciência, a humildade, a tolerância, a sinceridade, a honestidade, etc., sem as quais não encontraríamos os caminhos de paz e entendimento que nos garantem a alegria e nos ajudam na ascensão espiritual.

Que significa “mais feliz”?
Significa estar cada vez mais satisfeito consigo mesmo e com tudo na vida. A felicidade é um estado de ser que depende de nosso grau de satisfação interior com tudo aquilo que somos (qualidades e defeitos) e com todas as coisas que temos (coisas materiais que Deus nos empresta). Geralmente, a felicidade é feita de pequenos momentos e de pequenos gestos. Podemos ser mais felizes observando as coisas que temos em lugar de observar aquelas que ainda não temos. Não devemos confundir o ser com o ter; o ter pode muitas vezes nos dar o conforto material, mas ele não compra o bem-estar espiritual. É importante saber equilibrar entre ter a riqueza e o ser generoso com as necessidades alheias para que todos nós sejamos mais felizes.

Que significa “família”?
A família é um grupo de indivíduos, ligados entre si por laços de sangue ou por laços espirituais, com o objetivo principal de aprender a amar uns aos outros. O ser humano depende da família biológica, sociológica, moral e espiritualmente. O homem necessita de companhia para o seu desenvolvimento material e espiritual. Na família aprendemos a amar aos outros e não apenas a nós mesmos para, no futuro, amarmos a todos indistintamente. Pagamos nossas dívidas do pretérito menos feliz e adquirimos valiosas experiências para o porvir. Conforme as necessidades espirituais, reunimo-nos, em família, com aqueles aos quais devemos algo do passado ou dos quais somos credores, ou ainda, nos aproximamos, uns dos outros, pelo desejo de progresso mútuo, embora nem sempre harmonioso e tranqüilo, como seria o ideal. Por mais difícil que seja o nosso relacionamento familiar, tudo devemos fazer para que, superando os obstáculos normais do caminho, possamos melhorar-nos, através da cooperação constante com aqueles que convivem conosco, pois isto redundará em nossa própria felicidade.
Portanto, "uma vida melhor e mais feliz em família é um objetivo que desejamos atingir, por meio do esforço contínuo em nossa melhoria, tanto material quanto espiritual, assim como na prática constante do bem".

COMO VIVER MELHOR E MAIS FELIZ EM FAMÍLIA

A vivência melhor e mais feliz em família pode ser comparada a um grande prédio que necessita de fortes pilares de concreto para a sua sustentação. Cada um desses pilares é necessário e importante e o seu enfraquecimento ou a sua destruição pode provocar a queda do prédio. Esses pilares representam os vários aspectos de nossa vida tais como: amor, saúde, fé, esperança, amizade, segurança, relacionamento, prosperidade e valores morais. Por causa disso, os pilares devem ser bem construídos e mantidos em boas condições, para não comprometer a sustentação do prédio. Uma vida melhor e mais feliz em família depende, portanto, de nossa dedicação a cada um desses pilares, de modo que a sustentação do prédio não fique ameaçada quando surgirem os problemas. Os tipos de problemas que mais podem prejudicar o estado dos pilares são: egoísmo, orgulho, ódio, preguiça, vícios e ignorância.

PILARES PARA SUSTENTAÇÃO DE UMA VIDA MELHOR E MAIS FELIZ EM FAMÍLIA

1. Amor

Que é amor?
O amor é o sentimento mais sublime que conhecemos e, ao mesmo tempo, é a energia mais poderosa do universo. A prática do amor é chamada de caridade. O amor é o sentimento que acima de tudo resume, de forma completa, a doutrina de Jesus. Ele disse: “Amareis ao Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma, e de todo o vosso espírito. Este é o maior e o primeiro mandamento. E eis o segundo que lhe é semelhante: amareis ao vosso próximo como a vós mesmos. Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos.” (Mateus, 22:34-40). E depois disse: “Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. (João, 13: 34). O amor ao próximo é o princípio da caridade e amar aos inimigos é a sua aplicação máxima, pois esta virtude é uma das maiores vitórias alcançadas sobre o egoísmo e o orgulho.

Qual é a importância do amor?
A lição mais importante que necessitamos aprender na Terra é a vivência do amor e da caridade, único caminho da felicidade. Assim, quanto mais amarmos e fizermos outras pessoas felizes, maior será a nossa felicidade presente e futura. O amor deve ser vivenciado em nosso interior, na família, com as amizades, no trabalho, na vizinhança, enfim, com todas as pessoas e seres viventes. A lei de amor substitui o individualismo pela integração das criaturas e acaba com as misérias sociais. O próximo a quem devemos servir é sempre a pessoa que está mais perto de nós, seja ou não parente, amigo ou inimigo. Amar ao próximo é compreendê-lo, ampara-lo, socorre-lo e com ele colaborar sempre que de nós necessite.

Como pode o amor ajudar a família a viver melhor e mais feliz?
O amor transforma tudo para melhor. Tudo que fazemos com amor dá bons resultados, seja no lar, no trabalho, na escola, etc. Mesmo que não sejamos capazes de sentir o amor, podemos nos comportar de tal modo que o amor apareça na forma de caridade, tolerância, paciência, perdão, respeito, gentileza, cooperação, união, calma, ajuda ao próximo, diálogo, harmonia, prática do bem, compartilhamento sincero na alegria, conforto na tristeza, etc. Com o tempo passaremos a sentir o amor em nossos corações. É assim que o círculo virtuoso do amor nos transforma a todos em seres melhores e mais felizes. O amor também pode ser transmitido pelo pensamento e sentimento independentemente do tempo e do espaço. Os irmãos em humanidade, ainda que distantes, se tornam o nosso próximo pelo conhecimento que tenhamos de suas necessidades. Neste caso, poderemos ajudá-los com preces e sentimentos de amor. Devemos compartilhar com sinceridade, das alegrias do próximo, pois, o cristão, sente-se feliz com a felicidade alheia.

2. Saúde Física, Emocional, Mental e Espiritual

Que é saúde física, emocional, mental e espiritual?
É o estado do organismo ou a normalidade de suas funções em nossos aspectos físico, emocional, mental e espiritual. Esse estado depende da vivência adequada, equilibrada, natural e sadia em todos esses aspectos. Todo excesso ou falta de atividade nesses aspectos pode causar desequilíbrios em nossa saúde.

Qual é a importância de uma boa saúde física, emocional, mental e espiritual?
Nossos aspectos físico, emocional, mental e espiritual são preciosos recursos que Deus nos concede para aquisição de novas experiências na Terra. A boa saúde é necessária para tudo que façamos na vida. Nosso dever e responsabilidade, portanto, é cuidar, respeitar e utilizar esses recursos adequadamente de modo que a saúde e o equilíbrio sejam preservados.

Como ter uma boa saúde física, emocional, mental e espiritual?
A saúde física depende, principalmente, da prática de hábitos alimentares sadios, exercícios físicos e repousos regulares, contato com a natureza e lazer adequado. A saúde emocional depende de nosso esforço para sempre estarmos envolvidos de sentimentos de amor, harmonia, paz e compreensão. A saúde mental depende de nosso esforço para sempre estarmos sintonizados a pensamentos construtivos, positivos, de sabedoria, de bondade e de humildade. A saúde espiritual depende, principalmente, de nosso esforço para fortalecer a fé, desenvolver valores morais e praticar o bem. Atividades tais como arte, o esporte, a dança e o trabalho voluntário complementam o nosso equilíbrio físico, emocional, mental e espiritual.

3. Fé Raciocinada

Que é fé raciocinada?
Fé é uma crença religiosa, ou, um conjunto de dogmas ou doutrinas que constituem um culto. A fé é uma força que nasce com a própria alma, certeza instintiva da existência de Deus. A fé raciocinada ensinada pela Doutrina Espírita se apóia nos fatos e na lógica, e, portanto, é uma fé inabalável que pode encarar razão em todas as épocas da humanidade. Por isso nos recomenda “Amais-vos e Instruí-vos”.

Qual é a importância da fé?
É muito importante ser religioso (que é muito diferente de ter uma religião) para ajudar no equilíbrio de todos os nossos aspectos. É impossível concretizar a realização alguma sem atitude positiva de confiança. A fé aglutina as forças do espírito e “remove montanhas” como ensinou Jesus. Utilizando-nos conscientemente da fé, torna-se possível suprimir longas curvas em nosso caminho e isenta-nos de sofrimentos inúmeros.

Como pode a fé raciocinada ajudar a família a viver melhor e mais feliz?
A fé raciocinada permite transformar uma vida de enganos em uma vida de certezas; a angústia em alívio; abandonar o medo, a ira e a tristeza; despertar nossa força interior; ter boas idéias, paciência resignação e proteção espiritual. Confiando primeiramente a Deus e entregando-nos ao estudo, ao trabalho e à prática do bem, venceremos as próprias dificuldades e superaremos os obstáculos do caminho, sem desfalecimentos.

4. Esperança

Que é esperança?
Esperança é o ato de esperar o que se deseja. Ter esperança é acreditar num futuro melhor. É o sentimento que leva o homem a olhar para o futuro, considerando-o portador de condições melhores que as oferecidas pelo presente, de tal sorte que a luta pela vida e os sofrimentos são enfrentados como contingências passageiras, na marcha para um fim mais alto e de maior valor. Genericamente, a esperança é toda a tendência para um bem futuro e possível, mas incerto. Psicologicamente, tensão própria de quem se sente privado de um bem ardentemente desejado (imperfeições), mas que julga poder alcançar por si mesmo ou por outrem. A esperança diz respeito aos bens árduos e difíceis, porque não dependem apenas da vontade de quem os espera, mas também de circunstâncias ou vontades alheias, e que, por isso, a tornam de algum modo, incerta e falível. Justaposta às esperanças do dia-a-dia, há a grande esperança, ou seja, um vínculo permanente entre a espécie e o seu criador.

Qual é a importância da esperança?
Para facilitar a realização de nossos desejos é importante manter sempre vivos em nosso ser a fé, a esperança e o otimismo. Devemos vigiar constantemente nossa mente e coração para evitar que pensamentos e sentimentos negativos dificultem ou inviabilizem a realização de nossos planos. Na perspectiva do Espiritismo, que nos fornece uma dimensão realista da vida futura, a esperança torna-se uma força inovadora. A expectativa de que a vida continua além-túmulo e que não seremos levados nem para o céu e nem para o inferno, porém, conduzidos de acordo com o nosso nível evolutivo, dá-nos confiança sem limite na infinita bondade de Deus. Esta crença induz-nos a estudar com mais afinco, a fim de que possamos servir a Deus com mais conhecimento de causa. Assim, o Espiritismo dá-nos subsídios para melhor compreender a esperança. Não uma esperança beatífica, mas a certeza de que seremos recompensados ou punidos de acordo com o bem ou o mal que fizermos ao nosso próximo. Nesse sentido, todas as nossas dores, os nossos sofrimentos, as nossas renúncias ficam gravadas em nosso subconsciente e servirão como ponto de apoio para o julgamento de nossa própria consciência.

Como pode a esperança ajudar a família a viver melhor e mais feliz?
Com esperança, esquecemo-nos momentaneamente das dores, dos sacrifícios, das doenças, das dificuldades e lembramo-nos somente da felicidade regida pela paz e tranqüilidade de nossas tensões. Isso não é utopia, é a dimensão do eu que se transcende a si mesmo rumo à espiritualidade superior. Sempre que pensamos em algo, fortalecemos o campo mental voltado para a materialização desse pensamento. A força mental produzida, aliada à força de vontade e à força do trabalho, conduzirá, à realização do objetivo desejado. Nosso poder para conseguir as coisas será maior ainda se tivermos fé, persistência e auto-estima elevada.

5. Amizade

Que é amizade?
Amizade é um sentimento fiel de afeição, simpatia, estima ou ternura entre pessoas que geralmente não são ligadas por laços de família ou por atração sexual. A riqueza espiritual da amizade nos aproxima uns dos outros com o desejo sincero de amar, servir, ajudar e edificar para a felicidade que todos almejamos. Os laços da amizade, quanto os do amor, crescem cada vez mais, aquecendo e iluminando os espíritos.

Qual é a importância da amizade?
O amigo em nosso caminho é mais importante do que todos os bens que possamos acumular em nosso derredor, pois a amizade supre as necessidades do Espírito, enquanto aqueles dizem respeito apenas às necessidades transitórias do corpo. Quem socorre o irmão apenas nos dias de infortúnio, exerce a piedade que humilha; o verdadeiro amigo acentua a alegria dos entes amados, multiplicando-a. Cultivar amizades sinceras é amealhar paz, alegria e progresso na senda espiritual que nos aguarda a todos.

Como pode a amizade ajudar a família a viver melhor e mais feliz?
A amizade fortalece os laços de amor entre os familiares, tornando-os mais unidos, fraternos e solidários. A convivência com pessoas amigas numa família facilita a superação das tristezas e multiplicação das alegrias que acontecem em nossa vida. É importante cultivar as amizades tanto na Terra quanto no mundo espiritual, desdobrando o amor desinteressado em favor do próximo.

6. Segurança da Família

Que se entende por segurança da família?
Segurança é o estado, qualidade ou condição de seguro. É a condição daquele ou daquilo em que se pode confiar. Segurança familiar significa ter certeza da saúde ou equilíbrio dos aspectos físico, emocional, mental, espiritual, financeiro e social de todos os membros da família. Por exemplo, a família deve ter proteção física na residência contra invasões, alimentação sã e nutritiva, proteção contra as más influências que entram no lar através da mídia, proteção da residência contra inundações e deslizamentos, seguro desemprego, plano de saúde e odontológico, reserva financeira, proteção espiritual, etc.

Qual é a importância da segurança da família?
A segurança familiar é necessária em todo lugar e para tudo que fazemos na vida. Por exemplo, para ter segurança física num mundo em que prolifera a violência, criminalidade, injustiça, corrupção e impunidade, é preciso que exista segurança nos lares, ruas, estradas, escolas, locais de trabalho, cinemas, estádios de futebol, etc. Um outro exemplo refere-se à mídia, a qual é definida como o conjunto dos meios de comunicação, e que inclui, indistintamente, diferentes veículos, recursos e técnicas, como, por exemplo, jornal, rádio, televisão, cinema, outdoor, página impressa, propaganda, mala-direta, balão inflável, anúncio em site da Internet, etc. A mídia, através de informações, idéias, propostas, conceitos e mensagens, influenciam nossos aspectos físico, emocional, mental, moral, espiritual, social, político, comportamental dentre outros. Essa influência pode ser positiva ou negativa, dependendo do seu formato, conteúdo e finalidade. Logo, é necessário estar consciente das coisas que entram em nossos lares através da mídia para manutenção da segurança familiar. A segurança da família é necessária em todos os lugares e momentos da vida de modo que possamos realizar as atividades normais da vida tais como morar, transitar, estudar, criar os filhos, cuidar da casa, trabalhar e passear em paz e tranqüilidade.

Como pode a segurança da família ajudá-la a viver melhor e mais feliz?
A segurança da família, automaticamente, afasta o medo de nossas mentes e corações, e permite vivermos despreocupados, alegres e cumprindo com os nossos deveres de homens de bem. Ela é obtida, principalmente, através da vigilância de todos nossos aspectos físico, emocional, mental, espiritual, financeiro e social. Nos aspectos emocional, mental e espiritual, conforme Jesus ensina com a frase “vigiai e orai”, nos previne acerca de nossas próprias imperfeições e falhas. As nossas fraquezas nos prendem à retaguarda espiritual, induzindo-nos a ações menos edificantes que nos dificultam a marcha evolutiva. A vigilância é nossa grande responsabilidade e, por isso, precisamos estar vigilantes com relação aos nossos próprios atos, palavras e pensamentos, para que externem sempre o que de melhor temos aprendido na doutrina cristã que nos felicita o entendimento. Vigiar os pensamentos quer dizer mentalizar sempre o bem para todos os que nos cercam e para toda a humanidade, evitando, assim, colaborar para o acréscimo das ansiedades que envolvem tantas pessoas nos dias atuais. Vigiar as palavras, não só evitando tudo o que possa desdobrar o mal, prejudicar o próximo ou exagerar os acontecimentos menos felizes, como também disseminando palavras de carinho, entendimento, ânimo, esperança e conforto, sempre que possível. Vigiar ações, a fim de que sejamos sempre instrumentos úteis nas mãos da espiritualidade maior, no auxílio dos necessitados. Vigiar significa, finalmente, estarmos atentos para que não venhamos a ser escravos de ilusões e imperfeições, transformando-nos em verdadeiros cristãos que vêem na existência terrena uma oportunidade gloriosa de aprender, amar, ajudar e servir sempre, em nome de Jesus, em favor de nossa própria felicidade espiritual.

7. Relacionamento Humano

Que é o relacionamento humano?
O relacionamento é uma relação de amizade, afetiva, profissional, etc., condicionada por uma série de atitudes recíprocas. O relacionamento humano é a capacidade, em maior ou menor grau, de relacionar-se, conviver ou comunicar-se com os seus semelhantes. O maior problema no relacionamento familiar é que cada um acredita que a razão lhe pertence. A esposa reclama porque o marido acredita que sabe tudo, está sempre certo e não admite que ninguém lhe diga que está errado. O marido, por sua vez, fala que a mulher é muito impertinente, gosta de confusão e faz tempestade em copo d’água. O filho reclama que os pais estão totalmente por fora do mundo e querem governar a sua vida.

Qual é a importância do bom relacionamento humano?
O sucesso, paz e harmonia no lar dependem, principalmente, do bom relacionamento entre os familiares, o qual depende, por sua vez, da aceitação, admiração, afeto, atenção, colaboração, comunicação, participação, etc., existentes na família.
A aceitação implica em aceitarmos a nós mesmos, e, ao nosso próximo. A admiração implica em, primeiramente, elogiar as pessoas antes de criticá-las. O afeto significa que todos nós somos carentes de amor e carinho. A atenção significa que devemos sempre demonstrar a presença do outro, dedicando a ele nosso tempo. A comunicação se refere ao conteúdo e a forma que trocamos informações com os nossos familiares. A colaboração, necessidade constante em todos os setores da vida, é fator de entendimento entre as criaturas, alicerçando a verdadeira fraternidade que nos irmanam todos. A participação implica em estarmos sempre presentes na família e na sociedade para realizar atividades tais como trabalhar, divertir e ajudar uns aos outros.

Como pode um bom relacionamento humano ajudar a família a viver melhor e mais feliz?
O investimento da família num bom relacionamento entre os familiares certamente produzirá frutos de paz, harmonia e alegria de viver. O bom relacionamento familiar será obtido pela mudança gradual de atitudes, emoções e pensamentos dos integrantes da família, através de gestos de caridade, perdão, aceitação, afeto, tolerância, boa vontade, sinceridade, humildade, disciplina, ordem, responsabilidade, renúncia, atenção, admiração, participação e colaboração. O amor deve ser exercitado como um ato da vontade. Uma pessoa pode demonstrar amor através de gestos simples. O primeiro passo é reconhecermos nosso egoísmo e nossa insensibilidade em relação ao amor familiar. Podemos melhorar o relacionamento afetivo se deixarmos de criticar tanto os familiares. Se não ligarmos a televisão somente no canal de nosso interesse. Se deixarmos de se concentrar na leitura do jornal para dar um pouco de atenção aos familiares. Se elogiarmos as pessoas no dia-a-dia. Ao admitir não sermos infalíveis, nos habilitamos às iniciativas maravilhosas que põem fim aos desentendimentos. Existem expressões mágicas em favor da harmonia doméstica, como, por exemplo, dizer: Cometi um erro. Você tem razão. Peço perdão. Fui indelicado. Prometo mudar. Obrigado. O diálogo é a ponte que se estende entre duas ou mais pessoas que visam encontrar soluções para os problemas ou simplesmente trocar idéias. Às vezes pensamos que estamos dialogando com o familiar, mas na verdade estamos fazendo um desabafo. Falamos de forma exaltada, com a voz alterada, e dizemos tudo o que estava "preso na garganta", para depois sairmos porque não temos tempo nem disposição para ouvir a resposta. Isso não é diálogo, é desabafo. De outras vezes, chamamos os familiares para uma conversa, mas acabamos dando uma série de ordens e instruções e nos evadimos. No entanto, num diálogo eficaz, é indispensável alternância entre os interlocutores. Ora um fala, ora o outro. E o essencial para que o diálogo seja produtivo, é que, enquanto um fala, o outro preste atenção, ao invés de ficar contra-atacando suas idéias mentalmente. Outro aspecto importante para um diálogo atingir seus objetivos, é que seja iniciado com serenidade e uma dose elevada de afeto. Se vamos abordar um problema qualquer, comecemos abordando os acertos e virtudes da pessoa, antes de falar dos seus equívocos e fragilidades. Busquemos sempre reforçar primeiramente os pontos positivos, dando-lhes destaque, depois abordamos aqueles que precisam ser modificados. Mas, antes de qualquer conversa, coloquemo-nos no lugar do nosso interlocutor e procuremos ver as coisas do seu ponto de vista, pois nem sempre a nossa opinião é a mais acertada. Se lançarmos mão desse recurso precioso chamado diálogo, em pouco tempo perceberemos a melhoria do nosso relacionamento familiar e, por conseguinte, uma harmonia saudável a envolver o nosso lar. A faculdade da fala é recurso abençoado que Deus concede ao ser humano para a sua evolução. No entanto, muitos de nós a temos utilizado para ferir, usando palavras amargas e cruéis. Assim, se desejamos melhorar a nossa relação com o próximo, é importante que sempre busquemos articular a palavra movida pelos nossos mais puros sentimentos, porque, como afirmou Jesus, “cada um fala do que está cheio o coração”.

8. Prosperidade

Que é prosperidade?
É a situação ou a condição de estarmos ou sermos bem sucedidos, felizes, afortunados, ditosos, etc. A prosperidade da família resulta do esforço integrado de todos, objetivando a melhoria material, intelectual e moral do grupo. A força da mente, da vontade e do trabalho, de cada membro familiar, contribui para realização dos desejos de todos.

Qual é a importância da prosperidade?
A prosperidade permite que utilizemos os recursos que Deus nos emprestou em benefício próprio e dos outros. Assim, quanto mais prósperos formos, mais condições nós teremos de ajudar a nós mesmos e também aos menos favorecidos. A família multiplica a sua prosperidade ao auxiliar aos menos favorecidos uma vez que tudo que damos, recebemos de volta. Desta forma, promove-se uma circulação da prosperidade e a formação de uma corrente de prosperidade.

Como pode a prosperidade ajudar a sua família a viver melhor e mais feliz?
A prosperidade permite que a família esteja plenamente satisfeita com a realização de suas esperanças. Para isso, entretanto, é necessário planejar com detalhes tudo aquilo que queremos ter ou ser durante nossa vida. Após planejar, é necessário executar o plano, acompanhar a sua realização e corrigir as suas falhas. Ter um plano de vida permite conseguir as coisas com maior rapidez, maior eficiência e menor esforço. Nós podemos ter ou ser tudo aquilo de desejamos. Nós poderíamos, por exemplo, ter uma boa saúde, um bom relacionamento amoroso, uma boa profissão, um bom emprego, conhecimento sobre certo assunto, bens materiais, uma família feliz, uma vivência religiosa, reconhecimento social, estabilidade financeira, etc. Nós poderíamos também desenvolver virtudes (caridade, humildade, tolerância, paciência, honestidade, etc.) e eliminar defeitos (egoísmo, orgulho, inveja, ódio, ignorância, etc.). Devemos eliminar, primeiramente, aqueles defeitos que mais incomodam as pessoas que convivem conosco, praticando as virtudes contrárias aos defeitos correspondentes. Devemos colocar primeiro as coisas mais importantes e explicar os motivos de cada escolha. É muito importante saber que o dinheiro não deve ser um objetivo, mas sim uma conseqüência de nosso trabalho. Para conseguir tudo aquilo que queremos usamos a nossa força mental somada à força de vontade e à força do trabalho. Nosso poder, para conseguir as coisas, será maior se tivermos fé, persistência e autoconfiança. É muito importante orarmos para escolher bem as coisas e para ter força moral, boas idéias, paciência, resignação e proteção espiritual, tanto para planejarmos como para realizarmos nossos planos. Devemos vigiar constantemente nossa mente e coração para evitar que pensamentos e sentimentos negativos atrapalhem a realização de nossos planos. Sempre devemos nos esforçar para sermos competentes em tudo que fazemos, estudando, praticando e persistindo sempre. É muito importante estarmos sempre motivados para fazer aquilo que estamos fazendo; é necessário gostar de coração das coisas que fazemos e também saber por que decidimos fazer aquilo. Sempre devemos aproveitar as oportunidades que Deus nos oferece no momento em que elas aparecem.

9. Valores Morais, Educacionais, Sociais, Culturais, Tradicionais e Artísticos

Que são esses valores?
São as normas, princípios ou padrões morais, sociais, culturais, tradicionais e artísticos aceitos ou mantidos pela família.

Qual é a importância dos bons valores para ajudar a família a viver melhor e mais feliz?
O desenvolvimento e manutenção de valores positivos, sadios e íntegros, permitem que a família evolua mais rapidamente, nos diversos aspectos do ser. Esses valores são desenvolvidos e mantidos pelos integrantes da família que se esforçam para melhorar e para praticar o bem, seja na própria família, na comunidade, na escola, ou em qualquer outro lugar. A educação intelectual é desenvolvida na escola, porém, a educação moral é transmitida dentro do próprio lar. Os adultos que não conseguiram assimilar os valores morais, não têm como transmiti-los aos filhos, porque o discurso não será condizente com a prática. Os adolescentes prezam a sinceridade e cobram-na a todo instante do meio em que vivem e principalmente dos adultos. É imprescindível buscar o aprimoramento intelectual e, principalmente o moral continuamente. O Espiritismo trouxe a máxima: “Amai-vos e Instruí-vos”. É a partir deste preparo que os adultos de hoje conseguirão os subsídios necessários para auxiliarem na formação dos adultos de amanhã. A melhor forma de educação é o exemplo. Uma postura positiva dos pais, onde os jovens são levados a compreender seus direitos e limites, é capaz de levá-los à reflexão, sem a necessidade do uso agressivo das palavras, ou agressão física, sermões ou de frases feitas. A sinceridade e a cumplicidade - como no exemplo: o pai ou a mãe, ao sair, avisa ao filho aonde vai e a que horas retorna - estreitam os vínculos e criam um canal de diálogo e respeito. É sempre muito importante nos esforçarmos continuamente para conhecermos a nós mesmos, desenvolvermos virtudes e eliminarmos defeitos morais.

Como podem esses valores ajudar a família a viver melhor e mais feliz?
Os valores positivos mantidos pela família certamente irão auxiliar a todos realizarem sua transformação moral e exercício do bem. O bom exemplo ainda é o melhor modo de transmitir os valores positivos dentro e fora da família. A Doutrina Espírita é clara quanto à importância de pais e educadores aproveitarem o período da infância para a transmissão de valores éticos, morais e sem dúvida a literatura infantil é um meio propício para isso. As melhores maneiras de ensinar valores ao seu filho são: responsabilidade e cooperação, tolerância e compreensão, autocontrole e respeito a regras, afetividade e empatia, solidariedade e gratidão. Esses valores não são aprendidos através de discursos, nas no cotidiano, no modo como a família vive, nas conversas espontâneas, na atribuição de responsabilidade. A responsabilidade e cooperação envolvem ter direito de escolha, mas envolve também a responsabilidade pela escolha; assim se a criança escolher determinado alimento em detrimento de outros ela terá que consumi-lo. Planejar o dia ou a semana clarifica quais são as responsabilidades. As atividades da casa são de responsabilidade de todos, respeitando a idade da criança e a complexidade da tarefa. Fazer constatações dos efeitos de nossos procedimentos no futuro do planeta, como, por exemplo, levar a criança para ver o lixão da cidade e uma usina de reciclagem de lixo. Tolerância e compreensão são valores muito necessários neste mundo de diversidade em que vivemos e aproveitar situações do cotidiano para conversar com as crianças sobre elas é uma prática salutar. O próprio noticiário é uma oportunidade, pois todos os dias se constatam como tem sido funesta a intolerância para a felicidade dos indivíduos e da coletividade. Ensinar que as pessoas que são diferentes de nós necessariamente não são más por isso. Trabalhar com o autocontrole e respeito a regras, é sem dúvida um desafio, mas indispensável na formação dos hábitos de vida. Autocontrole não significa negar ou ignorar que todos nós temos sentimentos e emoções negativos, importante é detectá-los e aprender a lidar com eles. Os educadores e pais precisam estar atentos ao fato de que nem sempre a criança percebe quando quebra as regras de convivência e precisam de ajuda para analisar a situação. Pesquisas recentes comprovam que a empatia desenvolve a partir de um ano e meio. Com essa idade a criança é capaz de perceber de forma geral o que o outro sente. Compete à família ajudar a criança a desenvolver essa capacidade. Quando uma criança faz a outra chorar o adulto deve ajudá-la a estabelecer a relação entre o choro e sua atitude. Essa é uma tarefa difícil, pois geralmente trabalhamos desenvolvendo culpa na criança ou sugerindo que é má ou feia por isso. O núcleo familiar é espaço privilegiado para o desenvolvimento da afetividade, mas não podemos nem devemos esconder de nossos filhos as dificuldades presentes tais como dificuldades financeiras ou outros problemas existentes na família. É a oportunidade da prática do amor pelo que somos não pelo que temos. Solidariedade entendida como relação de responsabilidade entre pessoas unidas de maneira que cada um se sinta na obrigação moral de apoiar o outro. O desenvolvimento dessa qualidade moral vem da vivência de sentir que todos nós necessitamos uns dos outros e que ora somos os que doam e ora somos os que recebem. Gratidão é um sentimento pouco expresso no nosso dia a dia. Há até uma campanha na mídia que propõe às pessoas que treinem manifestar seu agradecimento por palavras. O Cristo já nos ensinou que devemos fazer ao próximo o que gostaríamos que nos fizessem; esse exercício de reflexão sem dúvida ensinará que também não devemos fazer ao próximo o que não gostaríamos que nos fizessem.

BIBLIOGRAFIA

FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO PARANÁ. Relacionamento familiar por: Momento Espírita.
KARDEC, A. O evangelho segundo o espiritismo.
KARDEC, A. O livro dos espíritos.
PELÁ, N.T.R. Valores. Jornal verdade e luz. Out/2005.
UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA. Programa de evangelização. Planos de aula. Departamento de evangelização da criança. Belo Horizonte, MG.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

LEIS ESPIRITUAIS DO SUCESSO

1 – Lei da potencialidade pura

A. Entrar em contato com o campo da potencialidade pura, reservando um momento do dia para ficar em silêncio, para apenas ser. Ficar sozinho em meditação silenciosa pelo menos duas vezes ao dia por, aproximadamente, trinta minutos pela manhã e trinta minutos à noite.

B. Reservar um período do dia para comungar com a natureza e observar em silêncio a inteligência que há em todas as coisas vivas. Ficar em silêncio e assistir ao pôr-do-sol, ouvir o ruído do oceano ou de um rio, ou simplesmente sentir o perfume de uma flor. No êxtase do silêncio, e em comunhão com a natureza, desfrutar a pulsação vital das eras, o campo da potencialidade pura e da criatividade ilimitada.

C. Praticar o não-julgamento. Começar o dia dizendo: “hoje, não julgarei nada que aconteça” e durante todo o dia lembrar de não fazer julgamentos.

2- A lei da doação

A. Dar um presente em todo lugar que for, a todos que encontrar. Esse presente poderá ser um cumprimento, uma flor, uma oração. Oferecer, diariamente, alguma coisa a todas as pessoas com as quais entrar em contato. Estará, assim, desencadeando o processo de circulação de energia - de alegria, de riquezas, de abundância na sua vida e na de outras pessoas.

B. Receber agradecido, diariamente, todas as dádivas que a vida oferece: a luz do sol, o canto dos pássaros, as flores, a neve do inverno. E estar aberto para receber dos outros, seja um presente material, seja dinheiro, seja um cumprimento, seja uma oração.

C. Assumir o compromisso de manter a riqueza circulando em sua vida, dando e recebendo os mais preciosos presentes: carinho, afeição, apreço, amor. Desejar, em silêncio, felicidade e muita alegria toda vez que encontrar alguém.

3- A lei do carma ou de causa e efeito

A. Observar as escolhas que vai fazer a todo o momento. E na observação dessas escolhas, trazê-las para a percepção consciente. Ter bem claro que a melhor maneira de se preparar para todos os momentos do futuro é estar plenamente consciente do presente.

B. Toda vez que for fazer uma escolha, pergunte: “quais serão as conseqüências desta escolha?”; “esta escolha trará satisfação e felicidade a mim e aos outros que serão afetados por ela?”.

C. Pedir, então, orientação ao coração e seguir a mensagem enviada por ele de conforto ou de desconforto. Se a escolha for de conforto, entregar-se totalmente a ela. Se a escolha for de desconforto, parar para ver as conseqüências daquele ato com sua visão interior. Essa orientação permitirá fazer escolhas corretas espontâneas tanto para você quanto para os que o circundam.

4- A lei do mínimo esforço

A. Praticar a aceitação, dizendo: “hoje aceitarei pessoas, situações, circunstâncias, fatos como eles se manifestarem”. Saber que o momento é como deve ser, porque todo o universo é assim. Não se voltar contra todo o universo, lutando contra o momento presente. Dizer a si mesmo: “minha aceitação será total e completa; verei as coisas como são no momento em que ocorrerem e não como eu gostaria que fossem”.

B. Aceitando as coisas como são, assumir a responsabilidade pela sua situação e por todos os fatos que considera problemáticos. Ter bem claro que assumir a responsabilidade é não culpar alguém, ou alguma coisa, pela sua situação. Saber, também, que todo o problema traz em si uma oportunidade e que a consciência das oportunidades vai permitir olhar para o momento problemático e transformá-lo em imenso benefício.

C.Assentar sua percepção, hoje, na indefensibilidade. Desistir da necessidade de defender seus pontos de vistas e de convencer e persuadir os outros a aceitá-los. Permanecer aberto a todos os pontos de vista e não se prender a nenhum deles.

5- A lei da intenção e do desejo

A. Fazer uma lista de todos os seus desejos. Carregar essa lista para todos os lugares. Olhar para ela antes de entrar em silêncio e meditação. Olhar antes de adormecer à noite. Olhar quando acordar pela manhã.

B. Liberar a lista de seus desejos e a soltar no ventre da criação. Confiar. Se as coisas não saírem como deseja, há uma razão para isto. O plano cósmico com certeza terá desígnios maiores para você do que os que possa conceber.

C. Lembrar de praticar a consciência do momento presente em todas as ações. Não permitir que os obstáculos consumam e dissipem a qualidade da atenção no momento presente. Aceitando o presente como ele é, o futuro se manifestará nas intenções e nos desejos mais caros e profundos.

6- A lei do distanciamento

A. Comprometer-se, hoje, com o distanciamento. Dar a si próprio e aos outros a liberdade de ser o que é. Evitar a imposição rígida de suas idéias sobre como as coisas devem ser. Não forçar soluções de problemas, criando assim novos problemas. Participar de tudo, mas com envolvimento distanciado.

B. Transformar a incerteza em um ingrediente essencial da própria experiência. Na disponibilidade para aceitar a incerteza, as soluções emergirão espontaneamente do próprio problema, da própria confusão, da desordem, do caos. Quanto mais incertas forem as coisas, mais seguro deverá se sentir, porque a incerteza é o caminho da liberdade. Através da sabedoria da incerteza encontrará segurança.

C. Entrar no campo de todas as possibilidades e antecipar a excitação que pode ocorrer quando se está aberto a uma infinidade de escolhas. Quando entrar no campo de todas as possibilidades, experimentará toda a diversão, toda a magia, todo o mistério, toda a aventura da vida.

7- A lei do darma ou do propósito de vida

A. Nutrir amavelmente, hoje, a divindade que habita em você, no fundo de sua alma. Prestar atenção ao seu espírito, que anima seu corpo e sua mente. Despertar desse profundo sono dentro de seu coração. Carregar consigo a consciência da atemporalidade, do ser eterno, em todas as experiências limitadas pelo tempo.

B. Fazer uma lista de seus talentos únicos. Depois, outra lista das coisas que adora fazer quando está expressando esses talentos. Diga, então: “quando eu os expresso e os ponho a serviço da humanidade, perco a noção do tempo e crio abundância em minha vida, bem como na vida de outros”.

C. Perguntar a si mesmo diariamente: “como posso servir?” e “como posso ajudar?” As respostas a essas perguntas permitirão ajudar e servir a seus semelhantes, com amor.

Conclusões:

As sete leis espirituais do sucesso são princípios poderosos que o capacitarão a alcançar o autodomínio. Se você prestar atenção a essas leis e praticar os passos sugeridos, poderá desejar e receber o que quiser – riqueza, dinheiro, sucesso. Verá, também, que sua vida vai mudar, ficando mais prazerosa e abundante em todos os sentidos, porque essas leis são as mesmas que dão sentido à vida.
Há uma seqüência natural de aplicação dessas leis na vida diária, que o ajudarão a lembrar-se delas. A lei da potencialidade pura é experimentada através do silêncio, da meditação, do não-julgamento, da comunhão com a natureza. Mas ela é ativada pela lei da doação, cujo princípio é saber dar o que se deseja. Se você busca a abundância, deve dar em abundância. Se quer dinheiro, deve dar dinheiro. Se deseja amor, apreço, afeição, deve saber dar amor, apreço e afeição.
Através de seus atos na lei de doação você ativa, por sua vez a lei do carma. Ao criar um bom carma, tornará tudo mais fácil na vida: notará que não será necessário fazer muito esforço para satisfazer seus desejos. Isso, automaticamente, o fará compreender a lei do mínimo esforço. Assim, quando tudo ficar fácil e não exigir esforço, quando seus desejos forem satisfeitos, você começará, espontaneamente, a entender a lei da intenção e do desejo. Satisfazer seus desejos com tranqüila facilidade permitirá que você pratique a lei do distanciamento.
Por fim, quando você começar a entender todas essas leis e passar a focalizar seu verdadeiro propósito de vida, chegará à lei do carma. Com a utilização dessa lei, ao expressar seus talentos singulares para satisfazer necessidades de seus semelhantes, você receberá tudo o que quiser e quando quiser. Ficará livre e jubiloso – expressão do amor ilimitado.

Fonte: Deepak Chopra, As Sete Leis Espirituais do Sucesso.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

COMO MELHORAR A QUALIDADE DE NOSSAS PALESTRAS

PREFÁCIO

Objetiva-se, com este artigo, auxiliar todas as pessoas interessadas em melhorar a qualidade de suas apresentações orais, sejam estas técnicas, científicas ou outras. Para isto são fornecidos esclarecimentos sobre o planejamento, apresentação, avaliação e aprimoramento de palestras. O assunto é abordado de maneira simples e prática, sem aprofundar os aspectos relacionados com técnicas de aprendizagem. Justamente por não ser profissional da área de educação, não pretendo dar aqui a última palavra sobre o assunto. Desejo apenas contribuir, com a minha experiência em aprendizagem, para que qualquer pessoa interessada em dar palestras possa encontrar um pouco de orientação técnica e estímulo para iniciar suas apresentações de maneira mais correta ou para continuar aprimorando a qualidade de suas palestras.

"Nossa Meta é ser o melhor do mundo naquilo que nós fazemos. Não existem alternativas”. V. F. Campos

1. INTRODUÇÃO
Muitas pessoas têm uma facilidade natural para dar palestras. Sabe-se, entretanto, que o conhecimento e a aplicação de técnicas de aprendizagem, aliados ao bom planejamento e treinamento, podem muito bem compensar nossas dificuldades naturais.
Gostemos ou não do fato, a verdade é que as pessoas julgam nossas palestras além de outras coisas. Portanto, é muito importante cuidar da qualidade de nossas palestras porque isto pode comprometer, até certo ponto, o nosso próprio nome, a instituição a que pertencemos ou até mesmo a cidade onde moramos...
Os conceitos de controle da qualidade total - CQT (CAMPOS, 1992a e 1992b) também podem e devem ser aplicados em nossas palestras. O CQT é o controle exercido por todas as pessoas para a satisfação das necessidades de todas as pessoas. O objetivo mais importante deste controle, neste caso, é melhorar a qualidade de nossas palestras. O controle da qualidade objetiva planejar, manter e melhorar a qualidade desejada pelo público. Isto significa que temos de nos esforçar para conhecer as necessidades reais das pessoas. Para gerenciar o controle da qualidade (CAMPOS, 1992a e 1992b), podemos aplicar o ciclo de controle de processo PDCA (PLAN, DO, CHECK, ACTION), composto de quatro fases básicas do controle: planejamento, execução, verificação e correção ou aprimoramento.
No item 2 do artigo, são apresentadas noções básicas de aprendizagem e, nos itens 3 a 6, são apresentadas as quatro fases do controle de processo PDCA aplicadas ao nosso problema, ou seja, como planejar, manter e melhorar a qualidade de nossas palestras.

2. NOÇÕES BÁSICAS DE APRENDIZAGEM
Existem diferentes maneiras de se aprender e de se ensinar alguma coisa. As pessoas podem aprender melhor de diferentes maneiras, ou seja, cada pessoa tem um estilo de aprendizado preferido. A cada estilo de aprendizado deveria corresponder um estilo de ensino. Os palestristas têm de estar conscientes disso e trabalhar para aperfeiçoar o estilo de ensino com o objetivo de melhorar a aprendizagem.
Um aprendiz sensório necessita de informação material (que pode ser vista, ouvida, tocada), enquanto o aprendiz intuitivo necessita de informação intuitiva (idéias, memórias, possibilidades). Em geral, 70% das pessoas são sensórias e 30% são intuitivas. Nós podemos receber informações externas visualmente (figuras, diagramas, desenhos, esquemas, fluxogramas, gráficos, mapas e demonstrações) ou através de palavras (escritas e faladas). Outras maneiras de receber informações não nos interessam muito para as palestras (som não-verbal, gosto, odor e toque). Os aprendizes indutivos aprendem do caso específico para o geral. Neste caso, começa-se com observações e dados, então se inferem regras ou princípios gerais. A maioria das pessoas aprende por indução, caminho natural do aprendizado. Crianças, por exemplo, não iniciam com verdades indiscutíveis e princípios, mas generalizam a partir de observações. Os dedutivos aprendem do caso geral para o específico. Começa-se com regras ou princípios gerais, então se deduzem as conseqüências e fenômenos. Os aprendizes ativos tendem a processar as informações, enquanto estão fazendo alguma coisa (falando, movendo) ao passo que os aprendizes reflexivos tendem a processar as informações introspectivamente. Os aprendizes seqüenciais aprendem passo a passo, enquanto os aprendizes globais aprendem melhor quando podem visualizar todo o sistema, figura ou processo em estudo (FELDER & BRENT, 1992).
Se os palestristas não estiverem conscientes dos diferentes estilos de aprendizado, muitas pessoas não conseguirão aprender o que foi ensinado (ficam desatentas, chateadas, desinteressadas), a audiência poderá diminuir e muitos (aprendizes visuais, ativos, indutivos, sensórios e globais) perderão o seu tempo e a oportunidade de aprender.
Recomendações para melhorar o aprendizado (FELDER &BRENT, 1992):

►Falar sobre a relevância e importância do assunto;

►Usar gráficos ou figuras, exemplificando o fenômeno antes de apresentar teorias;

►Equilibrar informações concretas (fatos, observações, dados) e abstratas (princípios, teorias, modelos);

►Usar figuras, esquemas, gráficos e desenhos simples antes, durante e depois de apresentar material verbal;

►Mostrar filmes ou demonstrações se possível;

►Dar tempo para as pessoas pensarem sobre o que foi dito e passar “dever de casa”;

►Usar outros recursos de auxílio visual se disponíveis (projetor de slides, retroprojetor, datashow, cartazes, fotografias, etc.) e;

►Estimular a participação do público quando for possível ou conveniente.

O aprendizado também pode ser medido pelas coisas de que conseguimos lembrar após duas semanas. Assim, por exemplo, fica claramente demonstrado que, em reuniões de estudos em que se faz somente a leitura de textos, o aprendizado é muito deficiente (20%) (FELDER E BRENT, 1992).
Pode-se melhorar o aprendizado (em até 50%) com o uso de auxílios visuais (FELDER & BRENT, 1992). A participação ativa do público em nossas palestras, entretanto, através de perguntas e respostas, discussões ou olhando uma demonstração, aumenta muito o aprendizado (até 70%). É claro que, muitas vezes, não é conveniente ou adequado obrigar o público a participar em dramas ou simular e fazer coisas reais para obtenção do máximo rendimento (90%).

3. PLANEJAMENTO
3.1. Importância do Planejamento
O planejamento no ciclo PDCA serve para estabelecer metas sobre os itens de controle bem como estabelecer o método para se atingirem as metas propostas (CAMPOS, 1992a e 1992b). O planejamento traz segurança e autoconfiança para o palestrista.
O tópico da palestra deve estar relacionado, de preferência, com as próprias experiências e convicções do expositor, porque será mais agradável apresentar um assunto de seu gosto. Se o tema lhe for imposto ou não tiver dele conhecimento, o expositor deve estudá-lo profundamente até sentir se confiante. O tema da palestra deve ser estudado tanto para preparar a palestra como para responder perguntas durante a apresentação. Caso o palestrista não saiba a resposta de uma pergunta, entretanto, é melhor que diga a verdade em lugar de tentar enrolar o público. Pode-se dizer, nestes momentos, que procurará a resposta depois (e deve procurar a resposta mesmo). Ninguém é infalível e o nosso conhecimento sobre qualquer assunto é sempre limitado.

3.2. Organização
O assunto da palestra deve ser organizado da maneira mais lógica possível para facilitar seguir a seqüência programada. A palestra não deve ser preparada com o objetivo de apresentar informações somente, mas com o objetivo de fazer o público compreender as idéias ou conceitos. A audiência deve compreender as informações e idéias exatamente do modo como foi planejado que elas fossem compreendidas. A preparação deve assegurar que o material será apresentado da maneira mais lógica, clara, simples e objetiva possível para a compreensão de todos.
Em qualquer palestra, o público, ou o apresentador, pode ficar cansado. O público não gosta de se esforçar muito para entender as idéias ou informações que o palestrista está tentando transmitir. Uma boa preparação e treinamento da apresentação facilitarão muito o aprendizado e a obtenção do sucesso junto ao público.
A palestra deve ser organizada de modo a parecer mais uma manchete de jornal ou de revista do que uma novela de mistério. Pode-se apresentar primeiro as conclusões, para que o público saiba de antemão em que informações ou dados deverão prestar atenção para chegar a essas conclusões. Não se deve forçar a audiência a ficar sentada por 29 minutos de introdução e desenvolvimento, para, em seguida, no último minuto, apresentar as conclusões. As conclusões devem ser resumidas no final também (REEDER, 1991).
Para organizar a palestra, recomenda-se, geralmente, dividi-la em três etapas: introdução, desenvolvimento e conclusões ou síntese. Essa divisão facilita cronometrar o tempo de duração da palestra e também facilita organizar as idéias numa seqüência lógica. O tempo máximo de exposição para não cansar o público é de 20 a 30 minutos.

3.2.1. Introdução
Deve ser uma apresentação breve do tema (quatro ou cinco minutos, numa palestra de 30 minutos). É importante de início influenciar o auditório com o seu tema, causar impacto, suspense, de modo a captar e prender a atenção do público. Não se deve iniciar uma apresentação com falsa modéstia, pedindo desculpas, denegrindo a própria imagem ou a qualidade da palestra. Na etapa de introdução deve-se responder pelo menos a duas questões básicas: o quê e o porque.

• O quê?
Defina os objetivos de sua palestra. Explique de que se trata o assunto e qual o objetivo geral ou objetivos específicos da palestra. Muitos palestristas pensam que o objetivo seria, por exemplo, ensinar isto ou aquilo, mas isso é um grave erro do ponto de vista da aprendizagem. Os objetivos devem ser colocados de modo que a audiência entenda isto ou aquilo, o que é muito diferente. Em geral, uma palestra não deve ter mais do que dois ou três objetivos ou idéias principais que deverão ser lembradas pelo público no final da apresentação. Um bom apresentador não conseguirá fazer o público se lembrar de mais do que três ou quatro idéias. Um mau apresentador pode terminar a apresentação sem conseguir que a audiência se lembre de nada.
Uma vez escolhidos os três ou quatro objetivos ou idéias principais que devem ser lembradas pelo público, concentre-se nisto durante a preparação da palestra que o sucesso será líquido e certo. O sucesso da apresentação não é medido pela quantidade de informação que é apresentada, mas pela forma como essa informação é compreendida e retida pela audiência (REEDER, 1991). A repetição dos pontos essenciais é vital durante a apresentação. O maior interesse e motivação do público geralmente acontecem próximo do início e do final da apresentação. Portanto, os pontos principais da palestra devem ser enfatizados nestes períodos. Os itens que aparecem no meio da apresentação devem estar lá para ajudar a esclarecer e elaborar os pontos principais. Uma idéia mencionada apenas no meio da apresentação não será lembrada por cerca de 90% das pessoas.

• Por quê?
A importância e a relevância do tema são apresentadas na etapa da introdução, após os devidos esclarecimentos sobre os objetivos da palestra. Fala-se então sobre as possíveis aplicações ou conseqüências das idéias ou objetivos apresentados.

3.2.2. Desenvolvimento
É a parte mais importante da palestra porque é onde se encontra a essência do tema. O desenvolvimento deve estar dirigido para as conclusões ou síntese. Na etapa de desenvolvimento, são apresentadas e discutidas as informações e dados que servirão de base para as conclusões. As perguntas que poderão ser respondidas são: Como? Quanto? Quando? Onde? E quem?

• Como?
Significa saber como fazer. Representa o método, modo ou caminhos de se atingir os objetivos. Apresentam-se todos os detalhes técnicos, operacionais ou comportamentais que permitirão qualquer um a chegar às mesmas conclusões com base nos resultados obtidos ao seguir o caminho indicado. Pode-se descrever diretamente, por comparação, contraste ou analogia.

• Quanto?
Relaciona-se com a quantidade de alguma coisa, dados numéricos, resultados experimentais ou quantitativos, tais como dados estatísticos, funções numéricas, relações numéricas e valores concretos ou abstratos de qualquer natureza tais, como valores monetários, morais ou espirituais.

• Quando?
Está relacionado com a cronologia, tempo necessário para se obter alguma coisa, cronograma de atividades e financeiro, e relações com o passado, presente e futuro.

• Onde?
Refere-se à localização física, geográfica, planetária ou dimensional. Apresentam-se detalhes relacionados com a localização de pessoas e materiais.

• Quem?
Discute-se sobre os operadores, executores, apoio humano, orientadores, conselheiros, consultores, dirigentes ou a própria sociedade que está envolvida no trabalho ou no método utilizado.

3.2.3. Conclusões ou Síntese
Apresentam-se as conclusões finais ou síntese da palestra, enfatizando as idéias mais importantes que deverão ser lembradas pela audiência (no máximo, três), ou seja, os fundamentos do tema central. As conclusões já poderiam ser conhecidas do público desde a etapa de introdução. Pode-se resumir a apresentação, relembrando ao público os aspectos mais importantes relativos ao tema da palestra (O quê? Por quê? E como?). Se possível, adicionar idéias positivas lançadas pelos ouvintes. Nunca terminar a palestra dizendo “nada mais”, “é tudo”, “acabou”. O encerramento pode ser memorizado para evitar o problema de não saber como terminar a palestra.

3.3. Auxílios Visuais
3.3.1. Importância
Bons materiais de auxílios visuais podem melhorar em muito a apresentação. Por outro lado, boas palestras podem ser prejudicadas por materiais de auxílio visual inadequado, inconveniente ou desorganizado. Também a falta de conhecimento do palestrista sobre a utilização adequada do auxílio visual pode comprometer a qualidade da apresentação.
Considerando que aprendemos 87% das coisas vendo e 7% ouvindo, chega-se a 94% da aprendizagem vendo e ouvindo (LEITE, 1982). Logo, vem a importância dos métodos de comunicação visual. É aconselhável que o palestrista procure bibliografia sobre auxílios visuais para maiores detalhes sobre o assunto. No presente artigo, serão considerados apenas os itens de maior importância.
Dentre as vantagens que os auxílios visuais oferecem à comunicação (LEITE, 1982), destacam-se:
► Auxiliam a expressar as idéias e conceitos de maneira clara, concreta, objetiva;
► Despertam os interesses e mantêm a atenção;
► Facilitam a comunicação com quem não sabe ler;
► Permitem comparações, ampliações, reduções, cortes, variações, impactos e contrastes.

Como principais desvantagens: maior tempo, trabalho e o custo dos materiais necessários para a confecção.

3.3.2. Classificação
Os auxílios visuais podem ser classificados em cartazes, quadros-de-giz, álbuns seriados, flanelógrafos, transparências, fotografias, slides (LEITE, 1982) e datashow. Nas palestras dadas em locais de pouca infra-estrutura para apresentações utilizam-se mais os quadros-de-giz, cartazes e álbuns seriados. Em locais de melhor infra-estrutura utilizam-se mais as transparências, slides e datashow. A preparação de auxílios visuais, de modo geral, demanda o conhecimento de ilustrações, letreiros, uso de cores e equipamentos e materiais. Além da preparação adequada dos auxílios visuais, é necessário aprender a utilizá-los de maneira correta e eficiente.
Os auxílios visuais são mais eficientes quando despertam fortes emoções e sentimentos nas pessoas ou quando são feitas comparações, por exemplo, mostrando o certo e o errado, o antes e o depois, o com uso e o sem uso (LEITE, 1982). Normalmente, utilizam-se os auxílios visuais para destacar e enfatizar idéias ou aspectos principais e importantes, além de facilitar a memorização.

3.3.3. Seleção e preparação
O bom senso ainda é o melhor caminho para a seleção e/ou combinação de auxílios visuais mais apropriados. Uma vez que se conhece profundamente o assunto a ser comunicado, deve-se considerar (LEITE, 1982):
► Os objetivos a serem alcançados: que conceito deve ser retido pela audiência? Que mudança de comportamento e atitude se espera do público? Trata-se de comunicar uma simples informação ou um novo método? Que habilidade se espera que o público adquira?
► O tipo de público: experiência, educação, costumes, conhecimentos e condições sócio-econômicas das pessoas.
► Local e número de pessoas a atingir: o auxílio visual deve ser adequado às condições do local, tais como iluminação, disponibilidade de equipamentos de projeção, pessoal de apoio e dimensões físicas.
► Outros fatores que devem ser considerados: custo, tempo disponível, imaginação, habilidades para confecção, equipamentos e disponibilidade de materiais para a confecção.

De modo geral, deve-se evitar entulhar o auxílio visual com informações muitas vezes desnecessárias para a compreensão da idéia, conceito ou informação. Os erros geralmente cometidos na confecção de auxílios visuais estão relacionados com a quantidade, disposição, cores e tamanho de letras, números, figuras e gráficos. O problema mais comum é o excesso de informações apresentadas de uma só vez. Conseqüentemente, o problema é o uso de número muito pequeno de unidades de auxílio visual para grande quantidade de informações. As letras, números, figuras ou gráficos da unidade de auxílio visual deverão ter tamanhos suficientes para ser vistos e lidos com facilidade pela pessoa que se encontrar mais distante. Não se devem utilizar figuras ou fórmulas muito complicadas ou equações muito longas.
Um método eficiente para verificar se a unidade de auxílio visual está boa é o uso do princípio do apontador: Quanto maior a necessidade de utilizar o apontador, pior é a qualidade do auxílio visual (REEDER, 1991). Bons auxílios visuais necessitam de poucas palavras para complementação da informação que se quer transmitir. O uso de cores facilita muito a identificação de linhas, partes, parágrafos, palavras, figuras, regiões, etc...

3.4. Tempo de Preparação
O tempo de preparação de um advogado é de 25 horas para cada hora em frente ao juiz. Profissionais de propaganda e publicidade gastam 150 horas para apenas 30 segundos de comercial (REEDER, 1991). Os palestristas deveriam gastar pelo menos de 5 a 10 horas para cada 30 minutos de apresentação. A preparação de bons materiais de auxílio visual exige ainda mais tempo.

4. EXECUÇÃO
4.1. Apresentação
A apresentação é a execução das tarefas exatamente como previstas no plano e coleta de dados para verificação do processo no ciclo PDCA (CAMPOS, 1992a e 1992b). Nesta fase, é essencial o treinamento no trabalho decorrente da fase do planejamento. Chame amigos para assistir ao treinamento de sua apresentação. Peça a eles que critiquem sua apresentação apontando os pontos positivos e negativos (a avaliação da palestra é discutida no item 5). Use uma filmadora para gravar sua apresentação e, posteriormente, faça uma autocrítica ou avaliação juntamente com outras pessoas.
A palestra deve ser iniciada com a apresentação dos objetivos e conclusões principais. É importante que o apresentador saiba que uma pessoa normal não consegue prestar atenção por mais de 10 minutos de modo a reter cerca de 70% do que foi apresentado. Sendo assim, o apresentador deve intercalar a palestra com pequenos intervalos para perguntas e respostas, discussões, testes, atividades de grupo ou exercícios, de modo que, ao continuar com a apresentação, maior percentagem de informação seja retida pelo público.
O palestrista deverá chegar ao local da apresentação pelo menos 30 minutos antes do seu início. É importante conferir se tudo está no seu devido lugar, isto é, materiais para auxílio visual, equipamentos, pessoal de apoio para ajudar na manipulação de cartazes, transparências e slides, som, iluminação do ambiente, etc... Pratique o uso do microfone, controlador de slides, retroprojetor, datashow, etc...
A roupa do apresentador deve ser apropriada à importância da apresentação e costume local. O bom senso também deve ser usado para se tomar decisão sobre que roupa a utilizar.

4.2. Cuidados na Apresentação
No momento da apresentação, aja como se a sua vida dependesse dessa apresentação. Mas fique calmo, porque a preparação compensa a falta de talento. Durante a apresentação, observe o seguinte:
Seja simples, claro e objetivo na explanação e na resposta às perguntas;
Seja modesto. Apresente sem esnobação e nunca subestime a audiência;
Tire conclusões e enfatize as idéias e os conceitos mais importantes;
Visualize os problemas de maneira geral. Não seja específico;
Fale com o coração para sensibilizar a audiência. O aprendizado é muito mais eficiente quando a idéia está associada a uma emoção ou sentimento;
Não abandone o tema. Procure não se afastar do tópico central, principalmente ao responder perguntas ou apresentar exemplos;
Demonstre entusiasmo, mostre que realmente acredita naquilo que tenta ensinar, mas não agrida a sensibilidade da audiência com gritos ou frases;
Evite a monotonia. Fale com naturalidade e use a técnica da voz e impacto periódico no transcorrer da exposição. Para isto, observe a entonação de um trecho falado ou lido, utilizando pausas, subida e descidas da voz segundo os sinais lingüísticos da entonação. Quando começamos uma oração elevamos o som até torná-lo cada vez mais agudo; ao aparecer uma vírgula, recebemos o sinal de descer a voz, mas só alguns graus; a vírgula é, por vezes, uma pausa breve que devemos aproveitar para inspirar o ar. (Sempre devemos inspirar pelo nariz e expirar pela boca). A inspiração deve efetuar-se pelas vias nasais e a expiração pela bucal. Isto evita o ressecamento das cordas vocais, já que as narinas têm a propriedade de umedecer o ar (Centro Espírita Paz e Amor, 1998);
Não seja tímido. Olhe no olho das pessoas. Não fique olhando somente para um setor do público onde se encontram os amigos ou colegas. Também não fique olhando para baixo, para cima ou para os lados onde não existem pessoas;
Faça perguntas ao público pelo menos a cada 10 minutos. Motive a audiência com perguntas ou discussões. Ao questionar a audiência não diga somente “alguma dúvida” ou “tudo claro”. Faça a pergunta por extenso: qual deveria ser a solução? Que acontecerá em seguida? O que está errado com o que acabei de dizer? Que compromisso assumimos ao aceitarmos esta verdade? Como isto deveria ser feito? Como posso encontrar isto? Que seria responsável por aquilo? Quais as conseqüências disto? Quais são as causas daquilo? Como posso corrigir este erro? Como poderia evitar este erro? E qual é aplicação prática deste conceito ou idéia?
Após fazer perguntas dê um tempo para as pessoas raciocinarem em cima das idéias e conceitos expostos e tentar respondê-las. Cuidado para não dirigir a pergunta individualmente porque para muitos isto pode parecer uma intimidação. Incentive as pessoas mesmo que a resposta não seja correta. Também não se deve parar de perguntar no momento que encontrar a resposta correta. Seja educado, quando não quiser responder perguntas que não estão relacionadas com o assunto da palestra;
Ao responder as perguntas, enfrente as oposições, mas não seja defensivo;
Ocasionalmente, revise o que foi mostrado, mas sempre revise o assunto no final da palestra;
Mantenha a calma. Confie em você mesmo. Respire fundo, umas 10 vezes, antes de iniciar a apresentação para se acalmar;
Seja rigoroso com o tempo da apresentação sem adiantar nem atrasá-la. Não exponha as informações muito rápidas ou devagar;
Mantenha-se em pé para falar em público sem ficar encostado a mesas, paredes, quadros-de-giz, etc... Não se movimente demais, tampouco fique parado como uma estátua. Elimine a rigidez física mediante uma correta mobilização e utilização das mãos. Evite maneirismos, tais como enfiar as mãos nos bolsos, mexer com a caneta, se coçar, e outros. Evite ter nas mãos objetos que possam afastar a atenção dos ouvintes. Evite também tossir nas pausas;
Evite expressões repetitivas do tipo “né”, “então”, “então né”, “aí né”, “bom”, “tá”, etc.;
Nunca dizer “vocês”, mas sim “nós”. Evite a impressão de superioridade. Respeite as regras gramaticais;
Mantenha o nível da voz de modo que todos possam ouvir imaginando sempre que a palestra está dirigida para o último ouvinte da sala. Mantenha o volume, o tom e evite variações da voz. Para aumentar a tonalidade vocal, erga o tórax, mantendo-o em forma reta, sem curvatura;
Use da imaginação para enriquecer sua palestra, colocando novos matizes às idéias;
Procure usar auxílios visuais, para facilitar a compreensão e motivar a audiência;
Ao usar auxílios visuais, evite: ficar olhando para a unidade de auxílio visual o tempo todo; bater no quadro-de-giz, cartaz ou tela de projeção; bloquear a visão das pessoas, permanecendo em frente à unidade de auxílio visual; esquecer o retroprojetor ou projetor de slides ligado enquanto fala de outra coisa; esquecer de guardar cartazes ou outros elementos quando terminar de usá-los; e esquecer de apagar o quadro-de-giz;
Evite ficar sorrindo o tempo todo ou ficar sério demais;
Evite repetir informações, com exceção, é claro, dos pontos que devem ser enfatizados e;
Evite excessiva leitura de notas. Se necessitar ler algum texto básico, não ultrapasse o tempo máximo de três minutos.

5. VERIFICAÇÃO
A partir dos dados coletados na execução, compara-se o resultado alcançado com a meta planejada, isto é, verifica-se se o planejamento deu certo. Se o planejamento não deu certo, aprofunde no levantamento de informações e na análise para encontrar as causas dos problemas.
É importante que suas palestras sejam avaliadas por diferentes pessoas de cada vez. Comece com um grupo de amigos e depois peça a pessoas desconhecidas para fazer a avaliação. Aceite as críticas de bom grado e se esforce para melhorar.
Ao avaliar a qualidade das palestras, pode-se dar notas separadamente para as etapas de introdução, desenvolvimento, conclusões e desempenho geral (vide exemplo de avaliação de exposição doutrinária apresentada pelo CRE-MG no final deste texto):

1. INTRODUÇÃO
1.1. Atrai atenção? O tema é importante ou interessante?
1.2. Os objetivos e a idéia principal são definidos? Os objetivos são apropriados para a audiência?

2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Organiza bem o material (tempo, desenvolvimento, transições, padronização)?
2.2. O conteúdo é bom, claro e objetivo? Boa escolha e uso de explanações e informações que suportam as conclusões?
2.3. Motiva a audiência? Cria interesse?

3. CONCLUSÕES
3.1. Forte, definida, efetiva?
3.2. As informações ou dados fornecidos permitem chegar a estas conclusões?

4. DESEMPENHO GERAL
4.1. Presença, energia? Aparência? Postura? Entusiasmo? Objetividade? Pose? Expressões faciais?
4.2. Contato visual?
4.3. Qualidade da voz, volume, tom e variações?
4.4. Fluência? O nível gramatical está bom e sem erros? O estilo oral está claro, interessante e conciso?
4.5. Velocidade da apresentação?
4.6. Eficiência global na comunicação?

6. CORREÇÃO OU APRIMORAMENTO
Nesta etapa, o palestrista já detectou desvios e atuará no sentido de fazer correções definitivas, de tal modo que o problema nunca volte a ocorrer. Se o planejamento deu certo, padronize. Continue se esforçando para obter padrões cada vez melhores.

7. CONCLUSÕES
Espera-se que o uso das técnicas e informações contidas no presente trabalho possa realmente auxiliar todas as pessoas interessadas em melhorar a qualidade de suas palestras. Essa orientação técnica deve servir de estímulo para começar a dar palestras de maneira mais correta ou para continuar aprimorando a qualidade de suas palestras. O conhecimento e a aplicação de técnicas de aprendizagem, aliados a um bom planejamento e treinamento, podem muito bem compensar nossas dificuldades naturais. O autor ficará agradecido ao receber quaisquer sugestões e críticas que venham enriquecer este trabalho.

8. BIBLIOGRAFIA

CAMPOS, V. F. TQC Controle da qualidade total (no estilo japonês). Fundação
Chistiano Ottoni, Belo Horizonte, 1992a. 229 p.
CAMPOS, V. F. TQC Gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia.
Fundação Chistiano Ottoni, Belo Horizonte, 1992b. 278 p.
CENTRO ESPÍRITA PAZ E AMOR. Apostila. Departamento de Divulgação
Doutrinária. Belo Horizonte, 1998.
FELDER, R.M. & BRENT, R. Effective teaching: a workshop. Universidade
Federal de Viçosa, Viçosa, 1997. 175 p.
LEITE, T. A. Auxílios visuais. Boletim de extensão, 30. Universidade Federal de
Viçosa, Viçosa, 1982. 37 p.
REEDER, R. How to give better technical talks. American Society of Agricultural
Engineers. Ohio State University, Columbus, Ohio, 1991.
SINÍCIO, R. Notas de aula. University of Manitoba, Canadá, 1991/1994.

EXEMPLO DE AVALIAÇÃO

AVALIAÇÃO PRÁTICA DE EXPOSIÇÃO DOUTRINÁRIA (CRE-MG)[1]

1. QUANTO AO PREPARO
1.1. Foi estruturada com Introdução, Desenvolvimento e Conclusão (Síntese)? Sim ( ) Não ( )
1.2.A Introdução foi adequada (tempo certo, despertou interesse, etc.) Sim ( ) Não ( )
1.3. O Desenvolvimento ressaltou o enfoque escolhido para o tema Sim ( ) Não ( )
1.4. A conclusão enfatizou a mensagem principal? Sim ( ) Não ( )
1.5. Evidenciou consulta a Obras Básicas da Literatura Espírita? Sim ( ) Não ( )
1.6. Evidenciou consulta a Obras Complementares da Literatura Espírita? Sim ( ) Não ( )
1.7. Foi planejada a utilização de Recursos Visuais? Sim ( ) Não ( )
1.8. O tema foi pesquisado adequadamente? Sim ( ) Não ( )
1.9. O conteúdo foi dosado para o tempo previsto de exposição? Sim ( ) Não ( )
1.10. A abordagem pretendida estava dentro da capacidade do expositor? Sim ( ) Não ( )

2. QUANTO À EXECUÇÃO
2.1. O expositor apresentou-se tranqüilo e confiante? Sim ( ) Não ( )
2.2. Evitou comentários sobre deficiências ou experiências pessoais? Sim ( ) Não ( )
2.3. O volume de sua voz obedeceu às necessidades do ambiente? Sim ( ) Não ( )
2.4. Evitou termos de gíria e “bengalas” como né, tá, certo, bem, etc.? Sim ( ) Não ( )
2.5. Utilizou linguagem simples e clara? Sim ( ) Não ( )
2.6. Demonstrou conhecimento do assunto que abordou? Sim ( ) Não ( )
2.7. Foi natural durante a exposição? Evitou gestos que distraem a platéia? Sim ( ) Não ( )
2.8. Utilizou bem o (s) recurso (s) visual (ais) escolhido (s)? Sim ( ) Não ( )
2.9. Utilizou bem o tempo, conduzindo adequadamente as fases da exposição? Sim ( ) Não ( )
2.10. Falou com convicção? Com entusiasmo? Deu importância ao que disse? Sim ( ) Não ( )

3. QUANTO AO CONTEÚDO
3.1. Procurou transmitir uma mensagem positiva e proveitosa? Sim ( ) Não ( )
3.2. A abordagem (superficial, profunda, etc.) foi compatível com a platéia? Sim ( ) Não ( )
3.3. Foi coerente e de acordo com os postulados básicos da Doutrina? Sim ( ) Não ( )
3.4. Evitou pensamentos e teorias de cunho pessoal do expositor? Sim ( ) Não ( )
3.5. Evitou desrespeito à outras religiões e interpretações do assunto? Sim ( ) Não ( )
[1]ATRIBUA NOTA DE ZERO A DEZ À EXPOSIÇÃO OBSERVADA POR ESTES CRITÉRIOS

terça-feira, 11 de novembro de 2008

QUE FAZER QUANDO SE DESEJA COMETER O SUICÍDIO

1) BUSCAR AJUDA PROFISSIONAL RECOMENDA-SE BUSCAR, PRIMEIRAMENTE, A AJUDA DE PSICÓLOGO, PSIQUIATRA OU TERAPEUTA, PARA ATENDIMENTO EMERGENCIAL. 2) ORAR E CONFIAR EM DEUS “ESPERA PELO AMANHÃ, QUANDO O TEU DIA SE TE APRESENTE SOMBRIO E APAVORANTE. SE TE PARECEM INSUPORTÁVEIS ÀS DORES, LEMBRA-TE DE JESUS, ORA, AGUARDA E CONFIA” (JOANNA DE ANGELIS). ABRA O CORAÇÃO A DEUS, A JESUS E AOS PROTETORES ESPIRITUAIS, PEDINDO CALMA PARA ACEITAR O PASSADO, SABEDORIA PARA TOMAR AS DECISÕES CORRETAS E FORÇA PARA MUDAR O QUE PODE E DEVE SER MUDADO. AS PALAVRAS DE JESUS “PEDI E OBTEREIS” DEMONSTRAM O IMENSO PODER QUE DEUS NOS CONCEDEU. PORISSO DEVEMOS MEDITAR NO VERDADEIRO MOTIVO DE NOSSOS PEDIDOS, ISTO É, SE O QUE PEDIMOS É REALMENTE NECESSÁRIO PARA AJUDAR NOSSO CRESCIMENTO ESPIRITUAL, OU SE É DEVIDO AO NOSSO EGOÍSMO, ORGULHO OU FALTA DE FÉ. 3) PROCURAR ESCLARECIMENTO ESPIRITUAL É NECESSÁRIO BUSCAR (PARALELAMENTE À AJUDA PROFISSIONAL E ORAÇÕES), ESCLARECIMENTO ESPIRITUAL A RESPEITO DAS CONSEQÜÊNCIAS DO SUICÍDIO. A DOUTRINA ESPÍRITA, POR EXEMPLO, NOS OFERECE ESSE ESCLARECIMENTO, ALÉM DE CONSOLO, PASSES ESPIRITUAIS, ÁGUA FLUIDIFICADA E TRATAMENTO ESPIRITUAL. A DOUTRINA ESPÍRITA É O CONJUNTO DE PRINCÍPIOS E LEIS, REVELADOS PELOS ESPÍRITOS SUPERIORES, CONTIDOS NAS OBRAS DE ALLAN KARDEC, QUE CONSTITUEM A CODIFICAÇÃO ESPÍRITA. A DOUTRINA ESPÍRITA TEM OS SEGUINTES MANDAMENTOS: I. AMAI-VOS; II. INSTRUÍ-VOS. KARDEC NOS DIZ QUE O VERDADEIRO ESPÍRITA É RECONHECIDO PELA SUA TRANSFORMAÇÃO MORAL E PELOS ESFORÇOS QUE FAZ PARA DOMINAR SUAS MÁS INCLINAÇÕES. ALLAN KARDEC NO LIVRO O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, DIZ QUE “A CALMA E A RESIGNAÇÃO ADQUIRIDAS NA MANEIRA DE ENCARAR A VIDA TERRENA, E A FÉ NO FUTURO, DÃO AO ESPÍRITO UMA SERENIDADE QUE É O MELHOR PRESERVATIVO DA LOUCURA E DO SUICÍDIO”. 4) MEDITAR SOBRE OS REAIS MOTIVOS DO DESEJO DE SUICIDAR-SE DEVEMOS MEDITAR SOBRE QUAIS SÃO OS REAIS MOTIVOS DE NOSSO INTERESSE PELO SUICÍDIO PARA QUE POSSAMOS COMBATER O MAL PELA RAIZ. A NOSSA SAÚDE FÍSICA, SEXUAL, EMOCIONAL, MENTAL E ESPIRITUAL DEPENDE DA VIVÊNCIA ADEQUADA, EQUILIBRADA E SADIA DESSES ASPECTOS DE NOSSO SER. A SAÚDE FÍSICA DEPENDE, PRINCIPALMENTE, DA PRÁTICA DE HÁBITOS ALIMENTARES SADIOS, EXERCÍCIOS FÍSICOS E REPOUSOS REGULARES, CONTATO COM A NATUREZA E LAZER ADEQUADO. A ATIVIDADE SEXUAL SADIA E EQUILIBRADA, QUANDO PRATICADA POR ADULTOS QUE SE AMAM, TAMBÉM CONTRIBUI PARA A SAÚDE DE MODO GERAL. CASO ESTA ATIVIDADE NÃO ESTEJA SENDO PRATICADA, DEVE-SE SUBLIMAR OU CANALIZAR A ENERGIA SEXUAL (E NÃO REPRIMI-LA) PARA OUTRAS ATIVIDADES TAIS COMO A ARTE, ESPORTE E TRABALHO VOLUNTÁRIO. A SAÚDE EMOCIONAL DEPENDE DE NOSSO ESFORÇO PARA SEMPRE ESTARMOS ENVOLVIDOS DE SENTIMENTOS DE AMOR, ALEGRIA, HARMONIA, PAZ E COMPREENSÃO. A SAÚDE MENTAL DEPENDE DE NOSSO ESFORÇO PARA SEMPRE ESTARMOS SINTONIZADOS A PENSAMENTOS POSITIVOS, CONSTRUTIVOS, ÉTICOS, DE SABEDORIA, BONDADE, GRATIDÃO, HUMILDADE E JUSTIÇA. A SAÚDE ESPIRITUAL DEPENDE, PRINCIPALMENTE, DE NOSSO ESFORÇO PARA FORTALECER A FÉ, EVOLUIR MORALMENTE E PRATICAR O BEM. FINALMENTE, É MUITO IMPORTANTE NÃO COLOCARMOS NOSSA FELICIDADE NA DEPENDÊNCIA DE ALGO QUE ESTEJA FORA DE NOSSO CONTROLE PORQUE PODEREMOS NOS DESILUDIR E FICAR PROFUNDAMENTE INFELIZES. 5) ENCONTRAR MOTIVOS PARA EXISTIR: UM PROJETO DE VIDA CONSIDERANDO QUE O ACASO NÃO EXISTE, É NECESSÁRIO TOMAR CONSCIÊNCIA DOS MOTIVOS DE NOSSA EXISTÊNCIA: SE ELA NÃO FÔSSE NECESSÁRIA, CERTAMENTE NÃO EXISTIRÍAMOS. SENDO ASSIM, DEVEMOS MEDITAR SOBRE QUAL DEVE SER O PLANO DE DEUS PARA NOSSA EXISTÊNCIA. O PROJETO DE VIDA É UM PLANEJAMENTO CONSCIENTE DAQUILO QUE QUEREMOS TER OU SER DURANTE NOSSA EXISTÊNCIA. ESSE PROJETO FACILITA ATINGIR NOSSOS OBJETIVOS PORQUE TUDO FICA DEVIDAMENTE PLANEJADO COM ANTECEDÊNCIA. NO PROJETO DE VIDA DEVEM SE ESTABELECER OS OBJETIVOS A SEREM ATINGIDOS: PESSOAIS (FÍSICOS, EMOCIONAIS, INTELECTUAIS E ESPIRITUAIS), FAMILIARES, SOCIAIS, FINANCEIROS, PROFISSIONAIS, CULTURAIS E ECOLÓGICOS. DEVEMOS MEDITAR MUITO SOBRE QUE TRABALHO A HUMANIDADE QUER DE NÓS NO PRESENTE E NO FUTURO. TODOS NÓS FIZEMOS, ANTES DE RETORNAR À VIDA CORPÓREA, UM PLANEJAMENTO DE NOSSA VIDA. PORTANTO, OS OBJETIVOS ESTABELECIDOS NO PROJETO DE VIDA DEVERÃO ESTAR SINTONIZADOS COM OS PROPÓSITOS ESPIRITUAIS ESTABELECIDOS. PORISSO É MUITO IMPORTANTE ORARMOS PARA ESCOLHER OBJETIVOS CORRETOS E OBTER FORÇA MORAL, BOAS IDÉIAS, PACIÊNCIA, RESIGNAÇÃO E PROTEÇÃO ESPIRITUAL, TANTO PARA ELABORARMOS COMO PARA REALIZARMOS NOSSO PROJETO DE VIDA. A MATERIALIZAÇÃO DOS OBJETIVOS DEPENDERÁ DE NOSSA FORÇA MENTAL, FORÇA DE VONTADE E DO TRABALHO CONSCIENTE, DIRECIONADO PARA AQUELA FINALIDADE. O DESEJO SINCERO DE CONSEGUIR UMA REFORMA MORAL OU DE ATINGIR DETERMINADO OBJETIVO TEM UMA FORÇA MUITO GRANDE SE ESSE SENTIMENTO FOR MOTIVADO POR EMOÇÕES TAIS COMO A VERGONHA, A RAIVA, O MEDO, O AMOR, A DOR, A ESPERANÇA, A CONSCIÊNCIA, A ALEGRIA, A TRISTEZA. PODEMOS BUSCAR CORAGEM PARA MUDAR NA NOSSA ALMA, NA FAMÍLIA, NA IRA, NO ULTRAJE MORAL E NA PAIXÃO. 6) ESFORÇAR-SE PARA ALCANÇAR A FELICIDADE DEUS QUER QUE SEJAMOS FELIZES E BEM SUCEDIDOS. POR ISSO ELE NOS DEU A LIBERDADE DE ESCOLHER E O PODER PARA CONSEGUIR TUDO AQUILO QUE DESEJAMOS. PORÉM, É NECESSÁRIO CONHECER SUAS LEIS PARA NÃO FAZERMOS ESCOLHAS ERRADAS. A COMPREENSÃO, ACEITAÇÃO E RESPEITO ÀS SUAS LEIS NOS CONDUZ À PAZ E FELICIDADE. O DESRESPEITO ÀS SUAS LEIS NOS CAUSA DOR E SOFRIMENTO. NÓS ESTAMOS NA TERRA, ISTO É, NESTA ESCOLA DE VIDA PARA SERMOS FELIZES E PARA DARMOS CONTINUIDADE À NOSSA EVOLUÇÃO ESPIRITUAL. A FELICIDADE É UM ESTADO DE CONSCIÊNCIA (CONDIÇÃO DE SER) QUE DEPENDE DAQUILO QUE FAZEMOS NESTA EXISTÊNCIA E TAMBÉM DAQUILO QUE FIZEMOS NAS OUTRAS VIVÊNCIAS CORPÓREAS. NOSSA FELICIDADE DEPENDE DA QUANTIDADE E DA QUALIDADE DOS ESFORÇOS QUE FAZEMOS PARA MERECER TAL CONDIÇÃO. A LIÇÃO MAIS IMPORTANTE QUE NECESSITAMOS APRENDER NA TERRA É A VIVÊNCIA DO AMOR E DA CARIDADE, ÚNICO CAMINHO DA FELICIDADE. JESUS DISSE: “EU VOS DOU UM NOVO MANDAMENTO: AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI”. (JOÃO, 13: 34). ASSIM, QUANTO MAIS AMARMOS E FIZERMOS OUTRAS PESSOAS FELIZES, MAIOR SERÁ NOSSA FELICIDADE FUTURA. SEREMOS CADA VEZ MAIS FELIZES À MEDIDA QUE A QUANTIDADE E QUALIDADE DAS COISAS BOAS QUE FIZERMOS SUPERAREM AS RUINS. AS COISAS QUE FAZEMOS INCLUEM NOSSOS PENSAMENTOS, SENTIMENTOS E ATOS. NOSSA FELICIDADE FUTURA DEPENDE DE NOSSA LIVRE ESCOLHA PARA PRATICAR O BEM NO PRESENTE. NOSSA INFELICIDADE PRESENTE É RESULTANTE DE NOSSAS ESCOLHAS ERRADAS NESTA OU NOUTRAS EXISTÊNCIAS CORPÓREAS.
MOTIVOS PARA NÃO COMETER O SUICÍDIO
1) O SER HUMANO NÃO TEM O DIREITO DE SE MATAR UM SER HUMANO NUNCA DEVERIA DESEJAR A PRÓPRIA MORTE E MUITO MENOS TENTAR O SUICÍDIO. “O HOMEM NÃO TEM O DIREITO DE DISPOR DA PRÓPRIA VIDA. SOMENTE A DEUS ASSISTE ESTE DIREITO. O SUICÍDIO VOLUNTÁRIO IMPORTA NUMA TRANSGRESSÃO DESSA LEI” (ALLAN KARDEC, O LIVRO DOS ESPÍRITOS). O SUICÍDIO INCONSCIENTE CAUSADO POR ATITUDES EQUIVOCADAS (FÍSICAS, MENTAIS E EMOCIONAIS), IMPORTA, IGUALMENTE, NUMA TRANSGRESSÃO DESSA LEI. A DOUTRINA ESPÍRITA NOS ALERTA SOBRE AS GRAVÍSSIMAS CONSEQÜÊNCIAS DO SUICÍDIO NA DIMENSÃO ESPIRITUAL E NAS VIDAS SUCESSIVAS, AUXILIANDO-NOS A REPELIR SUGESTÕES INFELIZES, TÃO LOGO SE APRESENTEM EM NOSSA MENTE. OFERECE-NOS, AINDA, DEPOIMENTOS MEDIÚNICOS DOS PRÓPRIOS SUICIDAS, QUE NOS ATESTAM A GRANDE FRUSTRAÇÃO PELA QUAL PASSARAM AO SE DEFRONTAREM, NO ALÉM, COM UMA REALIDADE MUITO MAIS TERRÍVEL DO QUE AQUELA QUE VIVENCIAVAM NA TERRA, JUSTAMENTE POR TEREM COMETIDO O GRANDE ENGANO DE JULGAR QUE, AO DAREM FIM ÀS SUAS VIDAS CARNAIS, ESTARIAM, TAMBÉM, ELIMINANDO A ESSÊNCIA DIVINA IMORTAL QUE SOMOS TODOS NÓS. “AS CONSEQÜÊNCIAS DO SUICÍDIO SÃO AS MAIS DIVERSAS. NÃO HÁ PENALIDADES FIXADAS E EM TODOS OS CASOS ELAS SÃO SEMPRE RELATIVAS ÀS CAUSAS QUE O PRODUZIRAM. MAS UMA CONSEQÜÊNCIA A QUE O SUICIDA NÃO PODE ESCAPAR É O DESAPONTAMENTO. DE RESTO, A SORTE NÃO É A MESMA PARA TODOS, DEPENDENDO DAS CIRCUNSTÂNCIAS. ALGUNS EXPIAM SUA FALTA IMEDIATAMENTE, OUTROS NUMA NOVA EXISTÊNCIA, QUE SERÁ PIOR DO QUE AQUELA CUJO CURSO INTERROMPERAM.” (ALLAN KARDEC, O LIVRO DOS ESPÍRITOS). O SUICIDA, EM NENHUM CASO, FICA ISENTO DAS CONSEQÜÊNCIAS DA SUA FALTA DE CORAGEM E, CEDO OU TARDE, SOFRERÁ AS CONSEQÜÊNCIAS, DE UM MODO OU DE OUTRO, A CULPA EM QUE INCORREU. CONSIDERAM-SE MOTIVADORES DO SUICÍDIO AS SITUAÇÕES DIFÍCEIS PELAS QUAIS PASSAMOS TAIS QUAIS: O DESGOSTO PELA VIDA; DORES E SOFRIMENTO; DIFICULDADE NA ACEITAÇÃO DE SI MESMO; PROCESSOS DEPRESSIVOS; RECUSA NA ACEITAÇÃO DE FATOS NATURAIS DA VIDA TAIS COMO DECEPÇÕES, DESEMPREGO, PERDA DE ENTES QUERIDOS, FRACASSOS PROFISSIONAIS, DIFICULDADES FINANCEIRAS, DOENÇAS, MUTILAÇÕES, INFORTÚNIOS E AFEIÇÕES CONTRARIADAS; INDUÇÃO DE TERCEIROS, ENCARNADOS E DESENCARNADOS. AS CAUSAS REAIS DO SUICÍDIO, ENTRETANTO, POR CAUSA DA FROUXIDÃO MORAL QUE PRODUZEM NO SER HUMANO, SÃO: FALTA DE FÉ, EGOÍSMO, INCREDULIDADE, DÚVIDAS QUANTO AO FUTURO, MATERIALISMO, SACIEDADE, VAIDADE, PRESUNÇÃO, IMPULSIVIDADE, ÓDIO, PREGUIÇA, ORGULHO FERIDO E IGNORÂNCIA DAS LEIS DIVINAS. O SUICÍDIO NÃO É UMA FALTA, SOMENTE POR CONSTITUIR INFRAÇÃO DE UMA LEI MORAL, COISA SEM IMPORTÂNCIA PARA MUITA GENTE, MAS TAMBÉM UM ATO INSANO QUE NÃO TRAZ NENHUMA VANTAGEM PARA QUEM O PRATICA, MAS QUE, AO CONTRÁRIO DISSO, TRAZ INÚMERAS DESVANTAGENS. A RELIGIÃO, A MORAL, TODAS AS FILOSOFIAS CONDENAM O SUICÍDIO COMO CONTRÁRIO ÀS LEIS DA NATUREZA. TODAS NOS DIZEM, EM PRINCÍPIO, QUE NINGUÉM TEM O DIREITO DE ABREVIAR VOLUNTARIAMENTE A VIDA DO CORPO FÍSICO. EXISTEM MUITAS RAZÕES PARA NÃO COMETER O SUICÍDIO, FUNDAMENTADAS NA LÓGICA, NO BOM SENSO E NAS LEIS DIVINAS. 2) PELO SUICÍDIO NÃO MATAMOS NOSSA CONSCIÊNCIA E O ESPÍRITO NUNCA MORRE O ESPÍRITO NÃO MORRE COM A MORTE DO CORPO FÍSICO E O NADA NÃO EXISTE. PORTANTO, NÃO É POSSÍVEL SIMPLESMENTE APAGAR NOSSA CONSCIÊNCIA. O PRIMEIRO TRAUMA QUE O SUICIDA SOFRE NO MUNDO ESPIRITUAL É O DESAPONTAMENTO DE SABER QUE CONTINUA A EXISTIR MESMO APÓS HAVER MATADO O CORPO FÍSICO; O SUICIDA FICA COM A ILUSÃO, DURANTE MAIS OU MENOS TEMPO, DE QUE FOI ENTERRADO VIVO. A ANGÚSTIA E O DESESPERO PERSISTEM NA CONSCIÊNCIA DO SUICIDA DE MODO AINDA MAIS INTENSO. NÓS, ENQUANTO VIVENDO NUM CORPO FÍSICO, ESTAMOS FORTEMENTE PRESOS À MATÉRIA POR MEIO DE PODEROSAS ENERGIAS OU LAÇOS FLUÍDICOS. PELO SUICÍDIO NÃO DESTRUÍMOS O ESPÍRITO E A CONSCIÊNCIA QUE PERMANECEM PRESOS NO CORPO FÍSICO, ISTO É, NA DIMENSÃO MATERIAL. CONSEQUENTEMENTE, AQUELE QUE COMETE O SUICÍDIO, PERMANECERÁ DETERMINADO PERÍODO JUNTO AO CORPO FÍSICO, CONSCIENTE DOS PROCESSOS NATURAIS DE SUA DECOMPOSIÇÃO, DONDE LHE RESULTA UMA SENSAÇÃO CHEIA DE ANGÚSTIAS E DE HORROR, PODENDO SENTIR SUFOCAÇÃO, FRIO E PRESENÇA DE VERMES, ALÉM DE REVER CENAS HORRÍVEIS DO MOMENTO DO SUICÍDIO. O TEMPO NO QUAL O SER VIVERÁ ESTE INFERNO PODERÁ DURAR O TEMPO QUE DEVIA DURAR A VIDA QUE SOFREU INTERRUPÇÃO, ATÉ QUE O ENFRAQUECIMENTO DAS ENERGIAS VITAIS PERMITA QUE O ESPÍRITO SE AFASTE DOS SEUS RESTOS MORTAIS. DEPOIS QUE O ESPÍRITO SE LIBERTA DO CORPO FÍSICO, ELE PODERÁ SER ATRAÍDO A DIMENSÕES ESPIRITUAIS TENEBROSAS ONDE LÁ PERMANECEM SERES QUE COMETERAM ATOS SEMELHANTES. NESTAS DIMENSÕES, “O SUICIDA PODERÁ PASSAR PELAS SEGUINTES SITUAÇÕES: VISÃO CONSTANTE DAS CENAS DO SUICÍDIO, SEU E DE OUTREM; RECORDAÇÃO, AFLITIVA, DOS FAMILIARES, DO LAR DISTANTE, DOLOROSAMENTE PERDIDOS NA INSÂNIA; SAUDADE DA VIDA QUE O PRÓPRIO SUICIDA NÃO SOUBE VALORIZAR, POR LHE HAVER FALTADO MAIS CONFIANÇA NA AJUDA DE DEUS, QUE TEM SEMPRE O MOMENTO ADEQUADO PARA CHEGAR...; OUTRAS VEZES, SOLIDÃO, TREVAS, PESADELOS HORRENDOS, COM A SENSAÇÃO, DA PARTE DO INFELIZ, DE QUE SE ENCONTRA NUM DESERTO, ONDE OS GRITOS E GEMIDOS TÊM RESSONÂNCIAS TÉTRICAS; OS MAIS VARIADOS EFEITOS PSICOLÓGICOS E AS MAIS DIVERSAS REPERCUSSÕES MORAIS TORNAM A PRESENÇA DO SUICIDA, NO MUNDO ESPIRITUAL, UM AUTÊNTICO INFERNO, ONDE ESTAGIARÁ NÃO SABEMOS QUANTO TEMPO, TUDO DEPENDENDO DE UMA SÉRIE DE FATORES QUE NÃO TEMOS CONDIÇÕES PARA APROFUNDAR, EIS QUE INERENTES À PRÓPRIA LEI DE JUSTIÇA; ATAQUES DE ENTIDADES CRUÉIS; ACUSAÇÕES E BLASFÊMIAS; SEVÍCIAS E SINISTRAS GARGALHADAS POVOAM A LONGA NOITE DOS QUE NÃO TIVERAM CORAGEM PARA ENFRENTAR O TÉDIO, A CALÚNIA, O DESAMOR, A DESVENTURA...” (EXTRAÍDOS DAS OBRAS ESPÍRITAS “O PENSAMENTO DE EMMANUEL”, AUTORIA DE MARTINS PERALVA, 2ª ED. FEB, E “O CONSOLADOR”, AUTORIA ESPIRITUAL DE EMMANUEL E PSICOGRAFADO POR FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER). 3) O SUICÍDIO ALÉM DE NÃO RESOLVER NOSSOS PROBLEMAS AGRAVA-OS AINDA MAIS PELO SUICÍDIO NÃO DESTRUÍMOS A CAUSA MAIOR DE NOSSAS DORES E SOFRIMENTO, QUE ESTÁ NO ESPÍRITO, MAS AGRAVAMOS DE MANEIRA BRUTAL A NOSSA SITUAÇÃO. OS PROBLEMAS QUE SE NOS APRESENTAM NA VIDA SÃO LIÇÕES QUE AINDA TEMOS QUE APRENDER. A NÃO ACEITAÇÃO DESTE FATO NÃO ELIMINA A NECESSIDADE CONTINUAR ESFORÇANDO PARA ENCONTRAR O CAMINHO DE SUA SOLUÇÃO, SEJA NESTA SEJA EM FUTURAS EXISTÊNCIAS. MUITAS VEZES TEIMAMOS EM NÃO ENFRENTAR OS PROBLEMAS LOGO QUE ELES APARECEM E POR CAUSA DISTO SOFREMOS POR ANTECIPAÇÃO DESNECESSARIAMENTE. CASO NÃO TENHAMOS FORÇA, CORAGEM, FÉ, CAPACIDADE OU CONHECIMENTO SUFICIENTES, BUSQUEMOS A AJUDA DE PARENTES, AMIGOS, PROFESSORES, RELIGIOSOS OU PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS. NA REALIDADE, DEUS NUNCA COLOCA EM NOSSAS COSTAS UMA CARGA ACIMA DE NOSSAS FORÇAS. ACONTECE QUE, MUITAS VEZES, NOSSA FÉ É TÃO PEQUENA QUE PERDEMOS AS ESPERANÇAS DE UM FUTURO MELHOR. 4) SOMOS RESPONSÁVEIS POR TUDO O QUE FAZEMOS A LEI DE CAUSA E EFEITO É O MESMO QUE “AÇÃO E REAÇÃO”, SIGNIFICANDO QUE A TODA AÇÃO CORRESPONDE UMA REAÇÃO IGUAL E CONTRÁRIA. É UM MECANISMO DE JUSTIÇA DAS LEIS DE DEUS QUE FAZ COM QUE TODOS NÓS RECEBAMOS AS CONSEQÜÊNCIAS NATURAIS DE NOSSOS ATOS. TEMOS A LIVRE ESCOLHA PARA AGIR, MAS RESPONDEMOS PELAS CONSEQÜÊNCIAS DE NOSSOS ATOS. O QUE FAZEMOS DE MAL E DE BEM RETORNARÁ PARA NÓS NESSA MESMA VIDA OU EM EXISTÊNCIAS POSTERIORES. A VIDA FUTURA NOS RESERVA PENAS E GOZOS COMPATÍVEIS COM O PROCEDIMENTO DE RESPEITO OU NÃO À LEI DE DEUS. JOANNA DE ANGELIS NO LIVRO APÓS A TEMPESTADE, NOS FALA DAS CONSEQÜÊNCIAS DO SUICÍDIO: “AQUELES QUE ESFACELAM O CRÂNIO, REENCARNAM COM A IDIOTIA, SURDEZ-MUDEZ, CONFORME A PARTE DO CÉREBRO AFETADA; OS QUE TENTARAM O ENFORCAMENTO REAPARECEM, COM OS PROCESSOS DA PARAPLEGIA INFANTIL; OS AFOGADOS COM ENFISEMA PULMONAR; TIROS NO CORAÇÃO, CARDIOPATIAS CONGÊNITAS IRREVERSÍVEIS; OS QUE SE UTILIZAM TÓXICOS E VENENOS REAPARECEM SOB O TORMENTO DAS DEFORMAÇÕES CONGÊNITAS, ÚLCERAS GÁSTRICAS E CÂNCERES.” TODOS PODEM ERRAR PORQUE NINGUÉM É PERFEITO. PORÉM, PERSISTIR NO ERRO É ESTUPIDEZ. NÃO É POSSÍVEL VOLTAR AO PASSADO E DESFAZER AS COISAS ERRADAS QUE FIZEMOS. PORTANTO, RESTA-NOS COMO ALTERNATIVA, O ARREPENDIMENTO SINCERO, A REFORMA ÍNTIMA E O ESFORÇO DIRIGIDO PARA COMPENSAR O MAL QUE FIZEMOS, COM A PRÁTICA DO BEM. É IMPORTANTE LEMBRAR QUE O SUICIDA, ALÉM DO GRAVE PREJUÍZO QUE DIRETAMENTE TRAZ PARA SI MESMO, PROVOCA UMA SÉRIE DE PREJUÍZOS À FAMÍLIA E À SOCIEDADE, PELOS QUAIS TAMBÉM SERÁ RESPONSABILIZADO PERANTE AS LEIS DIVINAS. O SOFRIMENTO E A VERGONHA QUE CAUSARÁ NOS ENTES QUERIDOS E NOS AMIGOS, O MAU EXEMPLO QUE DEIXARÁ PARA OUTRAS PESSOAS, O BEM QUE DEIXARÁ DE PROMOVER DEVIDO A SUA AUSÊNCIA E O ABANDONO DE SUA MISSÃO NA TERRA, SÃO EXEMPLOS DE COMPROMISSOS ASSUMIDOS PERANTE A PRÓPRIA CONSCIÊNCIA, QUE DEVERÃO SER RESSARCIDOS, OBRIGATORIAMENTE, EM FUTURAS VIVÊNCIAS. 5) POR QUE SATISFAZER A VONTADE DE NOSSOS INIMIGOS COMETENDO O SUICÍDIO? NOSSOS INIMIGOS FICARÃO MUITO FELIZES AO PERCEBER O TAMANHO DA DESGRAÇA QUE IREMOS ENFRENTAR AO COMETER O SUICÍDIO. A VERDADE É QUE, PROVAVELMENTE, MUITOS DESSES INIMIGOS, VISÍVEIS OU INVISÍVEIS, NOS AJUDAM A FORTALECER ESTE TIPO DE IDÉIA DEVIDO A NOSSA POBRE VIGILÂNCIA MENTAL. NÃO FOI SEM MOTIVO QUE JESUS DISSE “VIGIAI E ORAI”. O PROCESSO DE CRIAÇÃO DE TUDO NA VIDA SE INICIA NA FASE MENTAL. UMA VEZ QUE DETERMINADO PENSAMENTO PERMANECE EM NOSSA MENTE, ESTABELECEM-SE CORRENTES FLUÍDICAS QUE GERARÃO A VONTADE. ESTA POR SUA VEZ, ORIGINARÁ NOSSAS ATITUDES E COMPORTAMENTOS. ESTES, CONSEQUENTEMENTE, ORIGINARÃO HÁBITOS QUE PODERÃO INFLUENCIAR NOSSO CARÁTER, QUE, POR SUA VEZ, DEFINIRÁ NOSSO DESTINO, OU SEJA, FELICIDADE OU INFELICIDADE, DEPENDENDO DO PENSAMENTO ORIGINAL. NOSSO FUTURO DEPENDE, PORTANTO, DO TIPO DE PENSAMENTO QUE CULTIVAMOS NO PRESENTE, ASSIM COMO SOMOS, NO PRESENTE, UM REFLEXO DAQUILO QUE PENSAMOS NO PASSADO. 6) O SUICÍDIO NÃO RESOLVE O PROBLEMA DA NÃO ACEITAÇÃO DE SI MESMO NÃO ACEITAR-SE É UM ATO DE REVOLTA CONTRA AS LEIS DE DEUS PORQUE NINGUÉM, ALÉM DE NÓS MESMOS, É RESPONSÁVEL POR TUDO AQUILO QUE SOMOS. EM ALGUMA DIMENSÃO DO ESPAÇO E DO TEMPO, NÓS FOMOS CRIADOS SIMPLES E IGNORANTES, DOTADOS DE INTELIGÊNCIA, LIVRE-ARBÍTRIO E CONSCIÊNCIA, CONDIÇÕES ESTAS QUE NOS DIFERENCIAM DO ANIMAL, QUE NÃO TEM CONSCIÊNCIA DE SI MESMO. A SITUAÇÃO DE SER E TER NO PRESENTE DEPENDE, EXCLUSIVAMENTE, DE NOSSAS ESCOLHAS FEITAS AO LONGO DE NOSSO CAMINHO EVOLUTIVO. POR ISSO, CADA UM DE NÓS É UM SER ÚNICO, ESPECIAL, DIFERENTE DOS OUTROS, COM TALENTOS, DEFEITOS E QUALIDADES PECULIARES. PORTANTO, NÃO HÁ LÓGICA EM COMPARARMOS-NOS A OUTROS SERES HUMANOS, PORQUE DEPENDENDO DESSA COMPARAÇÃO, PODEREMOS NOS COLOCAR ABAIXO OU ACIMA DOS OUTROS. EM QUALQUER DESSAS SITUAÇÕES O RESULTADO SERÁ RUIM PORQUE OU PODEREMOS ESTAR NOS CONSIDERANDO SERES SUPERIORES OU INFERIORES. É HUMANO E NATURAL NÃO ESTAR SATISFEITO COM A NOSSA SITUAÇÃO ATUAL, COM O FÍSICO QUE TEMOS, COM AS TENDÊNCIAS QUE POSSUÍMOS OU COM OS DEFEITOS QUE ADQUIRIMOS. É UM GRAVE ERRO, PORÉM, ACHAR QUE O SUICÍDIO VAI RESOLVER NOSSOS PROBLEMAS. O CORRETO É COMPREENDER-SE COMO SER HUMANO FALÍVEL, MAS QUE TEM O LIVRE-ARBÍTRIO PARA ARREPENDER-SE, CORRIGIR-SE E COMPENSAR OS ERROS COMETIDOS POR MEIO DA TRANSFORMAÇÃO INTERIOR E DA PRÁTICA DO BEM. A REFORMA ÍNTIMA É UM PROCESSO CONTÍNUO DE AUTO-ANÁLISE, DE CONHECIMENTO DE NOSSA INTIMIDADE ESPIRITUAL, QUE NOS LIBERTA DE NOSSAS IMPERFEIÇÕES E NOS PERMITE ATINGIR O DOMÍNIO DE NÓS MESMOS; É A RENOVAÇÃO DAS ESPERANÇAS INTERIORES, TENDO POR META O FORTALECIMENTO DA FÉ, A SOLIDIFICAÇÃO DO AMOR, A INCESSANTE BUSCA DO PERDÃO, O CULTIVO DOS PENSAMENTOS E SENTIMENTOS POSITIVOS E A FINALIZAÇÃO NO APERFEIÇOAMENTO DO SER. 7) PELO SUICÍDIO NÃO NOS JUNTAMOS AOS SERES QUERIDOS QUE PARTIRAM ANTES DE NÓS MUITO DIFERENTE DAQUILO QUE ESPERAMOS É O QUE ACONTECE NA REALIDADE AO SE COMETER O SUICÍDIO. EM LUGAR DE NOS JUNTARMOS ÀQUELES QUE ERAM OBJETO DE NOSSAS AFEIÇÕES, DELES NOS AFASTAMOS POR LONGO PERÍODO. AS LEIS DE DEUS NÃO SE ALTERAM POR CAUSA DE NOSSA COVARDIA, IGNORÂNCIA, REVOLTA OU TRISTEZA. O REENCONTRO COM SERES QUERIDOS, QUE PARTIRAM DO MUNDO MATERIAL ANTES DE NÓS, DEPENDERÁ DA CONDIÇÃO ESPIRITUAL DE CADA UM E DE NOSSO MERECIMENTO. O SUICÍDIO PROMOVE A SEPARAÇÃO DOS SERES QUE SE AMAM PORQUE A CONSCIÊNCIA DAQUELE QUE SE MATA PERMANECE PRESA AO MUNDO MATERIAL. SOMENTE APÓS A LIBERTAÇÃO DA CONSCIÊNCIA E DA RECUPERAÇÃO DO ESPÍRITO EM DIMENSÕES ESPIRITUAIS MAIS ELEVADAS É QUE PODEREMOS TER A CHANCE DO REENCONTRO COM OS ESPÍRITOS DESENCARNADOS QUE UMA VEZ FORAM NOSSOS PARENTES, AMIGOS OU AFETOS.
RECOMENDAÇÕES GERAIS
ESTUDAR SEMPRE; ACREDITAR NO AMOR; AGRADECER SEMPRE; CUIDAR DA AUTO-ESTIMA; APROVEITAR O PRESENTE PARA VIVÊ-LO INTENSAMENTE SEM DEIXAR DE PLANEJAR O FUTURO; CUIDAR DA SAÚDE FÍSICA, SEXUAL, EMOCIONAL, MENTAL E ESPIRITUAL; FAZER BOAS AMIZADES; SER OTIMISTA, PORÉM REALISTA; SER SIMPLES E HUMILDE; ELEGER UM MODELO DE VIDA (JESUS CRISTO); CUMPRIR COM O PRÓPRIO DEVER SEM SE PREOCUPAR COM O DEVER DOS OUTROS; NÃO TENTAR MUDAR AS PESSOAS; ESFORÇAR-SE CONSTANTEMENTE PARA EVOLUIR; CELEBRAR AS VITÓRIAS; ACEITAR PARA SER ACEITO; AJUDAR PARA SER AJUDADO; PERDOAR PARA SER PERDOADO; AMAR PARA SER AMADO; MEDITAR DIARIAMENTE PARA SE CONHECER MELHOR, OBSERVANDO O PROGRESSO MORAL REALIZADO E AINDA POR REALIZAR; MANTER-SE LONGE DAS DROGAS E DOS VÍCIOS; SER VOLUNTÁRIO DE TRABALHOS SOCIAIS; MANTER-SE CONSTANTEMENTE EM ESTADO DE VIGILÂNCIA E ORAÇÃO DE MODO QUE O CORAÇÃO E A MENTE ESTEJAM SEMPRE SINTONIZADOS NO BEM, NO AMOR E NA SABEDORIA; MANTER VIVA A FÉ E A ESPERANÇA: A FÉ RACIOCINADA, A ORAÇÃO E PRÁTICA DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SÃO OS ANTÍDOTOS MAIS PODEROSOS CONTRA O SUICÍDIO PORQUE NOS FORTALECE A ALMA, NOS TORNA HUMILDES E CARIDOSOS.
BIBLIOGRAFIA
KARDEC, A. O evangelho segundo o espiritismo. KARDEC, A. O livro dos espíritos.