Introdução
No livro “Os Segredos da Vida”, os
médicos Kubler-Ross e Kessler (2004), publicaram relatos e experiências de
pacientes terminais. Neste livro, as pessoas próximas da hora de sua morte, nos
ensinam valiosas lições para nos ajudar a descobrir quem realmente somos, que é
o amor e como devemos abrir caminho através da raiva, da culpa, das dores e do
medo para dar novo sentido à nossa existência e descobrir a felicidade. Algumas
das questões cruciais abordadas no livro são, por exemplo: Teremos outra vida
como esta? Quanto tempo ainda nos resta? Estamos vivendo o mais plenamente
possível? Temos questões inacabadas para resolver? Qual é o significado da
vida?
As lições ou segredos da vida
Os segredos da vida são as lições
ensinadas pelos pacientes terminais, adaptados neste texto, para a realidade da
vida espiritual, conforme seguem:
Lição do amor
- Aprender a amar a si mesmo (autoconhecimento,
autoperdão, autoaceitação, cuidar-se, fazer o que gosta, etc.);
- O amor que esperamos
encontrar nas outras pessoas já existe em nós;
- Não colocar condições (se,
quando, etc.) e expectativas para amar as pessoas. Infelizmente, a maioria de
nós aprendeu que seria amado se ...
ou quando ...;
- Amar pelo que somos (seres
espirituais) e não pelo que temos e fazemos (coisas temporárias);
- Amar os outros pelo que
realmente são e não pelo que desejamos que sejam;
- Estar presentes e dar atenção
àqueles que amamos;
- Sempre nos colocar no
lugar dos outros para tomar decisões corretas por causa da nossa intolerância,
orgulho, egoísmo, impaciência, rancor, etc.;
- Não podemos obrigar alguém a
nos amar, mas podemos parar de desperdiçar nosso tempo e energia com esse alguém;
- Praticar o amor
incondicional, isto é, amar sem esperar nada em troca.
|
Lição dos relacionamentos
- Os relacionamentos nos oferecem
grandes oportunidades de conhecer: quem somos; nossos medos, complexos,
culpas e desejos; de onde vem nosso poder; o significado do verdadeiro amor;
- Não perder a oportunidade de se
encontrar com alguém porque não podemos saber quando será o último dia em que
veremos esse alguém;
- Colocar coisas boas nos
relacionamentos as quais também gostaríamos de receber (cônjuge, amigos,
parentes, vizinhos, colegas, desconhecidos, etc.);
- Nada exigir dos outros nos
relacionamentos, mas sempre devemos oferecer alegria, amor, consolo, respeito,
sinceridade, segurança, solidariedade, amizade, gratificação, companheirismo,
aceitação, atenção, admiração, ajuda para solução de problemas, etc.;
- As pessoas “difíceis” com as
quais lidamos são os nossos maiores mestres;
- Viver livre e generosamente o
amor para se realizar nos relacionamentos;
- Se mudarmos a nós mesmos ou
melhora o relacionamento ou mudamos de relacionamento.
|
Lição da autenticidade
- Descobrir o eu autêntico (através
do autoconhecimento) e enxergar a autenticidade nos outros. Não esperemos a
hora da morte para fazer isso;
- Eliminar as máscaras e papéis
que assumimos, conscientemente ou não: fardo, falsidade, medo, interesse,
achar que o outro pode e deve resolver sozinho o próprio problema, desejo que
o outro seja fraco para se sentir forte, resolver problemas dos outros para
não pensar nos próprios;
- Tomar consciência das
atitudes nos papéis que desempenhamos (cônjuge, pai, mãe, patrão, pessoa boa,
etc.);
- Admitir a influência negativa
das máscaras e negatividades do ego em nossa mente para podermos realizar a
reforma íntima;
- Não ser reflexo do ambiente
ou das circunstâncias porque a essência divina que somos permanece a mesma em
qualquer circunstância;
- A vida tem a ver com o que
somos (essências divinas) e não com o que fazemos ou temos.
|
Lição da perda
- Acabamos perdendo tudo o que
temos, mas o que realmente importa
jamais pode ser perdido. Tudo é apenas empréstimo; resta-nos, entretanto,
saber aproveitar as oportunidades da vida;
- A vida continua após a morte
física e nunca perderemos a nossa individualidade, consciência, nossas
lembranças, nossos sentimentos, nossos pensamentos, nosso estágio evolutivo e
o resultado de nossas ações;
- Os estágios das nossas
reações às perdas são: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação (não
necessariamente nesta ordem);
- A perda é uma das lições mais
difíceis da vida (filhos, pais, irmãos, amores, coisas);
- “Não existe crescimento sem perda e não há perda sem crescimento.”
Exemplo, “É melhor perder um grande
amor do que nunca ter amado.”;
- As perdas nos ajudam a
descobrir o que é realmente essencial e aprender a valorizar o que temos (ou
o que nos resta) porque sempre podemos perder mais do que já perdemos;
- Tornamo-nos mais solidários
quando perdemos alguém querido;
- O medo ou incerteza de perder
é tão difícil quanto a perda (por exemplo, resultados de exames, pessoa
doente ou desaparecida, etc.);
- As coisas que possuímos não
têm um significado em si, mas o que é importante é o que elas representam e
isso é nosso para sempre.
|
Lição da paciência
- Quando estamos doentes ou
dependemos dos outros sempre temos que lidar com esta lição: “Nem sempre conseguimos o que queremos.”;
- Aprender saber esperar porque
nada conseguimos de positivo com a nossa impaciência;
- Acreditar que tudo vai dar certo, que
existe um planejamento desconhecido por nós, o qual é muito maior do que nós;
- “Não teremos nenhuma experiência de vida enquanto não estivermos
prontos para ela.” Tudo tem seu tempo. As coisas acontecem exatamente
como deviam acontecer. “Achamos que o
despertador nos acorda todas as manhãs, mas é Deus que decide nos despertar.”;
- Ser paciente não significa
que temos que ser vítimas, impotentes, tolerantes com abusos ou ficar
sofrendo em circunstâncias terríveis. Podemos ser pacientes e ao mesmo tempo
conservar o nosso poder. Nós sempre temos a livre escolha para aproveitar as
circunstâncias e o tempo para aprender coisas novas no lugar de lamentar,
esbravejar ou espernear;
- A fé com base na razão e lógica
nos ajuda muito a ter paciência para com todos e com tudo;
- Deus nos dá oportunidades de
descobrir quem somos, e sempre nos dá tudo que precisamos para aprender a ser
cada vez melhores seres humanos. O segredo consiste em confiar e ter
paciência.
|
Lição da entrega
- Aceitar e nos entregar à
realidade da vida nos momentos e circunstâncias em que nada podemos fazer
além de orar e confiar. Assim encontraremos a paz e uma melhor qualidade de
vida. Não podemos constantemente controlar tudo (emprego, relacionamento,
situações). Deus criou um universo em que tudo funciona perfeitamente,
harmonicamente, sem que precisemos fazer nada. O melhor então é confiar, nos
entregar a esse Poder Superior e relaxar;
- Ser positivo em todas as
situações;
- Nunca teremos a certeza do
que é o melhor para nós; logo, “seja feita a Tua vontade e não a minha”;
- Entregarmo-nos ao Poder
Superior quando não estivermos em paz e a vida não estiver fluindo;
- Praticar a oração da
serenidade quando não soubermos se é chegada a hora da entrega (Dai-nos a força
para mudar o que pode e deve ser mudado; Dai-nos a serenidade para aceitar o
passado e confiar no futuro; Dai-nos a sabedoria para distinguir entre o
certo e o errado).
|
Lição do tempo
- A vida material é governada
pelo tempo; com o tempo, tudo muda. Vivemos nele, em função dele e morremos
nele. O tempo é uma medida útil, mas ele é relativo e somos nós que atribuímos
a ele o seu valor; o seu valor depende da percepção individual;
- Podemos nos transformar,
renovar ou recomeçar a cada dia se conseguirmos nos concentrar no
presente, se formos capazes de ver a vida com ela realmente é agora.
Quando não vivemos no presente, ficamos incapazes de ver os outros e a nós
mesmos como realmente somos. E, se não estamos vivendo no presente, não
podemos encontrar a felicidade. O passado é irrecuperável e o futuro incerto.
Nós só dispomos do momento presente. Aquilo que fazemos a cada instante
determina nossa felicidade futura e a qualidade de nossas lembranças;
- Se passamos a vida nos
lembrando de eventos passados ou evocando projetos que supostamente podem
mudar nossa vida, mas que não se concretizam então nós estamos buscando a
felicidade onde ela não está;
- “Viva o mais intensa e plenamente possível o agora e desapegue-se do
passado”;
- Não morremos antes da nossa
hora;
- Devemos esquecer o passado,
viver melhor o presente, esperando um futuro cada vez mais feliz.
|
Lição do medo
- Viver “um mundo sem medos”,
enfrentando conscientemente os medos, perseguindo os sonhos e buscando a
realização dos desejos. É fácil sentir medo onde não existe perigo. Os medos
não são a realidade. Eles nos impedem de viver plenamente e nos fazem infelizes.
Temos que encontrar nosso caminho através dos medos e aproveitar as inúmeras
oportunidades que se apresentam, para viver a vida que sonhamos. Podemos
viver livres do julgamento, sem temer a desaprovação dos outros, sem
recuarmos;
- Nosso medo não impede a morte
– ele
impede a vida. Nós não temos consciência disso e a nossa principal
ocupação na vida é lidar com o medo e os seus efeitos. Ele bloqueia nosso
amor, nossos verdadeiros sentimentos, nossos desejos, nossa felicidade e até
mesmo o nosso ser. A bondade sempre supera o medo. O medo não é páreo para o
amor;
- “Precisamos superar o medo enquanto ainda podemos fazer aquilo que
sonhamos. Para isso, precisamos avançar em direção ao amor”;
- Todas as emoções positivas
(felicidade, satisfação, paz, alegria) vêm do amor, e todas as negativas
(raiva, ódio, ansiedade, culpa), do medo. O medo está relacionado com o passado
ou com o futuro, mas o amor está no presente.
|
Lição da raiva
- A raiva reprimida não evapora
simplesmente; ela se transforma em questão inacabada. Observemos que a raiva
vai se acumulando e ao explodir causa grandes desastres (trânsito trabalho,
lar, etc.). A raiva é uma reação normal, que pode ser muito útil no lugar e
na hora certa e na proporção adequada. Pessoas que expressam a sua raiva
vivem mais tempo;
- Trabalhemos para descobrir a origem
de tanta raiva acumulada para liberá-la e retomar nosso verdadeiro eu. Caso
contrário ela prejudicará nosso relacionamento não apenas com os outros, mas
também conosco mesmos. Ficamos com raiva dos outros e de nós mesmos por causa
do que fizemos ou deixamos de fazer (quando traímos a nós mesmos e aos nossos
sentimentos, quando deixamos de atender nossas necessidades e carências, por
não darem o que achamos que merecemos, por não nos fazermos respeitar, por
não exigirmos nossos direitos). Descobrir se a raiva é explicada por fatos
concretos (estou zangado porque você não apareceu, porque está atrasada,
porque não fez um bom trabalho, por causa do que você me disse.) ou por causa
de medos ocultos (quando você não aparece, penso que não goste de mim, que seja
despedida, que não me ame mais);
- Aprendamos a ser mais
sinceros e a expressar a raiva que sentimos da forma mais adequada e
produtiva. A raiva é um sentimento natural que passa, e não um modo de ser
permanente.
|
Lição do divertimento
- Perto da morte muitos dizem “Eu gostaria de não ter levado a vida tão a
sério”, mas nunca escutamos alguém dizer: “se ao menos eu pudesse ter trabalhado mais um dia por semana; ou se a
jornada de trabalho tivesse sido de nove horas em vez de oito.” Muitos
percebem que trabalharam arduamente, mas não viveram realmente. É importante
não só saber fazer, mas saber ser.
- É importante se divertir,
brincar, rir, relaxar, passear, ir ao teatro, ir ao cinema, ler, etc. Mas não
devemos ir passear levando o laptop, preocupações, deveres do trabalho,
celular do trabalho, etc.;
- Ser mais espontâneo, aceitar
convites, dançar, praticar esportes, jogar, etc.
|
Lição da culpa
- Não ficar remoendo o passado,
pensando se eu tivesse feito isso, se não tivesse feito aquilo, não teria acontecido
tal coisa. Às vezes até os eventos mais trágicos acontecem sem que ninguém
tenha culpa. A psicologia da culpa se fundamenta na condenação de nós mesmos,
na sensação de que fizemos algo errado. É a raiva voltada para dentro, que
surge quando violamos nossos sistemas de crença. Fomos criados para nos vendermos
para ter o afeto dos outros. Aprendemos a ser bons, a atender aos desejos dos
outros, em vez de ser estimulados a nos tornarmos independentes. Somos
treinados para ser co-dependentes (incapacidade de dizer não, dar mais importância às necessidades e à vida dos outros do que às nossas) em vez de interdependentes. Crescemos assim, agindo inconscientemente, em geral
não sabendo como satisfazer as nossas necessidades para sermos felizes. O
desejo de agradar os outros é um campo fértil para a culpa, mas não é o
único. Às vezes nos sentimos culpados quando tentamos afirmar a nossa
independência. “É somente nos
libertando de nossa culpa que verdadeiramente nos livramos do passado para
criar um novo futuro.” A chave da cura é o perdão, que significa aceitar
o passado, aprender com ele e desapegar-se dele.
|
Lição do perdão
- Perdoar para viver uma vida
completa. O perdão é a maneira de curar as nossas mágoas e feridas, é a forma
de nos religarmos aos outros e a nós mesmos. Quando não perdoamos nos
tornamos escravos da mágoa. Merecemos a chance de oferecer um recomeço a nós
mesmos e aos nossos relacionamentos. Pensamos que ao perdoar estamos
justificando o comportamento que nos feriu. Na realidade estamos abrindo mão
da mágoa em nosso próprio benefício, ou seja, para sermos felizes. Perdoar
não significa deixar que os outros nos pisem. Ao perdoar lembramos que não
somos perfeitos, que todos erram e que as pessoas não são os seus erros. Não
temos que perdoar o comportamento
que nos feriu, precisamos perdoar a pessoa.
O desejo de vingança é outro bloqueio no perdão. A vingança pode nos dar um
alívio temporário, mas depois vem o sentimento de culpa e de inferioridade
por termos feito algo errado;
- Perdoar pelo que fizemos e
pelo que deixamos de fazer. Se sentirmos que não aprendemos a lição,
precisamos nos perdoar por não tê-la aprendido. Perdoar não é acusar, mas
compreender os motivos que nos levaram a cometer aquilo que percebemos como
erro ou ofensa a alguém. E aprender com a experiência. O perdão não é uma
tarefa que acontece uma vez na vida, e sim um trabalho permanente. Ele é
nosso plano de manutenção espiritual, ajudando-nos a permanecer em paz e em
contato com o amor. A nossa única tarefa quando nos magoam ou nos acusamos
por ter ferido alguém é tentar abrir novamente o coração.
|
Lição do poder
- Nosso verdadeiro poder não
provém da nossa posição na vida, de uma polpuda conta bancária ou de uma
magnífica trajetória profissional. Ele é a expressão da nossa autenticidade
interior, da manifestação da nossa força e integridade. São poucos os que
percebem que cada um de nós possui o poder do universo dentro de si. Achamos
que os outros são poderosos, a natureza é poderosa, mas não tomamos
consciência do poder divino que existe dentro de nós. Temos a tendência de
equiparar a riqueza ao poder e acreditamos que o dinheiro é capaz de comprar
a felicidade. A riqueza e a pobreza são estados de espírito. Na hora da morte
muitos, arrependidos, dizem: nunca corri atrás do meu sonho; nunca fiz o que
realmente queria fazer; fui um escravo do dinheiro. Nesta hora ninguém diz:
gostaria de ter adquirido mais propriedades; teria sido mais feliz se tivesse
um milhão de dólares. Achamos que ter dinheiro e controlar as pessoas e situações
nos confere poder. E esse controle não tem limites, pois precisamos controlar
cada vez mais e nunca nos satisfazemos;
- Abrir mão do controle sobre
as pessoas, as coisas e os acontecimentos para que a vida entre na ordem
natural das coisas e nos tornemos mais poderosos;
- Não preocupar com a opinião
dos outros para que o nosso poder não nos escape;
- Nós não temos o poder de
fazer os outros felizes, mas temos o poder de fazer a nossa felicidade;
- A gratidão gera o poder (o
que temos, o que somos e nossa situação). Deus sempre nos dá aquilo que
precisamos para evoluir. O verdadeiro poder resulta de saber quem somos e de
conhecer nosso lugar no mundo. Nosso poder decorre de saber que tudo está
certo da forma como é e que todos estão evoluindo exatamente da maneira como
devem fazê-lo.
|
Lição da felicidade
- Já recebemos tudo de que
precisamos para ser felizes. A dor e o sofrimento acontecem se ainda não
aprendemos usar o que nos foi dado;
- Nós fomos feitos para a
felicidade, todos podem encontrá-la, basta procurá-la nos lugares certos;
- Não estamos acostumados com a
felicidade, ela nos incomoda, como se não a merecêssemos. Fomos treinados para a infelicidade. Temos
a tendência em ver somente o lado negativo das coisas, de ver apenas o lado
ruim das pessoas, de fazer os piores prognósticos;
- Tomar consciência de que a
finalidade da vida é ser feliz. Às vezes achamos que não podemos ser felizes
porque existem muitas pessoas passando por dificuldades, desgraças,
sofrimentos, etc. Entretanto, seremos mais capazes de ajudar os outros sendo
felizes, compartilhando nosso tempo, dinheiro e felicidade. As pessoas
verdadeiramente felizes são as menos egoístas e egocêntricas, perdoam com
mais facilidade, são mais gentis e amorosas, doam seu tempo e os seus serviços;
- A felicidade não depende das
circunstâncias, das coisas externas e das outras pessoas. A felicidade
depende de como lidamos com as coisas e situações e não da coisa e do que
acontece
- Não deixar que o passado ou o
futuro nos façam infelizes porque apenas o presente é real;
- Não se comparar com outros;
- O “quando” e “se”
podem ser motivos de infelicidade. Exemplos: “Se eu tiver isso... ou quando
eu for aquilo... então serei feliz;
- A felicidade é uma capacidade
interior de se adequar à realidade e extrair dela todas as alegrias possíveis.
A vida é feita de altos e baixos, de opostos, de ciclos. Toda e qualquer
situação tem o seu lado positivo. Precisamos aprender a reagir com a nossa
mente, emoção e atitude ao que acontece na vida. Conhecendo-nos melhor
fazemos escolhas mais adequadas ao nosso modo de ser e valores;
- Escolher também aquilo que
faz os outros se sentirem bem, desde que não violente a sua maneira de ser;
- Escolher ações que geram uma
satisfação duradoura e das quais possamos nos orgulhar. Assim, teremos
escolhido o amor, a vida e a felicidade.
|
Conclusões
Devemos tomar consciência do que
somos em realidade (seres imortais, únicos e capazes de ações que contribuem
para a nossa felicidade e de todos os que nos cercam). A vida na terra é uma
escola completa, com testes e desafios destinados a cada ser humano. Depois que
aprendemos tudo que podemos aprender e ensinamos tudo que podemos ensinar,
voltamos para o mundo espiritual. Às vezes é difícil perceber quais são as
lições que nós e os outros devemos aprender. De muitas maneiras, a perda nos
mostra o que é precioso, enquanto que o amor nos ensina quem nós somos. Os
relacionamentos nos revelam quem somos e nos fornecem maravilhosas
oportunidades de crescimento. O medo, a raiva, a culpa, a paciência e o tempo são
nossos grandes mestres. Crescemos até nos momentos mais sombrios. A principal
lição que os que estão à beira da morte nos ensinam “é viver cada dia o mais
plenamente possível”. Cada
dia que acordamos é uma dádiva para ser experimentada. Nunca mais iremos
receber outra vida como essa. Não esperemos mais para fazer as coisas que
desejamos, façamos agora! Enfim, o significado da vida é: “Descobrir tudo que
somos capazes de fazer e de ser, não apenas para estarmos vivos, mas para nos sentirmos vivos.”
KUBLER-ROSS, E. KESSLER, D. Os
segredos da vida. Editora Sextante: Rio de Janeiro, 2004, 218p.