Benjamin Franklin escolheu treze princípios que julgava ser necessário ou
desejável aprender e procurar praticar. Escreveu-os em pequenos pedaços de
cartolina, com breve resumo do assunto, e dedicou uma semana da mais rigorosa
atenção a cada um desses princípios separadamente. Desse modo, pode percorrer a
lista toda em treze semanas, e repetir o processo quatro vezes por ano. Quando
passava ao princípio seguinte não esquecia os anteriores, e cada vez que se
pegava em falha, fazia uma pequena marca no verso do cartão, assim no retorno
àquele princípio dedicava maior atenção e esforço. Manteve em segredo o que
estava fazendo, pois receava que os outros rissem dele (é triste constatar que
até aos dias de hoje nos vangloriamos de atos incorretos, falcatruas, engodos,
vícios que cometemos, mas temos vergonha de admitir nosso esforço para melhorar
praticando alguma virtude). Ao fim de um ano Franklin havia completado quatro
cursos, e constatou que já buscava com naturalidade o controle de suas falhas,
apesar de estar longe de dominar com perfeição qualquer daqueles princípios.
Este procedimento deu tão certo que Franklin utilizou-o ao longo de toda a sua
vida, embora mudando os princípios uma vez já tendo controlado aquela
deficiência combatida. Os treze princípios de Benjamin Franklin (tais como
escreveu e na ordem que lhes deu) são:
1. Temperança: Não coma até o
embotamento (enfraquecimento); não beba até a exaltação (irritada).
2. Silêncio: Não fale sem proveito para
os outros ou para si mesmo; evite a conversação fútil.
3. Ordem: Tenha um lugar para cada
coisa; que cada parte do trabalho tenha seu tempo certo.
4. Resolução: Resolva executar aquilo
que deve; execute sem falta o que resolve.
5. Frugalidade: Não faça despesa sem
proveito para os outros ou para si mesmo; ou seja nada desperdice.
6. Diligência: Não perca tempo; esteja
sempre ocupado em algo útil; dispense toda atividade desnecessária.
7. Sinceridade: Não use de artifícios
enganosos; pense de maneira reta e justa, e, quando falar, fale de acordo.
8. Justiça: A ninguém prejudique por
mau juízo, ou pela omissão de benefícios que são dever.
9. Moderação: Evite extremos; não nutra
ressentimentos por injúrias recebidas tanto quanto julga que o merecem.
10. Asseio: Não tolere falta de asseio
no corpo, no vestuário, ou na habitação.
11. Tranqüilidade: Não se perturbe por
coisas triviais, acidentes comuns ou inevitáveis.
12. Castidade: Evite a prática sexual
sem ser para a saúde ou procriação; nunca chegue ao abuso que o enfraqueça, nem
prejudique a sua própria saúde, ou a paz de espírito ou reputação de outrem.
13. Humildade: Imite Jesus e Sócrates.
Aos que
desejarem experimentar os princípios, sugere-se analisarem-se, buscando aquelas
deficiências mais comuns e corriqueiras, que sabemos possuir, ou as qualidades
que não temos, mas que gostaríamos de ter, adaptando o método às necessidades e
interesses de cada um. Ao alcançar uma conquista, alterar a meta, buscando por
outra, que vai surgindo ao longo do tempo, mas cuidando sempre para que não
incorram em recaída.
Bibliografia
Amigo de
Jornada. Planeta Terra: Autotransformação para sobrevivência das espécies. https://amigodejornada.blogspot.com/2011/08/planeta-terra-autotransformacao-para.html (https://amigodejornada.blogspot.com/search?q=planeta+terra)
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